Capítulo 44

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Sarah pov

Depois daquela surra que Juliette deu em Geraldo, ele foi levado para a delegacia e eu estou sentada na calçada da minha antiga casa tentando processar tudo que aconteceu. Muitas pessoas estão na rua tentando entender o que acabou de acontecer, e eu não as julgo, estão apenas curiosos.

Juliette conversa com meus irmãos em minha frente, mas eu não consigo prestar atenção em nenhuma palavra sequer do que eles dizem. Minha mente está muito longe daqui...

Minha mãe está dentro de casa com as minhas tias, ela ficou desesperada ao ver seu namorado sendo preso e eu tenho medo da reação dela quando me ver. Não sei se ela irá me culpar, me julgar ou irá ficar do meu lado.

É muito louco pensar que o meu pesadelo chegou ao fim. Aquilo que eu sustentei por tantos anos por amor a minha família, simplesmente acabou. É um alívio, uma sensação boa corre por meu corpo. Eu sei que ainda haverá o julgamento, mas se Deus quiser, aquele homem será condenado.

Eu abaixo minha cabeça e tampo meu rosto com as minhas mãos chorando mais uma vez. Mas dessa vez meu choro é de alívio, é de alegria, é o choro que eu sempre esperei. O choro da minha segunda chance.

A certeza que meus problemas não vão desaparecer é real, mas eu não posso deixar de me alegrar por um dos meus maiores e piores pesadelos ter chegado ao fim. ACABOU!

Thais: AMIGA! - ouço minha melhor amiga gritar um pouco distante, me levanto e corro até ela que me recebe com os braços abertos. - Camila me ligou avisando do acontecimento.

Sarah: Amiga, acabou! - eu choro

Thais: Acabou amiga, acabou! Eu fico tão orgulhosa da mulher forte que você é. Aguentou tanta coisa só pra proteger aqueles que ama. Eu te amo, amo sua força e amo seu coração.

Sarah: Obrigada pelo apoio de sempre, você sem duvidas é a melhor amiga que alguém poderia ter. Eu te amo!

Thais: Tô fechada com você. - eu a abraço novamente. - Como Juliette reagiu?

Bil: Digamos que ela quebrou a cara dele. Fez um favor para todos nós - rimos um pouco e Juliette me abraça por trás - E voltou o grude

Juliette: Está com inveja, cunhadinho?

Arthur: Sah, vem cá - minha namorada me solta e eu vou até meu irmão que me envolve com seu abraço - Me perdoa por não ter percebido que havia algo de errado com você. Eu queria ter tirado você desse inferno, mas estava ocupado demais no meu mundo. Por favor, me perdoa! - vejo uma cena que é rara de acontecer, meu irmão chorando.

Eu me solto do nosso abraço e seguro seu rosto com as minhas mãos. As lágrimas descem freneticamente por seu rosto que está vermelho e seu olhar é baixo e triste.

Sarah: Arthur, eu jamais te culparia por isso. A verdade é que a culpa não é de nenhum de nós, é apenas daquele homem. Você, Bil e agora Camila são irmãos incríveis. Eu amo vocês mais do que a mim mesma.

Bil: Nós te amamos muito, baixinha - reviro os olhos pelo jeito que ele me chamou e sorrio - Você aguentou tudo isso até aqui, é muito forte. Mas não guarda mais nada só pra si, existem coisas que precisam ser compartilhadas para o fardo ficar mais leve.

Sarah: Irei fazer o possível.

Continuamos em frente a minha casa conversando e eu recebendo muito carinho das pessoas que eu amo. Aos poucos as pessoas na rua estão voltando para suas casas por já estar anoitecendo. E depois desse dia longo que ainda estou processando os detalhes, meu corpo pede descanso. Mas eu não posso ir embora antes de conversar com alguém...

Por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora