VINTE

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Passei no médico e era só uma luxação, fiquei feliz porque achei que tinha quebrado levando em consideração a intensidade da dor que eu sentia.
Tive que colocar uma bota imobilizadora no pé para que qualquer impacto fosse evitado e não haja piora no quadro da luxação.
O Giorgian me acompanhou durante todo o tempo, já passava das 06h da manhã e só agora estávamos indo embora. Ele estava claramente cansado, coçando os olhos toda hora e quieto.

- Ainda tá bravo? - perguntei por garantia já que antes estávamos brigando por conta da alteração causada pela leve quantidade de álcool que ingeri.
- Depois a gente pode conversar sobre o que aconteceu - não queria, mas tudo bem.
- Mas tá bravo? - não tive minha resposta da primeira vez.
- Não, tô cansado - ele me olhou e deu um sorriso de lado - Mas você tá pior que eu - apontou para minha botinha preta.
- É...que noite maluca, e eu vou te agradecer eternamente por ela - me estiquei e dei um beijinho na bochecha dele.
- Eu não te deixaria sozinha, não precisa agradecer - fez carinho na minha orelha com uma das mãos e manteve a outra ao volante, ele fazia muito isso
- Não dá pra não agradecer mas eu tava pensando, que horas você treina amanhã? - me preocupei em estar prejudicando o rendimento dele no treino por conta do sono curto que ele teria.
- Às 14h, dá pra gente dormir bastante - respirei aliviada mas pensei que não poderia dormir com ele hoje - Vamos pra minha casa.
- Eu preciso ir pro apartamento, lindo - o novo apelido saiu espontaneamente mas eu gostei - Tô sem celular, minha irmã não vai conseguir falar comigo e preciso dar um jeito de avisar meu chefe que trabalharei de casa por uns dias - ele não estava com a melhor cara mas assentiu com a cabeça.
- Já que não posso fazer nada... - fez bico e eu ri da carinha dele.
- Mas quero dormir com você, se quiser as portas estão abertas pra você - falei brincando mas era sério, ele sorriu.
- Só essas portas que estão abertas pra mim? - eu fiquei na dúvida se aquilo tinha duplo sentido mas pela feição de safado dele entendi que sim, cheio de duplo sentido
- Minhas portas hoje estão danificadas - respondi entrando na onda dele.
- O pé tá danificado, sirena - olhou para meu rosto.
- Como eu vou transar com o pé assim, Giorgian? Tá doendo ainda - ele era muito tarado apesar do jeito de quietinho.
- E só ficar paradinha, eu faço todo o trabalho - ele colocou a mão na barra da minha saia.
- Você vai no máximo me ajudar a tomar banho e colocar uma roupa hoje, se contenta - ele fez uma careta e eu vi que tínhamos chego no meu prédio.
(...)

Vi que a Manoela estava dormindo no quarto dela tranquilamente, não a acordei e chamei ele para me acompanhar no banho. Podia ser em outras e melhores circunstâncias, mas tudo bem. Se não fosse meu pé luxado ele provavelmente nem estaria querendo olhar na minha cara e eu sei muito bem disso.
Ele me ajudou a tirar toda a roupa e fiquei feliz por ter me desprendido da timidez perto dele, é importante para mim.

- Eu tô sofrendo - eu dei risada da situação dele: me dando banho e ao mesmo tempo evitando me olhar muito pra não ficar excitado.
- Para de drama, eu que tô machucada e sofrendo aqui - mostrei a língua.
(...)

Acabamos o banho e ele me ajudou com a calcinha que era o mais complicado de colocar, vesti um blusão por cima e estava nada sexy, porém confortável como eu queria estar hoje.

- Usa a camisa do Flamengo que você me deu aquele dia - joguei no colo dele depois de pegar no armário.
- Obrigada, meu bem, mas vou dormir sem nada - encarei ele e percebi que não era brincadeira - que foi? eu durmo só de cueca em casa, ou sem nada mesmo.
- Só não encosta em mim a noite, por favor - minha intenção era não transar mas tudo tem limite.
- Vou tentar - ele respondeu rindo.

Deitamos e eu fiquei com a cabeça no ombro dele, cansada mas pensando em muita coisa.

- Que tédio ficar sem meu celular - ele não respondeu e só fez carinho no meu cabelo - Vai ser um saco resolver as coisas amanhã.
- Quer que eu compre um e traga pra você? - ele perguntou e eu sorri com a tentativa de gentileza dele.
- Não, lindo - suspirei - Eu dou um jeito, a Manu me ajuda caso precise - ele assentiu e meu sono tinha sumido, resolvi falar sobre a noite de uma vez - Agora é sério, me desculpa mesmo por ter falado pra não encher meu saco aquela hora, foi grosseiro e eu não gosto de ser assim, vacilei e sei que você só quis ajudar.
- As vezes falamos as coisas sem pensar muito bem, não gostei da forma que você disse aquilo só - assenti, ei fico quieta e ouço quando sei que estou errada - Mas entendo que tava bêbada, só é bom a gente saber nossos limites com tudo na vida.
- Mandei muito mal mesmo, quis extravasar com as meninas aqui e perdi um pouco da noção - continuamos na mesma posição, deitadas juntos e ele afagando meus cabelos.
- Eu também erro e muito, mas não quero discutir mais - ele respondeu.
- Nem eu, quero ficar de boa - pensei em tudo que já conversei com minha irmã e minhas amigas e falei de forma natural o que eu senti que precisava ser falado - Gosto muito de você.

Ele não respondeu nada, ficou por cima de mim na cama e me beijou. Foi calmo e intenso ao mesmo tempo, ele pegou na minha mão no fim do beijo e deitou ao meu lado de novo. Voltamos a posição inicial.

- Eu também gosto de você - eu sorri e com certeza estava com cara de idiota nesse momento - Acho que tô apaixonado.

Não sabia o que responder diante de tanta coisa que passava na minha cabeça de forma completamente desorganizada. Acabei ficando em silêncio por um bom tempo, talvez minutos e depois respondi.

- Eu não achei que as coisas seriam tão intensas entre a gente nesse pouco tempo, mas eu tô adorando isso - virei a cabeça e nos beijamos de novo, ele ficou por cima de mim de novo mas dessa vez a mão foi direto para os meus seios, apertou um em cada mão e eu arqueei meu quadril buscando mais contato. Ele soltou uma risada e me encarou.

- Eu não ia me contentar em só te dar banho hoje? - me provocou sobre minha fala de mais cedo.
- Você estragou nosso clima romântico - rimos e ele deu uns beijinhos no meu pescoço.
- Você não quer romance agora - a voz dele saiu abafada por estar com o rosto em contato com minha pele.
- O que eu quero agora então? - resolvi provocá-lo também.
- Que eu te foda bem gostoso - ele esfregou o pau duro no meu clitóris por cima da calcinha umas quatro vezes e eu gemi baixinho.
- Vai logo - minha voz exalava urgência e desespero.

Ele só tirou a cueca e minha calcinha e em menos de 2 minutos estávamos transando mais uma vez. Mesmo que fosse mais uma rapidinha que qualquer outra coisa, ele ia em um ritmo intenso mas não exagerado, até por conta do meu pé.
Meus gemidos estavam ficando gradualmente mais altos e ele repreendeu:

- Sua irmã - tapou minha boca e passou a estocar com mais força - Gostosa.

Sentia o corpo dele em uma temperatura muito alta e o quarto começou a exalar o típico cheiro de sexo.
A mão direita dele foi em direção ao meu redor do pescoço e apertou de leve. Ele esperou eu reclamar ou tirar a mão, mas não fiz nada, apenas deixei.

- Você gosta disso então? - ele apertou meu pescoço com força nesse momento e meu tesão só aumentou, gemi de novo mas tentando controlar o volume.
- Eu quero virar, Giorgian - ele estocou mais umas três vezes e saiu, me ajudou a virar de costas com cuidado e fiquei deitada de bruços - Vai logo.

Quase implorei pra ele continuar, sem pestanejar ele me penetrou de novo e gemeu com a contraída que dei na minha intimidade.
Ele puxava meu cabelo para trás e as vezes dava mordidinhas no meu pescoço e nuca.

- Ah - gemi um pouco mais alto de novo - Eu vou gozar - levantei um pouco meu corpo para conseguir colocar minha própria mão por debaixo do meu corpo e me tocar.

Me toquei por pouco tempo até finalmente gozar, relaxei e cai com meu corpo na cama, ele bombou por mais umas quatro vezes, entrando e saindo com força e muito rápido, e de repente senti um líquido quente dentro de mim, depois de alguns segundos ele saiu por completo da minha intimidade e eu me virei com cuidado.
Olhei pra baixo percebendo nosso vacilo mais uma vez e sentindo o sono me dominar.

- Você gozou tudo dentro? - ele afirmou com a cabeça e arregalou os olhos.
- Eu não consegui tirar na hora - coloquei as duas mãos no rosto e me levantei para ir ao banheiro antes de dormir - Desculpa.
- Vou anotar na minha agenda mental que preciso tomar pílula do dia seguinte amanhã sem falta - ele soltou uma risada abafada - Me ajuda a ir ao banheiro? - nos levantamos, usamos o banheiro e em seguida, dormimos.

Sirena | De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora