Scarlett
O tempo passou desde que Asura apareceu no meu reino e trouxe consigo uma tempestade de sentimentos. Enquanto ele resolvia os problemas econômicos, eu tentava manter minha mente focada no trabalho. No entanto, os dias seguintes trouxeram mais desafios do que eu poderia imaginar.
Arlan voltou ao castelo para continuar me ajudando. Nossa relação, embora ainda marcada pela tensão, retomou um ritmo familiar. No entanto, havia uma diferença: agora, sabíamos que o desejo entre nós era impossível de ignorar.
—Scarlett, você precisa assinar esses documentos — disse Arlan, colocando uma pilha de papéis na minha mesa.
Eu olhei para ele, tentando decifrar seus pensamentos. A tensão entre nós era palpável, mas ele se mantinha firme, respeitoso.
—Claro, Arlan. Mas precisamos conversar sobre algo — disse, tentando soar casual.
Ele suspirou, sabendo exatamente o que eu queria dizer.
—Scarlett, não podemos continuar assim. Meu respeito por seu pai é maior do que qualquer desejo carnal.
—Mas eu não estou pedindo isso, Arlan. Só quero que não me afaste — respondi, tentando esconder a frustração.
Ele apenas assentiu, e voltamos ao trabalho, mas a proximidade dele era uma distração constante.
Os dias se tornaram semanas, e a tensão entre Arlan e eu só aumentava. Havia momentos em que não podíamos resistir. Uma noite, após uma longa discussão sobre a economia do reino, ele finalmente cedeu novamente.
—Scarlett, isso não é certo — disse ele, enquanto nossas mãos se encontravam na mesa.
—Eu sei, mas não consigo evitar. Você é o único que realmente me entende — respondi, minha voz carregada de emoção.
Ele me puxou para mais perto, e naquele momento, toda a lógica foi esquecida. Fizemos amor, e por um breve momento, tudo parecia perfeito. No entanto, a culpa logo tomou conta de Arlan.
—Não podemos continuar assim — disse ele, afastando-se após o ato.
—Por que não? — perguntei, sentindo a dor de sua rejeição.
—Porque isso está errado. Eu respeito seu pai, e não posso continuar traindo essa confiança — respondeu, seu olhar cheio de culpa.
Com o tempo, as fofocas começaram a se espalhar pelo reino. As pessoas cochichavam sobre minha virtude, insinuando que eu era promíscua. Cada vez que saía em público, sentia os olhares e ouvia os sussurros.
—Ouvi dizer que a princesa Scarlett tem muitos amantes — disse uma empregada, achando que eu não estava ouvindo.
—Sim, ela deve ser uma puta promíscua — respondeu outra, suas palavras cheias de veneno.
Essas palavras me machucavam, mas eu tentava não demonstrar. No entanto, a tensão começou a afetar minha relação com Arlan.
—As pessoas estão falando sobre nós — disse eu, uma noite, enquanto estávamos no meu escritório.
—Eu sei. E é por isso que precisamos parar — respondeu ele, a culpa visível em seus olhos.
—Mas eu não quero parar, Arlan. Eu gosto de você — disse, tentando segurá-lo.
—Scarlett, isso está nos destruindo. Eu não posso continuar assim — respondeu ele, afastando-se mais uma vez.
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As fofocas continuaram a se espalhar, e a pressão só aumentava. Sentia-me cada vez mais isolada, e a única pessoa com quem eu queria estar se afastava mais e mais. Finalmente, decidi que algo precisava mudar.
—Arlan, precisamos conversar — disse eu, chamando-o para meu escritório.
—O que foi, Scarlett? — perguntou ele, tentando esconder a tensão.
—Eu não posso continuar assim. Eu não quero perder você, mas também não posso viver com essa culpa constante — disse, minha voz trêmula.
—Então, o que sugere? — perguntou ele, seu olhar cheio de esperança.
—Eu não sei. Mas precisamos encontrar uma solução — respondi, sentindo a dor de nossa situação.
Enquanto estava sozinha no meu quarto, lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. A pressão das fofocas, a culpa de Arlan, a raiva de meu pai – tudo parecia esmagar meu espírito.
Olhei pela janela, observando o horizonte do inferno. Sabia que minha jornada estava longe de terminar e que os desafios só iriam aumentar. No entanto, também sabia que precisava ser forte, tanto por mim quanto pelo meu reino.
Levantei-me e fui até o espelho. Encarei meu reflexo, vendo não apenas a plScarlett, mas uma líder que estava aprendendo a navegar pelo mar tempestuoso de suas responsabilidades e sentimentos.
—Você consegue, Scarlett. Não importa o que aconteça — murmurei para mim mesma, sentindo uma nova determinação crescer dentro de mim.
Decidi que, independentemente das fofocas ou das opiniões dos outros, eu governaria com justiça e força. E, no processo, talvez encontrasse uma maneira de equilibrar meu coração e minha mente.
Com um último suspiro, voltei para minha mesa de trabalho. Havia muito a ser feito, e eu estava determinada a não deixar que nada ou ninguém me impedisse de cumprir meu dever.
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Meu Mestre, Meu Problema
RomanceScarlett Meu nome é Scarlett, sou uma demônia meio raposa, sou filha do demônio mais forte do inferno, mas ele é somente considerado o guardião do lugar, minha mãe me abandonou quando nasci, mas não quer dizer que não tenho uma referência materna, m...