Prolongo: parte dois.

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Caminhei marchando para fora do quarto. Meu nariz estava vermelho, meus cabelos bagunçados, mas não importava. Denis, já estava morto, ele havia machucado ela de alguma maneira — não só fisicamente — que causou mais impacto que todos os outros. Agora era a hora de ir atrás de Luiz.

O homem caladão que eu teoricamente simpatizei, que me deu uma mulher para que eu não ficasse sozinho, o homem que me fez conhecer a Rachel como uma mercadoria.

O pai dela.

A qual eu só descobri tempo depois, tarde demais. Ele iria pagar, e não era pelo meu sangue O'Hara, Williams ou raiva que eu estava sentindo; era por amor.

As ordens foram deixadas claras para os seguranças: não deixe que ninguém entre no corredor de Rachel Mason. Pode ser o próprio presidente, não era para entrar.

A moto corria com mestria debaixo de mim, a medida que eu me sentia ficar impenetrável, insaciável; cada vez mais.

As portas pretas abriram para mim, no mesmo momento que eu parei na porta do prédio Williams. Comprimentei os seguranças com um aceno de cabeça, o que foi herdado da minha mãe que provavelmente herdou de Scarllett, que também deve ter herdado de Eduardo.

asegurarme de que puedo sacarlo de aquí sin llamar demasiado la atención — falei com minha língua Natal para um segurança O'Hara que estava de escanteio no corredor de Luiz.

certifique-se de que posso tirá-lo daqui sem chamar muita atenção.

Assim que abri a porta, não esperei por mais nada: peguei a coronha da minha arma, a batendo com força na cabeça de Luiz, fazendo ele apagar no mesmo momento.

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A água gelada despertou Luiz, fazendo com que o mesmo desse um pulo da cadeira que estava preso. Não ajudando muito. O frio da Rússia não estava tão intenso, mas sabendo que o homem em minha frente estava acostumado com o clima aquecido, roupas quentes e que acabara de acordar de uma coronhada na cabeça: a água o fez ter um leve choque.

O primeiro de muitos.

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