Fragalhos

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Andei em passos firmes e precisos para fora daquele salão, eu me sentia completamente sufocada. As fotos, as perguntas, as pessoas, os olhares julgadores...

Apenas um minuto — pensei, enquanto ia para a área da piscina — cinco minutos e eu falo que tive algum problema com meu vestido.

Parei no centro do salão de festa, olhando para cima e respirando fundo.

— por favor... — susurrei para mim mesma, quando sentia a angústia, dor no peito e agonia me preencher. — agora não, hoje não. — Andei de um lado para o outro, tentando me manter focada, mas não conseguia.

Virei para frente quando senti alguém atrás de mim, vendo Jones Moraes próximo, com as mãos no bolso.

— crise? — perguntou casualmente e eu neguei — vamos, está na cara que você está mentindo, Eve.

Olhei para ele calada, eu definitivamente não queria estar em um lugar afastado com Jones Moraes.

Não, não queria.

— me deixe eu te ajudar — dois passos para frente dele e três meus para trás. Não me importei em demostrar que não queria seu toque, aproximação ou ajuda. — vamos, Eve, deixe eu te ajudar. Apesar de você não ser mais minha noiva, eu ainda quero ajudar você...

— não se aproxime — respondi, olhando brevemente para trás, vendo que não tinha nada no meu caminho e que eu poderia recuar sem me preocupar em tombar em algo.

— Eve... — ele começou, mas eu o interrompi.

— é Eva, Moraes — eu não iria demostrar o quão incomodada e a inquietação que estava sentindo para ele, não. Não iria. — Eva.

Ele sorriu para mim, vindo em minha direção.

— eu disse não se... — não pude concluir a frase, quando menos esperei, Jones estava me pressionando contra a parede, com as mãos na minha boca.

Ali, eu percebi que certas coisas não precisam de um rótulo como "casamento" para acontecerem. E esse "rótulo" , também envolvia a palavra consensual.