OBRA INSPIRADA EM ACOTAR DE SARAH J. MASS
Numa festa de casamento, a última coisa que você espera é dar de cara com um personagem que não existe na vida real.
Quando isso acontece com Sol, no casamento de sua prima, é só o começo de coisas estranha...
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— Você é um assassino — sua boca parou de falar no instante que nossos olhares se encontraram.
Quis rebater, mas o que poderia falar? Dizer que era mentira, que na verdade eu era apenas um Illyriano cobiçando o poder? Jamais usaria uma mentira dessa para me safar. Jamais me colocaria no mesmo lugar que os Illyrianos de novo.
— Você o matou! — ela gritou, se atirando para cima de mim. O soco veio um milésimo de segundo depois. Forte mas impreciso. Segurei sua mão. Agora ela também estava suja de sangue.
— Você não entende, Calynthia.
— É por isso que mal fica comigo? Porque está assassinando as pessoas de Prythian? É POR ISSO, AZRIEL?
Ela se afastou, o rosto retorcido em nojo e raiva. Eu já havia visto aquela expressão no rosto de diversas pessoas antes. Mas nunca na expressão da mulher que eu achava amar.
Calynthia. Filha do Lorde Casemyr, respeitado em toda a Corte Invernal. E infelizmente ele agora estava morto sob minhas botas. Os olhos abertos encaravam o céu gelado. E sua filha, aquela que eu acreditava com todo meu ser me amar apesar desses meus pecados, agora passava a me odiar.
— Você não deveria estar aqui.
— Você matou o meu pai!
— Fiz um favor para Prythian! — gritei, sentindo as veias do pescoço saltando. — Esse é o meu trabalho! Se eu não matasse o que possuía o seu pai, todos estaríamos mortos!
Ela me chutou. Me bateu no rosto diversas vezes. Suas unhas se cravaram em meu peito e arrancou a pele do traje. O sangue que manchava meu corpo agora era mais meu do que Lorde Casemyr.
Eu poderia ter cravado minha adaga em sua barriga. Seu coração. Dar um fim ao seu sofrimento. Mas a guerra fazia isso com as pessoas. Arrancava coisas que amavam delas, machucava até nunca mais parar de sangrar.
Eu acreditei que ela poderia ser minha. Mas ao olhar para mim mesmo, sangrando, ainda segurando minha adaga cheia de sangue, soube que jamais poderia ser de alguém.
Eu era um monstro criado para matar. Não para amar.
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