DEZ

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- Senti sua falta, Gabi - Ele me disse enquanto eu acabava de escovar meus dentes e ele esperava deitado na cama.

Eu não sabia exatamente como responder aquilo, tinha uma certa dificuldade de me abrir para as pessoas e costumo me esquivar nesses momentos, principalmente quando o assunto era relacionamento. Apesar que eu e o jogador estávamos longe desse status e por isso talvez ele nem devesse estar na minha cama nesse exato momento, mas enfim... Aqui estamos nós.

- Eu não queria estragar o clima da sua frase bonitinha mas uruguaio - Falei parando ao lado dele na cama e sentando em seu colo, mas em uma zona segura, ficando relativamente longe de seu amigo - Mas eu não sou boa em responder coisas assim.
- Eu posso te ensinar com o tempo - Colocou as mãos na minha cintura me apertando forte - Pode ser? - Perguntou com a voz rouca perto do meu ouvido e deu um beijinho no meu pescoço.
- Uhum - Ele sorriu nesse momento por perceber que eu estava me rendendo as gracinhas dele e ficando mole.

Eu realmente estava morrendo de sono mas aquela situação me parecia bem melhor que dormir. Ele continuava me segurando firme pela cintura, eu o beijei pedindo passagem com a língua, e no mesmo momento em que ele cedeu, me puxou mais para cima. Senti o membro começando a enrijecer e instintivamente rebolei de leve e mordi seus lábios inferiores. Ele pegou meu cabelo pela nuca e os puxou para trás, tendo livre acesso ao meu pescoço.
Eu vestia um top tomara que caia e um mini short, que era meu pijama habitual, enquanto ele estava só de cueca, já que não tinha nenhuma outra roupa para vestir, apenas tirou a que usou na balada.

- Tira isso - Disse enquanto passava as mãos pelos meus seios, puxando o top pra baixo e colocando a língua no meu seio esquerdo. Quando senti o contato, imediatamente rebolei mais forte, friccionando nossas intimidades até soltar um gemido baixinho.
No exato momento em que ele ia tirar meu shorts, ouvi uma sequência de três mensagens do meu celular que estava ao nosso lado. Meu primeiro foi pensamento foi de ignorá-lo até que lembrei da Manu fora de casa quando já se passavam das 4h30 da madrugada e resolvi pegar.

"Manu: Oi melhor irmã do mundo. Só avisando que estou ótima e vivíssima 🤪"

- Preciso ir no banheiro - Giorgian levantou e foi ao banheiro, ok, clima esfriou quando tudo ia ficar perfeito. Respondi com um "tabom".
As outras duas mensagens eram estranhas mas raciocinando por 5 segundos descobri do que se tratava.

"(Número Desconhecido): não desisto fácil do que eu quero hein, princesa
(Número Desconhecido): logo menos te chamo pra sair e a gente se conhecer melhor. fechou?!
Gabriella: Tô no aguardo, salvei seu número 😘😘"

Achei que depois daquela situação bem constrangedora de um tempo atrás, achei que ele nem faria questão de falar de novo comigo. Eu não sou boba nem nada de dispensar o Xamã, isso é óbvio, ele é um gostoso. Salvei o número dele.
Em seguida respondi minha irmã, pedindo para ela usar camisinha e avisasse quando saísse da casa do moço misterioso, até porque eu não quero um encontro inesperada entre Manu e a pessoa que dormirá comigo nessa manhã, porque o dia já já estaria nascendo.

- Voltei - Ele subiu na cama e me abraçou por trás já que eu estava em cima das minhas pernas me apoiando com os joelhos na cama, bloqueei meu celular rapidamente porque estava aberto na conversa com a outra boca que beijei hoje e não seria legal que ele visse.
- Sentiu saudades de novo? - Dei uma risadinha e ele também.
- Claro que sí - Me virei para ele dando um selinho estalado - Vamos deitar?
- E dormir né? Tô cansada demais, meu trabalho na semana e essa noite me deixaram exausta - Ele riu baixinho no meu pescoço e deitamos em seguida.
- Você não aguentaria comigo hoje, Gabizinha - Falou enquanto apagava a luz ao lado dele e passava um dos braços na minha cintura, se ajeitando.
- Me respeita, Giorgian - Respondi em um tom muito sonolento - Quando eu tiver disposta você vai ver só.
- Gostei dessa ameaça - Riu baixinho novamente - Boa noite, linda - Me deu outro selinho que mal retribui porque estava caindo de vez no sono.

Acordei com vozes, parecia barulho de alguma conversa. Virei para o outro lado da cama e não tinha ninguém, pensei em tentar dormir de novo até que reconheci a risada escandalosa da minha irmã e dei um leve pulinho da cama. Que maravilha começar meu sábado com meu ficante e minha irmã sem noção batendo um papo. Ninguém merece.

Sirena | De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora