Capítulo 24

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Eu sonhei a noite toda com brigas com a minha mãe, com ela me agredindo eu acordei no meio da madrugada chorando e suando muito. – Natalie... Natalie? – eu abri os olhos a encarando – Sou eu... Priscilla... Você está com febre – colocou a mão na minha testa. – Eu vou pegar um termômetro. – eu me sentei na cama e ela logo voltou com um termômetro direcionou na minha testa. – Você está com febre mesmo, vou pegar um antitérmico pra você. – ela saiu do quarto e logo voltou com um comprimido e água. Eu tomei e me deitei de novo.

Eu: Obrigada. – eu dormi rapidamente. Eu passei o final de semana todo calada só curtindo o carinho da Pri e com febre emocional. Eu quase não conseguia comer e a Pri estava bem preocupada comigo. No domingo a noite eu chorei muito no banheiro, ela abriu a porta tirou a roupa e entrou na banheira comigo.

Pri: Está tensa... – fazia massagem nos meus ombros.

Eu: Está chegando a hora...

Pri: Está... Tem certeza que quer fazer isso? Não tem outra opção?

Eu: Desmembrar minha parte.

Pri: Seria pegar em hotéis a sua porcentagem na empresa e administrar sozinha, mudando de nome?

Eu: Sim. É isso... Ou então minha mãe compra a minha parte. Tenho 25% da empresa e a raiva dela é essa, eu ter 25% da empresa e ser lésbica.

Pri: Sua mãe tem dinheiro para comprar sua parte?

Eu: Sozinha não. Se ela juntas os outros sócios e conseguir investidores pode ser que sim, mas sozinha ela não tem.

Pri: E se desmembrar sua parte? O que você administra?

Eu: O Copacabana Palace, e mais 5 hotéis de luxo no Rio, mais 1 em Angra, 1 em Cabo Frio, 1 em Búzios além de 5 pousadas de luxo em Recife, Ceará, Bahia, Minas Gerais, e interior de São Paulo .

Pri: Muita coisa.

Eu: É... Meu avô tinha muitos empreendimentos, e ele prosperou muito. Não queria vender, eu gosto do meu trabalho, meu avô deixou pra mim, mas a minha mãe é o motivo da minha saída, ela me faz odiar tudo aquilo.

Pri: Vai dar tudo certo... – me deu um beijo.

Eu: Obrigada por me aguentar ranzinza todo o final de semana.

Pri: Você não estava ranzinza, estava triste, é normal e eu provavelmente estaria assim também se fosse comigo. – me deu um beijo na ponta do nariz. – Vamos pra piscina um pouquinho? Está calor, vamos aproveitar o restinho de domingo.

Eu: Vamos – coloquei um biquíni e entrei com ela. Trocamos muitos beijos, muito carinho, fizemos amor a noite toda eu precisava liberar a tensão e nada que a mulher mais incrível do mundo do meu lado. Eu amava estar com ela. Na manhã seguinte eu acordei bem cedo eu tinha levado a roupa que iria usar pra casa da Pri. Tomei banho, fiz um rabo de cavalo bem feito, fiz maquiagem, coloquei um terninho preto com uma camisa de seda vermelha, passei um batom vermelho também.

Pri: Está linda.

Eu: Obrigada... Preciso estar apresentável. Me empresta um perfume? Eu não trouxe.

Pri: Claro, dá uma olhada na minha pia, tem uma bandejinha com vários perfumes, vê o que gosta. – escolhi um perfume passei e desci tomei café com ela.

Eu: Tenho que ir.

Pri: Me liga pra me contar tá? Qualquer coisa eu vou te encontrar ou você vai até a empresa ou vem pra cá. Toma – me deu uma copia da chave do portão e da porta da sala dela.

Eu: Obrigada. – dei um beijo nela. – Bom dia.

Pri: Bom dia. – fui para a empresa repassando o que eu pretendia falar. Logo entrei no prédio peguei uma água, minha irmã já estava lá para a reunião.

Emilly: Tem certeza que vai fazer isso?

Eu: Tenho. É o melhor é para o meu bem. Eu não consigo mais conviver com ela Emilly.

Emilly: É, eu sei – suspirou. Emilly tinha uma mágoa gigantesca da nossa mãe. Elas não se falavam nem nas reuniões da empresa.

XX: Todos chegaram e sua tia Helen vai participar remotamente.

Eu: Obrigada – agradeci minha secretária. Subimos para a sala de reuniões e lá estavam minha tia Alisson que mora em Portugal e estava passando uma temporada no Brasil, minha avó, minha mãe, meu tio, e na tela minha tia Helen que estava viajando.

Mãe: Espero que seja mesmo importante Natalie eu tenho mil coisas para fazer hoje.

Eu: Obrigada pela presença de vocês e eu vou ser muito breve. Eu pensei muito e acho melhor para mim, para o meu bem estar, desvincular minha imagem da família.

Vó: Como assim?

Eu: Tenho duas alternativas, vocês compram meus 25% ou desmembramos meus 25% eu mantenho os nomes dos hotéis e pousadas como meu avô colocou, mas sem vinculo com vocês.

Tio: E por que isso Natalie qual o problema?

Eu: O problema é sua irmã Deborah. Eu não suporto mais conviver com esse ser repugnante, ter que ler mensagens dela, engolir a arrogância dela todo o santo dia enquanto ela não me suporta e eu não a suporto. Essa reunião é um comunicado não é um pedido de permissão. Podem pensar se vocês se juntam e compram meus 25% ou desmembram minha parte.

Mãe: Você é muito abusada Natalie – ela parecia que iria explodir a qualquer momento – Petulante e abusada. Eu sou sua mãe não pode falar assim comigo.

Eu: Não é minha mãe faz tempo. E você mesmo disse isso. E eu estou ficando doente de ter que conviver com você e eu quero prezar pela minha saúde mental e meu bem estar antes que eu acabe me matando. E não me faça rir. Não somos uma família, isso aqui não é uma família feliz, vocês me aturam mas morrem de raiva do vovô ter me dado parte da empresa, parte maior do que deixou para os próprios filhos porque vocês só foram filhos na hora da herança.

Vó: Chega Natalie...

Eu: Era isso... Tem 72 horas para decidirem se compram a minha parte, aqui tem o valor dela o que não é novidade para vocês. Vou pedir minha secretária para enviar para você tia Helen. Ou então fazemos o desmembramento da empresa e eu administro meus 25% com meus funcionários, com meu pessoal, e mantenho até os nomes que o vovô escolheu, mas totalmente livre de vocês.

Emilly: Lembrando que Natalie saindo eu saio junto já que eu sou advogada dos interesses dela na empresa.

Tio: Mais alguma coisa para nos jogar na cara?

Eu: Não. Fiquem o tempo que precisarem na sala e como eu disse, tem 72 horas para me darem uma resposta.

Vó: E se não aceitarmos nenhuma das propostas absurdas?

Eu: Não é nada absurda. Agradeça a sua filha Deborah. E se não aceitarem eu vou vender a minha parte para a primeira pessoa que quiser comprar. Com licença tenho muita coisa pra fazer bom dia. – me retirei da sala. Quando sai da sala e fui para a minha sala eu entrei no meu banheiro e vomitei muito. 

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora