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Gabriel Williams.

A uma semana atrás eu estava dirigindo para o hotel, pensando no que faria quando desse de cara com Margort. Agora, eu estou olhando para ela, que caminhava com seu pai.

Eu vi quando ele começou a falar com ela, vi quando ele falou alguma coisa fazendo com que a expressão dela alterasse para receio, e por mais que eu não fosse americano e só soubesse fazer leitura labial em espanhol e russo, entendi o que ele disse. Pelo menos tive uma ideia.

Eu me sentia mal por Margort, por ter os pais que ela tinha, e me sentia mais mal ainda por saber que eu estava condenado ela para um casamento sem amor, carinho ou qualquer tipo de afeto. Eu sentia por ela estar do meu lado, sendo que eu esperava que outra pessoa estivesse ali.

Eu sentia muito, por tudo aquilo.

Mas eu não podia fazer nada, Rachel estava morta e fazia parte do meu passado. E eu irei continuar cumprindo minha promessa de amar ela todos os dias da minha vida.

Eu sei que Eva Margort quis e tem curiosidade em saber de Rachel, mas ela não irá saber. Não tem nada ou quase nada sobre a mesma no sistema e caso ela venha a descobrir algo, será o que outros a contem.

Eu não queria que minha estrelinha fosse exposta, que ela ficasse conhecida como a "prostituta que acabou sendo sequestrada, estuprada e que se matou. A prostituta que ficou com um O'Hara Williams."

Eu não queria, eu não quero.

Ela era boa demais para aquilo, sempre foi. Rachel Mason estará sempre no meu coração, e isso nunca irá mudar.

Mas por enquanto, eu preciso focar na mulher que está na minha frente, de cabelos marrrom-ruivos e que eu irei proteger.

Pela garra, pela força e pelo poder.

FragalhosOnde histórias criam vida. Descubra agora