Capítulo 11

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Oi pessoal como estão? O que estão achando da história?

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Eu fui embora, ia passar na minha casa, o pessoal estava lá montando minha cozinha, minha decoradora estava lá, o Lukkas também.

Lukkas: Oi, sumida.

Eu: Oi...

Lukkas: Acertou em cheio dessa vez né?

Eu: É... – suspirei. – Mas, agora estou ficando livre dele.

Lukkas: Amém... Vem ver sua cozinha como está ficando linda. – já estavam terminando os armários e o pessoal estava instalando fogão, micro ondas, maquina de lavar.

Eu: Uau...

Magda: Oi querida... Vamos entregar antes do esperado. Seus móveis do quintal chegam amanhã e os da sala que falta decorar, chegam na segunda. Na sexta chegam as poltronas do cinema.

Eu: Na próxima sexta então eu posso vir pra minha casa?

Magda: Sim... Na terça feira o pessoal da limpeza já entra para começar a faxina, devem terminar até quinta feira.

Eu: Ótimo. – conversamos por duas horas ali, minha cozinha estava linda. Eu fui embora fiquei olhando algumas opções de carros, vou vender o meu e comprar dois. Estava vendo preço de blindagem, pesquisei também aulas de defesa pessoal, talvez eu faça. Marquei um horário com aquela terapeuta que a Regina me indicou. Consegui um horário para sexta feira de manhã. Fui tomar um banho era umas 18:30. Lavei meu cabelo me olhei no espelho por um bom tempo, eu não me olhava no espelho a muito tempo. Eu ia no salão, fazia cabelo, sobrancelha, depilação, para me sentir melhor, mas eu não me enxergava, eu não me via. Fui procurar algo decente pra vestir, para o jantar na casa da Natalie, optei por um vestido não muito curto e soltinho e uma sapatilha. Logo fui para o carro e parei num supermercado comprei sorvete e um vinho para levar. Cheguei na casa dela era 20:10.

Nat: Oi... – sorriu – Entra.

Eu: Obrigada. Trouxe um vinho tinto e um branco, não sabia o que ia fazer e trouxe sorvete.

Nat: Delicia... – colocou o sorvete no freezer e o vinho pra gelar um pouco. – Em 20 minutos está pronto. Fiz uma lasanha de frango com molho branco e uma salada, não é nada de excepcional, mas garanto que tá gostoso.

Eu: O cheiro está bom e a mesa está linda.

Nat: Obrigada. Eu amo mesa posta. E ai como foi seu dia?

Eu: Fui na minha casa, minha cozinha está praticamente pronta, o resto dos meus móveis vão chegar até segunda e na sexta feira que vem eu me mudo finalmente para a minha casa, depois passei o resto do dia vendo opções de carros pela internet, vendo locais de blindagem, procurando aulas de defesa pessoal, talvez eu faça e marquei horário com uma psicóloga.

Nat: Foi produtivo. E decidiu o carro?

Eu: Sim... Um Cadillac XT5, um Lexus NX30 Dynamic e um Audi Q4 E-tron.

Nat: Uau... Três grandes máquinas. E porque decidiu ter três carros?

Eu: Eu não quero ficar o tempo todo com um só... – suspirei.

Nat: Está insegura e com medo de ser vista por ele sempre no mesmo carro não é?

Eu: Sim. Por isso vou vender minha Mercedes, comprar esses 3 carros que eu gostei muito, colocar issufilme o mais escuro que for permitido e blindar. Quero me cercar de toda segurança possível.

Nat: Eu te entendo, mas Pri... Não faça disso tudo uma grande paranoia. Conversa sobre isso com a terapeuta, porque todo esse medo que você vive a anos e agora que você está se livrando desse casamento horrível, você está se colocando dentro de um caixa forte pra se proteger e isso é mais uma prisão. Não crie prisões dentro de você, porque você estará apenas fora do casamento, mas convivendo em constante medo. Blindar o carro morando no Rio de Janeiro é ótimo, meus carros são blindados também. Você vai amar ter um Lexus eu tenho um e posso te indicar onde foi feita a blindagem dele e da minha Mercedes, mas não viva presa nessa cadeia mental do medo... – deixei cair uma lágrima.

Eu: Eu sei. Mas ainda vai demorar um pouco eu conseguir me sentir livre sabe. Como eu te falei Nat, se ele tivesse me pedido ajuda para pagar as dívidas dele e ido embora da minha vida pra sempre eu faria isso com gosto porque eu só queria ele fora da minha vida. Eu não fazia questão nem do dinheiro. Ou até mesmo enquanto casal, ele não precisava dessa brutalidade comigo, eu nunca fiz nada pra ele me tratar dessa forma, e se o problema era dinheiro a gente poderia resolver.

Nat: Você hoje acha que com essas novas informações sobre ele, o problema é dinheiro?

Eu: Acho. O Ian nunca gostou de mim Natalie. Mas eu sempre tive mais dinheiro que ele. Eu sozinha tenho mais dinheiro que a família dele inteira e isso era um golpe no ego dele, sobrenatural. Eu me peguei pensando em quando tudo isso começou e me lembrei da primeira vez que ele me agrediu depois que casamos. A gente foi jantar com alguns amigos e íamos dividir a conta, cada casal pagaria uma parte. Estávamos em 6 casais. O Ian esqueceu a carteira em casa. Ele tinha colocado a carteira no casaco dele e ele decidiu não ir de casaco mais e na correria para sair de casa ele desistiu de levar o casaco e não pegou a carteira. Então a nossa parte eu paguei. Todos os amigos dele na mesa fizeram piadas dizendo que eu que era o homem a casa, que eu sustentava ele, perguntaram se foi eu que paguei o casamento e o apartamento, se sou eu que pago a gasolina dos carros dele. Foram uns 15 minutos de piadas assim e quando chegamos em casa ele gritou muito comigo dizendo que eu queria humilha-lo. Ele ficou ofendido de morte com aquilo como se o ato de ter pago a conta por ele ter esquecido a carteira fosse o pior dos atos. Disse que mulher tinha que ser tratada no laço, me agrediu, me... – respirei fundo – Me violentou nesse dia, eu não queria transar, eu não queria nada e ele fez tudo forçado. Eu fiquei muito mal, por dias. Depois chegou com flores, com joias, pedindo perdão que isso nunca mais aconteceria e no dia seguinte ele já estava fazendo isso de novo. Minha mãe impulsionava isso nele, ela e eu não nos falamos desde o dia do meu casamento, mas ele falava com ela todos os dias e ela instigava isso nele ainda mais porque ela dizia que eu tinha que ser domada e parar de achar que faço que quiser da minha vida. Que só assim eu ia melhorar meu gênio difícil. Mas ele contava a ela uma versão muito diferente da real. No fundo eu acho que a minha mãe sempre deu créditos a ele, por ele me pintar como vilã enquanto na verdade é ao contrário.

Nat: Sua mãe pode ser afastada e não ter desconstruído o preconceito dela contra você, pelas versões de você que ele criou pra ela.

Eu: Sim, exatamente.

Nat: Nossas mães são muito parecidas. Eu não falo com a minha mãe também. Aliás, só falamos de trabalho e mais nada. Não temos relacionamento familiar. Da minha família mesmo eu só falo com a minha irmã e o marido dela, um pouco com minha tia Alisson e um pouco com a minha avó que está sempre em defesa da minha mãe.

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora