Capítulo 38

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Scarlett

Apenas corro para fora do castelo ao escutar de um dos servos que meu pai e minha mãe voltarão.

Quando os vejo caminhando em direção a entrada vou lá abraça-los, mas meus irmãos passam correndo por mim e os abraçam primeiro, Henri abraçou a mamãe, e Belial o papai.

Essas pestes sempre recebem toda atenção do mundo, além de sempre tentarem infernizar minha vida.

Mia —por que está com essa cara de ódio, Scar?— pergunta com um sorriso alegre nos lábios, vejo ela caminhar até mim e me abraçar de forma calorosa.

—esses pestinhas estão acabando com minha paciência mãe, todo dia eles me jogam água, puxam meu cabelo quando estou distraída, rabiscam minha cara quando estou dormindo. Eles precisam de limites mãe— digo e minha mãe olha para Henri que está quietinho com um sorriso inocente no rosto.

Mia —Scar, não está sendo um pouco dramática? Seus irmãos são uns principezinhos lindos— como ela não consegue ver o quão são atentados? —sei que deve estar com um pouco de inveja  da atenção dada aos seus irmãos, mas eles são pequenos ainda, isso não quer dizer que te ame menos.

Ela não vai me entender mesmo que eu diga que eles só se fingem de bonzinhos na frente deles, essas pestes são manipuladoras.

Dagon —sobre o que as duas das três flores mais importantes para mim estão conversando?— ele parece de bom humor, pois está com um olhar tranquilo e feliz.

Mia —nada demais, a Scar ficou com saudade da gente, acredita?— não era bem isso que a gente estava conversando, mas tanto faz, é verdade de qualquer forma.

Escuto a porta do castelo ser aberta,  olho para ver quem está vindo para cá, não me impressiono ao ver Arlan e Lui atrás dele, quando param perto de nós meu pai apenas fica na frente aos dois.

Dagon —espero que minha filha não tenha dado muito trabalho a você— diz olhando para  Arlan que apenas abre um sorriso sarcástico.

Por favor não conte..... Por favor não conte.....

Arlan —que nada, até que estava comportada, não me deu nenhum problema pelo menos.

Dagon —que bom, ela sempre faz o contrário do que a gente quer na maioria das vezes, não é Scar?— não é bem assim também, apenas viro o rosto mal humorada.

Arlan —imagino que eu já posso voltar aos meus afazeres em meu nível infernal— diz estendendo a mão para cumprimentar meu pai que faz o mesmo.

Demônios não se abraçam ou demonstram algum sentimento, isso para eles é fraqueza, as vezes eles tratam até a própria família assim.

Mia —espero que tenha uma boa viagem de volta para casa, até mais Arlan— diz antes de ele abrir suas asas e voar para longe de nós.

Dagon —e você Lui, conseguiu aprender algo com o Arlan enquanto estava aqui?— vejo que ele fica travado sem falar nada por alguns minutos, meu pai vai acabar desconfiando se ele não agir normalmente na frente dele.

Lui —não... Não passei muito tempo perto dele, saímos para lutar contra monstros algumas vezes, mas só isso, estava ocupado pensando em outras coisas— diz  quebrando o silêncio.

Dagon —pensando sobre sua família biológica não é?— vejo que ele concorda com a cabeça o que faz meu pai respirar fundo, mas não de raiva, ele ainda continua calmo, pois provavelmente esperava que ele fosse perguntar um dia —vamos conversar sobre isso depois de almoço certo?

Lui —certo, esperarei— eu queria ouvir a conversa dos dois, mas sei que isso não é da minha conta. Espero que a verdade não tire o brilho de seus olhos.

Meu Mestre, Meu ProblemaOnde histórias criam vida. Descubra agora