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Gabriel Williams.

— Eu sinto tanta falta sua, estrelinha — disse, enquanto olhava para a cama, sem ter coragem de tocar ali. — por que você fez isso? Por que eu não fui capaz de cumprir minha promessa e te proteger? E por que eu não agi antes com Caleb? Por que você não contou nada, estrelinha? — eu estava chorando, pouco me importando com aquilo, estava drogado e esmagado emocionante.

Mais um ano.

Astrônomo.

Eu me tornei astrônomo para que pudesse me sentir mais perto dela, de alguma maneira. Não, eu não acreditava em vida após a morte, espíritos ou seja lá o que for. Ela estava debaixo dela terra e só.

Mas enquanto eu estudava de madrugada que nem um condenado para me formar em tal, eu me perguntava se um dia, eu iria conseguir superar.

De fato, eu nunca iria conseguir superar ela. Em alguns momentos a dor iria ser menor, em outras maior, mas sempre, sempre, sempre iria ser pior no dia dezoito. Dia dezoito em que eu estava a exato seis anos, com ela, aqui, nas suas últimas horas de vida.

De fato, eu nunca iria conseguir prosseguir, e isso doeu.

Doeu como um inferno, mas eu tinha uma esposa agora, e deveria cuidar da mesma, cumprir a promessa que eu não pude cumprir com minha estrelinha.

Mesmo que toda vez que eu beije ela, sinta que esteja traindo Rachel e mesmo que eu esteja começando a gostar de Eva Margort.

Eva Margort.

— você tá vendo? — cochichei com Liana que parecia estar pensando. A mesma alisava o copo com cuidado, olhando para a parede de tijolos na sua frente.

— o que? — perguntou olhando ao redor.

— aquele homem ali — fiz um gesto discreto com o ombro, apontando para o homem que tinha um celular em mãos e ela sorriu.

— provavelmente alguém querendo te pegar, relaxa — deu de ombros, pegando outra bebida, dessa vez, menor — a última e vamos para casa.

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