Pouco depois das férias, estava tendo um festival na faculdade, era uma espécie de encontros de alunos antigos da faculdade então era uma semana de festa. Eu estava lá, a Mabi estava, meu irmão estava o Otávio estava. O pai do Otávio chegou, ele estudou lá também e estava interagindo com as pessoas normalmente quando ouvimos vários disparos e muita gente saiu correndo. Eu corri com o pessoal da minha sala e encontrei o Noah...
Noah: Vem comigo Helena... – ele me puxou e entramos numa sala onde varias pessoas entraram. Ele e mais algumas pessoas trancaram a porta com algumas mesas. Eu comecei a ofegar.
Eu: Noah, cadê a Mabi?
Noah: Ela estava atrás da gente. – olhava em volta.
Eu: Ela está lá fora Noah, não podemos deixa-la. – falei nervosa.
Noah: Não sabemos quem está atirando. Se a gente sair agora é perigoso Helena... – peguei meu celular e liguei pra ela que atendeu rapidamente.
Eu: Onde você está?
Mabi: Na sala dos professores no banheiro e você?
Eu: Graças a Deus. Eu estou na sala de química. Não sai dai, tranca o banheiro e fica em silencio, não sai dai. – desligamos. Eu mandei mensagem para a minha mãe Natalie.
Mãe, tem um atirador na faculdade. Eu e o Noah estamos trancados na sala de química e a Mabi no banheiro da sala dos professores. Estamos bem, mas tem muito tiro.
Logo ela me ligou...
Eu: Oi mãe?
Mãe Nat: Tem como vocês saírem pelos fundos Helena? – ela estava nervosa.
Eu: Não mãe. Não tem. Não sabemos quem está atirando, não sabemos o que está acontecendo.
Mãe Nat: O Ian está na faculdade? Ele estudava ai, é festa com ex alunos o filho dele estuda ai.
Eu: Ele está aqui sim mãe.
Mãe Nat: O atirador, sabe se é ele?
Eu: Não é ele mãe. Ele estava conversando com algumas pessoas e o filho dele quando tudo começou. Eu vi quando ele e as pessoas se assustaram com os tiros vindo de outra direção.
Mãe Nat: Então não saiam de onde estão ok?
Eu: Tá... – desliguei. Eu estava com medo, aquilo parecia loucura pra mim. A gente via muitos casos de atentados em escolas e faculdades nos Estados Unidos e pensa que nunca vai acontecer com a gente, até que acontece. Eu estava preocupada com a minha mãe em casa, preocupada dela sentir mal com tudo isso, não queria que ela fosse para o hospital novamente. Não demorou muito o celular do Noah tocou e ele falou com a mamãe, disse que estava tudo bem com a gente. Ouvimos mais alguns disparos.
Noah: Elas estão aqui perto. Tem carro de policia para todos os lados, parece que chamaram até o BOPE. Ela disse que são 4 atiradores e que acreditam que a motivação seja retaliação que sofreram na faculdade na época que eles estudavam aqui.
Eu: São ex alunos então? Aproveitaram a festa dos ex alunos para uma vingança.
Noah: É o que parece. – alguém estava vendo o vídeo pela internet. Quatro pessoas tinham morrido, nenhum era aluno recente da faculdade e sim antigos. Eles mantinham reféns algumas pessoas numa sala e na sala dos professores. Eu pensei na hora na Mabi e pedia a Deus para que ela estivesse com o celular no silencioso porque se tocasse, saberiam que ela estava ali. Não demorou muito recebi uma mensagem dela.
Mabi: Helena, esta ai?
Eu: Mabi, está bem? Tem reféns onde você está.
Mabi: Eu sai do banheiro e estou na sala ao lado da sala de química. Eu consegui sair quando não tinha mais movimento. Tem alguns professores aqui também. Assim que entramos, um dos atiradores entrou fazendo outras pessoas entrarem lá. Se eu estivesse no banheiro eu seria pega com certeza.
Eu: Graças a Deus. A porta está trancada?
Mabi: Sim. Trancamos com chave e colocamos um armário na porta. Ninguém vai entrar aqui estaremos seguros até que alguém nos tire daqui...
Eu: Eu estou com medo.
Mabi: Eu sei. Eu também estou. Queria sair correndo daqui entrar no meu carro e ir pra casa. Mas sair é um risco. Olhamos por uma janelinha, e o corredor está vazio, mas não podemos arriscar.
Eu: Melhor esperarmos.
Paramos de falar, tínhamos que economizar bateria também. Minha mãe vez ou outra mandava mensagem perguntando se nós estávamos bem. A tia Rafa, o tio Rodrigo estavam ali com elas preocupados com a Mabi. Meus tios estavam todos com elas, tio Felipe, tio Kevin, tia Keila, tia Bruna, tia Emilly, tio Denis. Aquilo era um pesadelo. Num certo momento as mesas caíram nos assustando. Eram as mesas que estavam impedindo a entrada de qualquer pessoa ali. A gente gritou e logo a porta foi aberta. Um cara apontou pra gente... Ele ia nos matar, ele tinha ódio no olhar.

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NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTA
FanfictionNatalie Kate Smith, 29 anos, empresária, atua no ramo da hotelaria junto com a família a qual não se dá nada bem, inclusive os pais. Seu relacionamento familiar se resume apenas a irmã que é sua advogada na empresa. Acabou de sair de um relacionamen...