Capítulo 68

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Sarah pov

Sarah: A bolsa estourou, Luna vai nascer! - vejo seus olhos arregalados, ela levanta depressa já se vestindo.

Peço para ela ir buscar minha bolsa e a bolsa de Luna enquanto eu me visto e assim ela faz. Mas assim que ela sai do quarto, a contração vem mais forte e eu me sento na cama respirando fundo marcando os intervalos entre as contrações.

A dor passa, eu visto minha roupa, Juliette pega as bolsas e assim nós saímos de casa indo em direção a maternidade.

Vem com saúde, filha. Estamos te esperando.

...

Juliette pov

Meu coração estava batendo tão forte que eu consigo ver por cima da blusa, e não estou exagerando. Sinceramente, não sei como estou conseguindo dirigir nesse estado.

São exatamente 04h13 e eu estou correndo o máximo que eu posso para chegarmos logo na  maternidade. Eu ultrapassei todos os sinais vermelhos, inclusive os que tinha radar. Já estou na espera das multas.

Se passam mais alguns minutos e finalmente nós chegamos na maternidade. Eu estaciono meu carro de qualquer jeito e quando dou a volta para abrir a porta para Sarah, vem mais uma contração. Logo aparecem algumas enfermeiras com uma cadeira de rodas a colocando sentada e a levando para dentro da maternidade.

Eu pego as bolsas que estavam na parte de trás do carro e tranco o mesmo. Saio correndo atrás das enfermeiras e rapidamente, as alcanço.

Faço um cadastro rápido na recepção enquanto Sarah já foi levada para o quarto. Uma enfermeira me leva até uma sala para que eu possa trocar minha roupa.

Já trocada, finalmente me junto a minha esposa novamente. Nesse momento ela está na banheira dando um grito de dor meu coração se aperta.

Ver minha esposa naquele estado é horrível. Eu quero poder ajudar, tirar aquela dor dela, mas é impossível. Então eu apenas fico ao seu lado segurando sua mão, dou um beijo em sua testa até que a dor para novamente. Respiro aliviada e ela também faz o mesmo.

As enfermeiras tiram Sarah da banheira e a dirigem para cama. Uma delas fazem o exame do toque e ela já está com 9 de dilatação. Faltam pouco minutos para minha princesa vir ao mundo.

Aproveito o momento em que Sarah não está sentindo dor e vou até o banheiro, faço minhas higienes e logo escuto o grito de Sarah. Lavo minhas mãos e saio do banheiro. Me aproximo da minha esposa segurando sua mão tentando passar pra ela todo conforto e segurança que eu consigo.

A doutora Rosa, a mesma que fez todo o pré-natal, será quem fará o parto.

Rosa: Vai nascer! - ela coloca as luvas - Sarah, Luna está na portinha. Eu já consigo ver a cabeça dela, você precisa fazer força! - o grito de Sarah ecoa por toda sala, o ato se repete por várias e várias vezes.

Já se passaram mais de cinco minutos e nenhum sinal de Luna. A doutora se levanta, pega o aparelho de ultrassonografia e passa sobre a barriga de Sarah. Ali eu já sabia que havia algo de muito errado.

Juliette: Doutora, o que está acontecendo? - pergunto enquanto Sarah aperta minha mão. Olho pra ela e os seus cabelos grudam no seu rosto suado. Ela está ofegante e totalmente cansada, é visível.

Rosa: O cordão umbilical está enrolado no pescoço dela.

Enfermeira: Vamos ter que fazer cesária?

Rosa: Seria a opção mais indicada, porém é impossível. Ela está totalmente encaixada, vamos ter que prosseguir assim.

Enfermeira: É muito arriscado, doutora.

Por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora