Capitulo 7

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☆ Christian Belarmino ☆

A porta é a aberta abruptamente e rápido vejo a pessoa que mais me atormenta nessa vida. Mateo Ferrari.

A criança que tem 30 anos de idade.

- Cheguei! - Mateo balança as mãos com animação e dá um sorriso gigante.

Nego com a cabeça e reviro os olhos. Ele vem até a minha mesa e se joga na cadeira a frente.

Estou na minha empresa ainda, são quase 23hrs mas preciso terminar alguns projetos.

- Vim animar a sua noite - Mateo batuca o dedo na minha mesa.

- Estou ocupado - digo simples e ouço ele resmungar.

Olho para todas essa papeladas em cima da minha mesa e o tanto de números que tem nos papéis. Bufo frustrado e me encosto na cadeira.

Ser um engenheiro não é fácil, mexer com números todos os dias, ainda mais quando não estou com cabeça.

- Qual é o problema? - Mateo pergunta com o tom de voz sério agora e olho pra ele.

- Alguém, que eu não sei quem foi ainda, mexeu nos cálculos e modificou todos eles, tudo está desorganizado e sem sentido nenhum - explico e pego a planta de um prédio dando para que Mateo análise.

Conheci Mateo na faculdade, ele me ajudou muito e continua me ajudando. Me irrita pra caralho mas sem ele eu não sei o que eu faria. Obviamente nunca falaria isso pra ele, é muito convencido para que eu faça isso.

Mateo é arquiteto e temos um empresa juntos lá em Paris como comentei, mas quem fica no comando quando saímos é nossa braço direito, Sara.

- Porra! Isso está uma completa bagunça - me olho indignado e aceno lentamente com a cabeça - Quem fez isso?

- Não sei, mas seja quem for, já está sem emprego - ele assente.

- Cara... vamos desestressar e amanhã eu te ajudo com esse problema todo - coloca o papel na minha mesa de novo e me olha.

- Traduzindo na sua língua, vamos ir beber - falo e ele sorri assentindo.

- Bora bora, estava morrendo de saudades de Los Angeles - se levanta e me chama pela mão diversas vezes.

Acabo cedendo e me levanto arrumando a papeladas uma em cima da outra. Guardo na minha segunda gaveta e fecho, pego minhas chaves e meu celular de cima da mesa e coloco no bolso da calça.

Saimos da sala e fomos até o elevador. Liberei minha secretária e logo depois entramos na caixa de metal.

Depois de alguns belos minutos a porta do elevador abre e logo saímos. Passo pelo saguão da entrada e logo pela porta de vidro da empresa.

- Chave do seu carro - Mateo estica a mão me olhando e faço uma cara de tédio - Vamos vamos - mexe os dedos impaciente.

- Não fode - rio irônico - Eu dirijo.

Caminho até o meu carro e aperto o botão da chave para abri-lo. Entro no carro e espero Mateo chegar, que logo abre a porta do passageiro e se senta.

- Pelo menos eu tentei - da risada e balanço a cabeça.

Eu sou um tanto quanto ciumento com o meu carro, não deixo ninguém, absolutamente ninguém, dirigir nele. Uma Mercedes-Benz classe C só pode ficar nas minhas mãos.

Na verdade eu tenho ciúmes com todos os meus carros. Bugatti; Chevrolet; Fiat; Mercedes; Range Rover entre outros.

- Acho melhor você desistir de vez - aconselho e ele bufa.

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