Capítulo 6

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Bom dia, como estão??? 

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Mais ninguém sabia onde eu estava além da Lohana e ele não sabe onde ela mora então eu poderia dormir tranquila sem correr o risco de acordar sendo sufocada por um travesseiro. Acordei de manhã com a Lohana chegando, levei um susto.

Lohana: Oi, desculpa te acordar.

Eu: Tudo bem. Bom dia – sorri de leve.

Lohana: Bom dia... – se aproximou – Seu rosto está bem roxo. – eu olhei no espelho e estava bem feio.

Eu: Está. – suspirei.

Lohana: Vai trabalhar?

Eu: Não. Eu não posso aparecer na empresa assim.

Lohana: Hoje as 10 horas o laudo fica pronto.

Eu: Eu vou ligar pra minha advogada vou entregar todas as provas que eu tenho. – suspirei.

Lohana: É o melhor a se fazer... – ligava a cafeteira. Ela tinha comprado pão, eu a ajudei a arrumar a mesa, tomamos café conversando sobre tudo isso. Ela logo foi tomar banho e dormir e eu fiz minha higiene me troquei e liguei pra minha advogada. Ela pediu para que eu fosse no escritório dela as 11 horas. Cheguei no escritório da doutora Regina Vargas no horário marcado e ela logo me recebeu.

Regina: Meu Deus Priscilla... – Regina era uma das melhores advogadas do Rio de Janeiro. – Olha pra você...

Eu: Eu sei... Eu trouxe tudo que eu consegui reunir... – coloquei uma pasta em cima da mesa. Peguei o pen drive na bolsa. – Nesse pen drive tem todos os áudios, todos os print's de mensagens dele dos últimos 2 anos e tem vídeos de tudo. O laudo disso aqui – apontei para o meu rosto – Está aqui. Eu mordi a boca dele quando ele me beijou a força e limpei o sangue com um algodão e fui ao hospital fiz corpo de delito e fizeram testes no algodão.

Regina: Ótimo... Vamos fazer um boletim de ocorrência e pedir uma medida protetiva de imediato. Onde está ficando?

Eu: Na casa da Lohana, ele não sabe onde ela mora.

Regina: Ótimo...

Eu: Preciso tirar minhas coisas do apartamento dele. Eu tenho uma casa, eu comprei uma casa no Leblon, ele não sabe disso, ele não tem acesso as minhas contas pessoais e da empresa. Ela está em processo de decoração, mas está quase pronta.

Regina: Você vai tirar suas coisas da casa quando a medida protetiva estiver em mãos, assim uma viatura vai te acompanhar e estar presente enquanto você tira tudo que é seu do apartamento.

Eu: Tá bom – ficamos 3 horas ali vendo cada mensagem, cada vídeo, cada áudio e a assistente dela a auxiliando e montando o caso. Era surpreendente como elas montavam um caso. No fim dessas 3 horas tínhamos 15 páginas. Ela imprimiu me deu uma cópia, fez um documento, eu assinei tudo, fez um vídeo me pedindo para falar e confirmar tudo aquilo e foi um vídeo muito difícil de fazer. Sai de lá já era 15:30. Eu peguei meu celular e ele não parava de me ligar de me mandar mensagem. Ele me mandou diversos SMS's também, me pedindo perdão dizendo que nunca mais aconteceria que precisava de mim e que a insegurança dele precisava ser tratada, que ele estava doente e que ele ia se tratar se eu o ajudasse. Eu chorei muito eu não aguentava mais aquilo. Eu respondi as mensagens do Lukkas contei a ele o que houve e ele disse que o Ian esteve na empresa atrás de mim chorando fazendo a maior cena. Disse também que Natalie me ligou, estava preocupada comigo, com a minha segurança. Eu resolvi ligar pra ela. No quarto toque ela atendeu...

Nat: Alô?

Eu: Natalie, sou eu Priscilla...

Nat: Oh meu Deus você está bem? Eu estava preocupada com você. – falou bem assustada.

Eu: Estou, na medida do possível.

Nat: Onde você está?

Eu: No meu carro no estacionamento da minha advogada.

Nat: Vem até meu escritório vamos conversar?

Eu: Não é muito seguro pra mim ficar na rua eu preciso voltar para o apartamento da minha amiga.

Nat: O que está acontecendo Priscilla? – eu fiquei quieta – Olha... Eu sei que a gente não se conhece, mas se eu puder fazer alguma coisa, qualquer coisa pra te tirar dessa situação pra te ajudar, por favor, me fala...

Eu: Obrigada, e me desculpa por ontem eu prometo que não vai mais acontecer.

Nat: Priscilla, não precisa me pedir desculpas é sério. Eu gravei toda a conversa, eu fingi que não estava ouvindo no começo para colocar para gravar se você precisar, tem essa conversa para tirá-lo da sua vida, só por favor... – ficou em silêncio um momento – Você não precisa disso...

Eu: Pode me enviar essa gravação agora? Eu mando para a minha advogada, ela está cuidando de tudo.

Nat: Claro, vou mandar agora. Qualquer coisa, você sabe onde eu moro, vou te mandar meu endereço do escritório certinho, me procura.

Eu: Obrigada... Por tudo, de verdade.

Nat: Não tem que agradecer, só se cuida...

Eu:Tá... –desligamos. Ela realmente estava preocupada comigo. O áudio chegou, eu ouvi emandei pra minha advogada e ela disse que ia anexar aos pedidos dela. Fui pracasa da Lohana, ela ainda dormia, fiz só um lanche comi e deitei um pouco. Meucelular não parava de tocar, então eu baixei um bloqueador e bloqueei os númerosdo Ian e de toda a família dele. Isso precisava parar de alguma forma. 

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora