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— onde ela está? — a pergunta foi direta, me fazendo querer cruzar os braços.

Mas eu não o fiz.

Continuei na mesma posição, calmo e impenetrável.

— eu não sei. — falei, colocando as mãos para trás, pensando na possibilidade de digitar o número três, três vezes para solicitar ajuda.

— tire as mãos das costas, O'Hara — Moraes falou, sorrindo para mim.

Minhas mãos deixaram o celular cair ainda de costas, para virar na sua direção. Prendi a respiração quando Eva Margort começou a descer a mesma, devagar.

— se você atirar nele, eu vou atirar nela — a voz de Rachel saiu forte e determinada. Não havia tremor ao segurar a arma e sim confiança. Confiança essa que eu não duvidava que seria usada.

— que lindo — uma risada fria de Eduardo — finalmente você encontrou alguém, não é Biel? Uau, meus parabéns. Agora eu vou ter que matar um mimado e uma puta. — ao ouvir aquela frase, vi Rachel abaixar a arma e olhar perdida para mim. Os olhos verdes se encheram de lágrimas e a boca se fechou em uma linha fina.

Não.

Tudo estava acontecendo de novo, não era para aquilo estar acontecendo.

— sabe de uma coisa, Moraes? — comecei, olhando para ele com desafio. Eu precisava chamar sua atenção, no mesmo momento em que dava um jeito de pedir para que Eva Margort subisse as escadas.

O vestido branco nos dava um breve vislumbre do seu corpo nu sob o tecido fino. E eu comecei a entrar em desespero ou lembrar que ela poderia não ter a mesma sorte que Rachel, que ele poderia pegar ela.

Eu me perguntei, enquanto olhava para o homem que tinha uma arma em mãos, onde estava os homens dos Williams. Eles não eram tão inúteis assim, o que me fez perguntar: quantos homens Moraes levou consigo para conseguir abater mais de 100 homens distribuídos ao redor da mansão? E porque eu não escutei o som de nada?

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