A Rainha das Chamas I

LXI (Parte 2)

Aviso ⚠️
🔞 Este capítulo contém cenas inapropriadas para menores de 18 anos.

PARTE 2

Dedos gentis circulavam linhas sobre meu abdômen e me faziam sentir cócegas. Um risinho preguiçoso escapou dos meus lábios e abri meus olhos, vendo que ainda estava de noite. Não foi Ian quem me acordou, seu toque era tão confortável que poderia me derramar tranquilamente nele durante horas. Meus sonhos confusos me fizeram despertar, pois, por mais que eu estivesse na companhia dele, a ilusão da recepção, a lembrança que eu tive, tudo ainda atormentava minha mente, mas pelo menos o afago de Ian conseguia amenizar o meu tormento.

— Conseguiu dormir direito? — Perguntei um tanto preocupada. Ainda estava de noite, o que podia significar que não descansamos nada.

— Não muito. — Um suspiro deixou seus lábios. — Me desculpe, não queria ter te acordado...

— Não foi você...

— Teve algum pesadelo?

— Eu ainda não consigo me esquecer do que aconteceu. — Admiti comprimindo os lábios em uma fina linha. — Sua presença afasta o pior, mas ainda não sou capaz de amenizar o que vi.

— Tudo ainda está muito recente. — A mão de Ian repousou em minha cabeça e seus dedos me fizeram um cafuné. — Não se esqueça, meu amor, eu sempre estarei aqui, com você.

— Eu sei, Ian... — Um suspiro deixou minha boca e toquei sua mão repousada em meu quadril, entrelaçando nossos dedos. — Aquilo ainda tem incomodado você? — Perguntei tomando cuidado com as minhas palavras. — Ian, você sabe que eu...

— Eu sei, amor... — Me virei em sua direção e toquei seu rosto, deixando transparecer o meu carinho. — Mas meus medos me atormentam há muitos anos... — O tom tristonho da sua voz cortou meu coração. — E certas coisas não irão deixar meus pensamentos tão facilmente, por mais que eu te veja bem diante de mim...

Acabei abaixando olhar com suas palavras. Eu entendia perfeitamente, afinal, eu vi uma ilusão do seu cadáver e ele muito provavelmente tocou no meu, viu meus olhos sem vida, teve que me enterrar... eu não conseguia nem imaginar o que se passou dentro dele quando vivenciou esse terror.

O abracei, não sabendo o que poderia dizer para confortá-lo. Minha presença não era capaz de apaziguar seus demônios, mas eu pelo menos poderia oferecer meu carinho e tentar acalmar seu coração aflito. Estar em seus braços me deixava tranquila. Eu também tinha medo de morrer.

Suas mãos me puxaram para si e seus braços me envolveram. Ian me colocou sobre si, colando seu peito no meu, e deslizou os dedos pelas minhas costas, alcançando minha nuca, os enfiando entre meus cabelos, trazendo meu rosto para o seu e tocando nossos lábios de forma suave, como se apreciasse a maneira envolvente com a qual sua língua se enroscava na minha, demonstrando seu carinho, seu amor. Apoiei as mãos em seu rosto, me deixei levar pela sensação.

Sua mão apalpou minha bunda, agarrou minha pele, pressionou meu quadril contra o seu e me causou arrepios intensos com a sensação que se acumulou em meu ventre.
Me ajeitei em seu colo ao posicionar as pernas ao lado do seu corpo.

Seus beijos se intensificaram, percorri meus dedos pelos seus músculos, minha respiração ficou ofegante e o desejo ardeu em meu peito. Eu o amava tanto, apenas os seus beijos não pareciam ser o suficiente, eu queria muito mais dele, do seu toque, Ian me excitava tanto que eu não era capaz de resistir a ele. A sensação de ter seus dedos em mim naquele dia, mesmo que por um segundo...