Capítulo 7

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Scarlett

Só desço as escadas para ir a sala de jantar, acordei morrendo de fome hoje, quero tomar o café da manhã e depois sair com minhas amigas.

Vejo minha mãe e meu pai  na mesa conversando, não sabia que ela tinha voltado, mas era de se esperar, são bem problemáticos, mas se amam.

Dagon —eu preciso falar com você, Scar.— só sinto um calafrio passar pela minha espinha, será que descobriu minha relação com o Lui? Eu espero que não, mas é bem pior se descobrir sobre o Asura.

—o que é, mais alguma proibição sem sentido?— pergunto tentando disfarçar, pois vai ficar mais aparente que estou escondendo algo se ficar nervosa.

Dagon —eu ainda estou tentando aceitar que não é mais minha princesinha frágil e inocente, não irei mais se intrometer na sua vida, não posso prometer isso, mas vou tentar.— só fico com uma expressão bem aparente de surpresa.

—mas já é 1 de Abril?— pergunto sem acreditar, vejo Mia abrir um sorriso, pois achou graça.

Mia —não, ele está falando sério minha linda.— diz com um sorriso.

—quer dizer que posso namorar né?— pergunto e vejo que meu pai fechou a cara na hora.

Dagon —já está de pegação com o seu guarda costas mesmo.— ele parece um pouco bravo, pois considera o Lui como se fosse um filho, só fico sem saber o que dizer, pois provavelmente ele me viu subindo em cima do aprendiz dele.

Mia —vamos comer.— diz enquanto as empregadas começam a servir a gente.

—eu posso sair sem a supervisão do Lui então?— pergunto animada.

Dagon —poder você pode, mas eu acho melhor não sair para baladas e festas sem o Lui, espero que tenha entendido minha preocupação.— ele não parece ter dado essa sugestão só por falar.

—eu entendo.— falo com um sorriso no rosto.

Por que eu acho que eles tão me escondendo alguma coisa,  parecem felizes demais.
(...)

Lui —onde está indo as duas da manhã?— pergunta me olhando, mas o estranho é ele estar no bosque a essa hora também.

—eu te respondo se você falar o que está fazendo aqui também.— falo me aproximando dele.

Lui —vou em uma festa, e você?— diz olhando para mim, ele parece curioso e preocupado ao mesmo tempo.

—eu ia procurar minhas amigas em alguma balada.— falo pois estou animada para usar essa liberdade que pareço ter agora.

Lui —por que não vem comigo? Não confio em você junto com as suas amigas, elas só te levam para o mal caminho.

— não sou certinha, não faz sentido eu andar com anjos.— falo pois é a pura verdade.

Lui —me pergunto quem puxou. Vai vir comigo ou....

—irei sim.— falo pegando a mão dele com um sorriso enorme no rosto.

Lui —seu pai viu a gente né? Me olhou de forma estranha quando me viu, respirou fundo e voltou ao normal.— obviamente que ele ia perceber.

—ele finalmente parou de controlar minha vida, ia comemorar saindo para beber.— falo abraçando mais forte seu braço que agora está entre meus seios fardos.

Lui —se já conseguiu o que queria pode parar de dar em cima de mim.— diz enquanto caminhamos.

—acha que dei em cima de você por algum motivo?— pergunto  abraçando ainda mais forte seu braço.

Lui —não queria que eu te deixasse sair sem falar com o seu pai?— pergunta normalmente, parece ignorar o fato do braço dele estar entre meus seios.

—eu dei em cima de você porque é atraente e não por querer outras coisas.
(...)

Só chego em um salão infernal, é um lugar onde jovens bebem e se divertem em grupo, não sabia que o Lui frequentava esses lugares, parece tão certinho na minha visão.

—que tipos de amigos você tem?— pergunto curiosa.

Lui —são como as suas amigas, mas fique longe deles, ainda são demônios.— diz entrando comigo.

Vejo um grupo de demônios jovens levantarem a mão chamando o Lui, acho que todos temos entre 18 e 21 anos, vamos até lá e eu sento em uma cadeira.

Demônio —você é muito gostosa, nem acredito que está saindo com o Lui, acho que qualquer homem cairia na sua mão de tão linda que é. — diz olhando para o meu decote.

—eu sei disso.— falo com um sorriso enquanto Lui fica me olhando.

Lui —esse que acabou de falar com você se chama Zero.— o loiro que parece ser bem playboy sorri.

—posso pedir as bebidas?— pergunto pois hoje quero comemorar e beber.

Zero —claro, tudo por minha conta raposinha.— não custa nada aceitar.

Lui —eu pago a bebida dela, vai caçar outra mulher vai.— diz sério e o loiro sai da mesa para dar em cima de outra mulher.

—você é literalmente protetor.— digo no ouvido do meu guarda costas de uma forma meio sexy.

Lui —só quero que saiba que homens são como se fossem animais, agora demônios são mil vezes piores, fazem coisas ruins por diversão. Eu devo muito ao seu pai e gosto demais de você para te fazer algum mal, mas os outros não vão pensar duas vezes em colocar algo na sua bebida para te estuprar, não se importam com as consequências disso.— diz sério, está estragando minha noite já.

—acha mesmo que não sei disso? Sou uma raposa Lui, sinto cheiro de remédio em bebidas facilmente, não serei topada sem consentimento.— digo e logo depois beijo o pescoço dele deixando a marca do meu batom vermelho sangue.

Lui —vejo que ele sai da mesa para comprar uma garrafa de vodka.— finalmente as coisas estão melhorando.
(...)

Estou voltando para casa apoiada no Lui, pois bebi quase até cair, estou tão sonsa que quero dormir logo, espero que não demore muito para voltar para casa.

Só sinto  Lui me pegar nos braços para me levar para casa, acabo fechando meus olhos por não aguentar mais o sono.
(...)

Abro meus olhos cheia de dor de cabeça, minha visão demora um pouco para se adaptar e quando se acostuma tomo um susto por perceber que estou em um quarto enorme e luxuoso, mas que não conheço.

Estou com um vestido largo branco para dormir, alguém trocou minha roupa...

Me levanto um pouco assustada tentando lembrar do que aconteceu, mas a última coisa que me lembro é de estar nos braços do Lui. A porta se abre e uma empregada entra.

—Niram?— pergunto e ela só sorri ao ver que acordei.

Como caralhos eu vim parar no castelo principal do inferno?! Será que Asura me sequestrou? O pior é que não duvido.

Meu Mestre, Meu ProblemaOnde histórias criam vida. Descubra agora