Capítulo 28

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Scarlett

Eu não consigo acreditar que  meu pai colocou mesmo o Arlan para tomar conta de mim, acho que ele realmente pensa que não sou capaz de tomar conta de tudo sozinha, isso me irrita de tantas formas.

Diana —você não pode ficar com a cara emburrada o dia todo, pelo menos vai poder ficar tranquila em pensar que ninguém seria louco em atacar esse lugar com o segundo pilar mais forte protegendo— eu sei que por esse lado é bom, mas eu ainda assim queria que pelo menos meu pai pensasse que eu consigo proteger seu nível infernal.

—eu não estou brava com o Arlan, sei que provavelmente só aceitou isso por insistência do meu pai, mas ainda assim não consigo deixar de ficar brava, pois parece que sou uma criança de 13 anos que ainda precisa ser observada o tempo todo— além disso, tenho certeza que meu pai mandou ele não deixar ninguém se aproximar ou entrar no meu quarto.

Diana —seu pai vai sempre ver você assim, como um bebê. Penso nos lados positivos pelo menos— queria saber que lados seriam esses.

—me fale algum então?— digo me levantando enquanto espero ela falar, pois preciso de um banho gelado para relaxar.

Diana —Arlan é um pilar bem mais tranquilo e racional que o seu pai, se ver por acaso alguém no seu quarto não vai simplesmente ir para cima querendo matar sem antes perguntar o que está acontecendo, além de que você não poderia ter um babá melhor, ele é gato, inteligente, importante, rico, forte e solteiro— só travo ao ouvir, mas depois abro um sorriso, pois de certa forma é melhor que a presença do meu pai, com certeza.

—você deveria parar de reparar nesses detalhes em um homem, é coisa de interesseira— digo pela parte importante e rico.

Diana —olha, todas as mulheres normalmente procuram caras que vão dar estabilidade futura, não é por que você já nasceu com isso que pode julgar esse detalhe— ela fala como se eu tivesse nascido em um castelo e fosse criada como uma princesa.... Pensando bem, eu fui sim criada em um castelo e mimada como uma princesa.

—certo, certo, não rei julgar—  acho que realmente não posso julgar já que fui fruto de ganância.
(...)

Só tiro minha roupa e entro na banheira quente com rosas, pois preciso relaxar um pouco.

Posso aproveitar essa oportunidade para tirar algumas coisas da minha lista de desejos já que se eu continuar debaixo das asas do meu pai vou morrer solteira e virgem.
(...)

Coloco uma roupa mais larga e fresca, pois quero ficar confortável mesmo que eu saiba que tem alguém que eu não estou acostumada aqui.

Caminho até a cozinha para pegar alguma fruta antes de ir dormir, pois estou cansada e com dores frequentes no peito, o Asura poderia lutar e treinar menos durante a noite, isso incomoda demais.

Só escuto passos vindo de um corredor, pela som alto deve ser um homem, pois todas as mulheres que trabalham aqui tem passos lentos e leves.

Pego frutas vermelhas na geladeira e logo depois paro meu olhar na entrada da cozinha para ver quem está vindo, como algumas frutas enquanto espero, pois a pessoa provavelmente está vendo os cômodos para ter certeza que está tudo bem.

Não demora muito para ver Arlan entrar no cômodo, ele olha para todos os lados e depois seu olhar para em mim, provavelmente esperava que todos estivessem dormindo, mas eu prefiro ler algumas histórias mais picantes antes de dormir de fato.

Arlan —seu pai tinha avisado que você fica perambulando pela casa procurando algo para fazer, mas eu realmente pensei que tinha saído para beber ou dançar com as suas amigas— diz de um jeito descontraído enquanto vai até a geladeira.

—aa vezes parece que me acha uma irresponsável— falo me sentando em uma cadeira de frente para ele.

Arlan —com todo o respeito, mas você é, quero dizer tenho certeza que vai se tornar uma ótima rainha do 8 nível infernal, mas suas ações e decisões são feitas sem pensar— diz enquanto pega a jarra de suco de laranja com hortelã na geladeira, ele vem até mim e senta na cadeira a minha frente.

Eu sinceramente não esperava que ele fosse dizer isso, pois normalmente ninguém além do meu pai ou da minha mãe diz algo assim tão diretamente.

—você é muito delicado não é mesmo?— falo com um tom de ironia o que faz ele abrir um sorriso.

Arlan —só não gosto de mentir, as vezes é preciso dizer a verdade— fala igual o papai quando vai dar um sermão sobre a vida.

—só falta dizer que tenho que me preservar mais, que tenho que parar de depender tanto das pessoas— digo normalmente enquanto como as frutas.

Arlan —eu não sou o seu pai, acho ele muito exagerado em relação aos conselhos que dá a você, confiar nas pessoas não é ruim, mas entendo que ele é pai, a proteção vinda da parte dele é incondicional— só o escuto e depois o observo a beber o suco.

—é um pouco estranho ouvir você dizendo isso, pois sempre ajuda meu pai em tudo como se ele tivesse sempre certo— ele é a única pessoa que meu pai confia depois da nossa família..

Arlan —seu pai me pediu para cuidar da casa, pois teme que alguém invada e mate você e seus irmãozinhos, tem muitos que fariam isso apenas para irrita-lo. Eu não vou ficar empacando sua vida enquanto estiver aqui, está livre para sair e namorar, só não traga ninguém aqui que ele não conheça e não fique trancada no quarto com um homem, ele perde a confiança em mim se descobrir que deixei, se for transar ou namorar vá para um hotel ou faça na cabana atrás do castelo— diz se levantando para sair, mas olha diretamente para mim —melhor ir dormir, vai ficar com olheiras.

Só o vejo ir embora sem acreditar em suas palavras, ele simplesmente disse que não está nem aí se eu transar desde que não seja aqui dentro. Acho que também adoro ele.

Meu Mestre, Meu ProblemaOnde histórias criam vida. Descubra agora