Eu comecei a ficar preocupada, meu filho ainda era muito pequeno pra nascer. Ela disse que quanto mais eu conseguisse segurá-lo, era melhor pra ele. Cada dia a mais no útero, era melhor pra ele. A Pri estava trabalhando de casa o máximo que podia. Eu estava inspecionando a arrumação do quarto do nosso filho, a decoradora finalizou o quarto explicou como era para higienizar a banheira quando fosse usar.
Eu já tinha as listas da maternidade do que arrumar pra ele e pra mim. Aproveitei esses dias em casa, para colocar as roupinhas dele pra lavar, a tia da Pri foi pra lá me ajudar. Ela me explicou como eu podia fazer, ela colocava tudo para secar no sol não queria usar secadora. E eu a ajudei a passar. Era tudo tão pequeno. As roupas dele mais difíceis de lavar e passar, a avó da Pri já tinha levado pra casa dela, ela ia lavar tudo e cuidar de tudo. No dia 30 de abril acordei de madrugada com contração, minha barriga parecia uma pedra. Eu estava com 33 semanas de gestação... Senti algo molhado. Acendi o abajur e me descobri.
Eu: Priscilla... Acorda... Priscilla... – gemi...
Pri: Oi? O que foi? Acordou assustada.
Eu: Minha bolsa estourou.
Pri: Está com 33 semanas Natalie... – falou assustada. Ela olhou pra cama e se levantou pegando o telefone e ligou pra Elisa. Ela estava de plantão e pediu para irmos ao Copa Star rapidamente. Priscilla se trocou rapidamente, eu só coloquei um roupão, eu estava pingando água então coloquei uma toalha entre as pernas. A Pri pegou minha mala e a do bebê e colocou no carro. – Está tudo bem amor, vamos chegar ao hospital e vai ficar tudo bem.
Eu: Amor... 33 semanas... – comecei a chorar.
Pri: Calma – pegou minha mão e beijou. – Fica calma. – a gente chegou muito rápido era madrugada não tinha ninguém na rua. A equipe da Elisa já nos esperava. Eu já subi direto e a Pri ficou fazendo a minha internação. A Lohana estava de plantão.
Lohana: O que faz aqui?
Eu: Minha bolsa rompeu... – chorava.
Lohana: Calma, vai ficar tudo bem ok? Cadê a Pri?
Eu: Fazendo minha internação.
Lohana: Ok. Fica tranquila que vai dar tudo certo. – a Elisa me examinou, me fez perguntas e veio checar minha dilatação antes de fazer uma ultra sua feição mudou na hora.
Eu: O que foi?
Elisa: É um pé... Eu peguei o pé dele... E o cordão está envolvido. Marta prepara a ultra pra mim... – ela preparou passou o gel em mim e colocou o aparelho. – Não tem quase nada de liquido amniótico, ele está com o cordão em volta do pescoço e de uma perninha. Vamos fazer uma cesariana de emergência. Já deixei uma sala preparada ok...
Eu: Ele é muito pequeno.
Elisa: Eu sei, mas vamos cuidar dele aqui fora. Não dá mais pra sustentar a gravidez Natalie, vai dar tudo certo.
Eu: A Pri pode entrar comigo?
Elisa: Não, infelizmente não. É um parto de risco. Mas ela poderá vê-lo na neonatal e ficar com você depois ok? – foi tudo muito rápido. As enfermeiras vieram me ajudar a preparar para a cesariana. Quando sai a Pri estava no corredor, uma outra enfermeira veio e colocou as pulseiras no meu braço.
Pri: Vai ficar tudo bem ok? Eu estou aqui esperando vocês dois. Eu te amo, muito.
Eu: Eu te amo... – me levaram. Eu fui anestesiada eu estava sonolenta, mas queria ficar acordada. Só me lembro de ouvir um pequeno choro, e logo pararam com a incubadora do meu lado.
XX: Hei mamãe quer fazer um carinho nele? – soltaram minha mão. Ele era tão pequeno.
Eu: Oi filho – coloquei a mão nele e ele tremeu todo. – Oi meu amor seja bem vindo filhinho. A mamãe te ama muito e você tem outra mamãe que te ama muito meu amor. Você é lindo filho, tão pequeno.
XX: Quase não tem cabelo – tirou a touquinha me mostrando. Ele era tão pequeno, tão frágil. - Ele tem 39 centímetros e pesa 1,750. Vamos fazer exames nele, vou informar sua esposa e depois passamos para te falar o quadro geral dele mais detalhado ok?
Eu: Qual seu nome mesmo, me desculpa não me lembro.
XX: Mônica Santiago. Sou pediatra da neonatal e cirurgiã fetal. A princípio está tudo bem ok? Fica tranquila.
Eu: Obrigada... – ela logo saiu com ele. Eu não aguentei e dormi.
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NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTA
Hayran KurguNatalie Kate Smith, 29 anos, empresária, atua no ramo da hotelaria junto com a família a qual não se dá nada bem, inclusive os pais. Seu relacionamento familiar se resume apenas a irmã que é sua advogada na empresa. Acabou de sair de um relacionamen...