Capítulo 61

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09 DE DEZEMBRO... ANIVERSÁRIO DA NATALIE...

Era aniversário da Natalie, e era sexta feira. Ela não queria fazer festa, queria só sair para jantar. Então eu resolvi fazer uma surpresa pra ela. Eu encomendei um bolo, alguns bombons, encomendei um jantarzinho bem gostoso num restaurante que costumava fazer pequenas festas em residências, eles cuidavam também das decorações. Seria tudo bem delicado. Emilly deu um jeito dela fica na empresa marcando uma reunião para as 17:30 com alguns americanos então ela sairia da empresa por volta de 19 horas e chegaria em casa entre 19:20 e 19:30 por causa do transito de uma sexta a noite. Escolhi uma roupa pra ela, deixei o pessoal cuidando de tudo lá embaixo. Os convidados iam chegar as 18:30 como o combinado. Eles deixariam os carros espalhados pela rua do condomínio para não parecerem que estavam todos lá em casa. Separei a roupa dela coloquei no balcão do closet e fui tomar banho. Logo sai, me maquiei, coloquei minha roupa e o sapato e desci. Os convidados chegaram, não faltava mais ninguém além da aniversariante. O garçom servia alguns aperitivos, e logo ela chegou no condomínio, pedi que avisassem quando ela chegassem. Fizemos silencio apagamos as luzes e logo entrou na garagem.

Nat: Amor... Cheguei... Já está pronta? – falava alto.

Todos: SURPREEEESAAA... – ela deu um pulo pra trás quando viu todo mundo ali.

Nat: Meu Deus... O que é isso? – ria.

Eu: Um jantarzinho de aniversário. – fui até ela e dei um selinho. – Feliz Aniversário amor...

Nat: Obrigada amor... Que lindo que ficou e que cheiro bom... – rimos. – Perai... Não vou abraçar ninguém. Eu estou suada preciso de um banho.

Eu: Separei uma roupa pra você sobe toma banho a gente está te esperando. – ela subiu e voltou 30 minutos depois maquiada e arrumada. Todos deram parabéns a ela, deram os presentes, a gente sentou para jantar. Logo cantamos parabéns, ela cortou o bolo. Foi uma noite muito gostosa. – Gostou da surpresa? – a puxei para mim e a beijei.

Nat: Eu amei... – me deu um selinho. – Eu te amo, muito.

Eu: Eu também te amo muito. – a beijei longamente e a joguei na cama. – Agora tira a roupa, que a noite ainda não acabou... – beijei o pescoço dela.

Nat: Mulher... Você vai me matar desse jeito.

Eu: Só se for de prazer. – a beijei. Fizemos sexo a madrugada toda, dormimos nuas e abraçadas. Eu amava demais essa mulher, e a cada dia esse amor crescia. Na segunda feira a gente resolveu decorar a casa para o natal. Eu contratei uma empresa para decorar o jardim e montar a arvore e eu e a Natalie ia decorar os ambientes com algumas coisas que compramos. O condomínio todo estava enfeitado e só minha casa que não estava então eu precisava providenciar isso logo. No dia 15 eu estava em casa quando o interfone tocou. Eu fui ver quem era e era a Alice. Eu abri o portão e ela entrou feito uma bala.

Eu: O que conversamos sobre entrar e sair correndo dona Alice?

Alice: Desculpa tia Pri, mas é que é muito urgente.

Eu: O que é tão urgente assim?

Alice: Tia, minha casa não tem chaminé. A mamãe reformou a casa e agora não tem mais lareira porque a gente nunca usava.

Eu: E?

Alice: Como o papai noel vai trazer meus presentes?

Eu: Temos um problema então.

Alice: Tia, eu pedi um monte de coisas. Como ele vai entrar? Se eu deixar a janela aberta, a mamãe vai ficar brava.

Eu: O que acha de dizer na cartinha que vai deixar a porta dos fundos aberta, porque não tem mais lareira na sua casa? Talvez seja bom avisar.

Alice: Ohh... É verdade... – fez uma carinha como se aquilo fosse genial. – Obrigada tia Pri – me abraçou e saiu correndo.

Eu: SEM CORRER... – ela parou de correr até passar pelo portão e eu dei risada. – Ai Alice você é um fenômeno. – falei sozinha. Voltei a fazer o que eu estava fazendo. Minha mãe ligou dizendo que ia ao shopping a noite comprar presentes e me chamou pra ir junto e eu topei. Natalie ia trabalhar até tarde. Fui para o shopping e encontrei minha mãe no estacionamento. A gente entrou em várias lojas, eu fiz boa parte das minhas compras e fomos jantar num restaurante. A Nat estava em outro shopping com a irmã dela e a Rafaela então eu resolvi jantar com a minha mãe no shopping mesmo. Eu ainda não conhecia o namorado dela, ia conhecer no natal. Depois do jantar minha mãe entrou numa loja pra comprar um presente que tinha esquecido e eu entrei numa loja de brinquedos pra comprar um presente para o sobrinho da Nat. O presente da Alice e da Maria Laura eu pedi pela internet e chegaria em dois dias e comprei umas roupinhas pra elas também. O presente da Nat eu compraria depois. Quando sai da loja de presentes, mandei mensagem pra minha mãe avisando que ia para o meu carro colocar as sacolas e desci para o estacionamento.

Quando fechei o porta malas levei um susto...

XX: Priscilla...

Eu: Que susto... – levei a mão no meu peito. – O que você quer?

XX: Por favor... Eu não quero fazer mal a ninguém eu só quero te pedir um favor...

Eu: Não pode chegar perto e mim. Eu tenho medida protetiva contra toda a família Angela. Não pode falar comigo.

XX: Por favor é rápido... Eu sei que meu filho vai ser condenado, mas ele pode ficar num presidio aqui no Rio se você pedir. Por favor, eu estou te pedindo... Peça que ele fique aqui, não permita que transfiram o Ian para outra cidade ou estado. – pedia aflita.

Eu: O que? Como você tem coragem de se aproximar de mim e me fazer um pedido desses?

XX: Eu sei que é difícil pra você... Eu estou pedindo como mãe. Eu sei que tudo que ele fez foi monstruoso. Mas ele é meu filho.

Eu: Não... Você não sabe... Foram 5 anos sendo agredida, violentada, ameaçada, ofendida, humilhada. Eu perdi um bebê por culpa dele. Ele foi preso por tudo que fez comigo todos esses anos, e mesmo assim eu paguei a divida dele pra ele seguir a vida dele quando saísse da cadeia e quando ele saiu, na primeira oportunidade, ele foi atrás de mim, me sequestrou, me humilhou, me agrediu e me deu um tiro na cabeça. Está vendo isso? Está vendo essa pulseira? Eu me sinto um cachorro andando com isso no meu braço. Isso é uma identificação médica. Eu tenho convulsões por causa do tiro que o criminoso do seu filho me deu. Como tem a coragem de falar comigo depois disso? Melhor ir embora se não quiser que eu reporte isso a policia e ir para a cadeia também. – eu virei as costas e entrei no meu carro. – Está tudo bem Priscilla... Está tudo bem... – respirei fundo, segurei o ar e soltei devagar. 

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora