Capítulo 31

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Para referência musical, vejam o vídeo acima... Universe and U... 

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Ela estava estável e reagindo bem. O inchado no cérebro diminuiu, ela tinha pouca sensibilidade nas pernas e pés, mas tinha nos braços, porém poderia ser bem descoordenados. Estava no hospital depois dessas 72 horas, a medicação dela foi retirada, ela tinha que acordar aos poucos. Era fim de tarde a sedação foi retirada as 10 da manhã e ela ainda não tinha dado sinais. Ela fez uma tomografia e estava normal dentro do quadro dela. Olhei a hora e eram 16:30 a tia dela viria a noite.

Eu: Amor? Precisa reagir. Precisa acordar. Precisa voltar pra mim – beijei a mão dela. – Você precisa reagir. Acorda, por favor meu amor acorda... Sabe aquela música que a gente gosta? Eu escuto ela o tempo todo... Universe and U... You know there's no need to hide away (Você sabe que não precisa se esconder) You know I tell the truth (Você sabe que eu falo a verdade) We are just the same (Nós somos exatamente iguais) And I can feel everything you do (E posso sentir tudo que você faz) Hear everything you say (Ouvir tudo que você diz) Even when you're miles away (Mesmo quando você está a quilômetros de distância) 'Cause I am me, the universe and you (Porque eu sou eu, o universo e você). – ela apertou minha mão de leve.- Amor... Você está me ouvindo? – ela mexeu minha mão de novo.

Eu: Oi minha vida – ri e chorei. – Vamos abrir os olhos vamos? – beijei a mão dela. Toquei a campainha chamando a enfermeira.

XX: Pois não?

Eu: Ela está acordando.

XX: Vou chamar o médico.

Eu: Hei vida... Acorda vai... Acorda meu amor... – falava com ela e ela abriu os olhos bem pouco e os fechou rapidamente. O médico veio.

XXX: Oi, eu sou o doutor Ricardo Mota sou o neurologista responsável pelo caso dela hoje.

Eu: Natalie Smith, namorada dela.

Doutor: Sueli, abaixa a luz um pouco – ela o fez. – Priscilla? Pode abrir os olhos pra mim? – ela os abriu devagar. Os olhos dela estavam bem vermelhos. Quando ela piscou uma lágrima avermelhada caiu.

Eu: Isso é sangue?

Doutor: Vestígios. É normal. Eu vou ligar essa luz no seu olho tá, tenta ficar com eles abertos ok? – ela o fez ela tentou falar, mas não podia – Não pode falar, está com traqueo. Vamos tentar tirar você aos poucos ao longo dos dias, não podemos tirá-la de uma só vez. Você se lembra do que aconteceu? Pode afirmar com a cabeça com cuidado – ela negou. – Lembra seu nome? É Priscilla Alvares Pugliese Smith? – usou meu nome. Ela deu um leve sorriso, negou de leve e apertou minha mão olhando pra mim. – Isso é bom – sorriu – Sabe quem é ela? – ela assentiu. – Você tem 70 anos? – ela fechou a cara. – Te chamei de idosa – rimos. – Vamos levar você para exames e logo a gente volta.

Eu: Eu vou ficar aqui te esperando e vou chamar seus tios tá? – ela assentiu. Avisei aos tios dela que estavam indo para o hospital. Em meia hora os tios dela chegaram.

Cristina: E ai?

Eu: Ela está fazendo exames.

Jaime: Ela falou?

Eu: Não. Ela ainda está com traqueo, mas me reconheceu. Não se lembra do que aconteceu o médico disse que é normal. – ficamos esperando. Logo ela voltou ela estava acordada, os olhos ainda estavam vermelhos era normal pelo trauma.

Cristina: Oi minha menina que bom te ver acordada – sorriu e deu um beijo nela e ela sorriu.

Jaime: Saudade desse sorriso sabia? Logo você vai pra casa.

Doutor: Vamos conversar? As enfermeiras vão fazer uns procedimentos com ela agora e logo a gente volta.

Eu: Já volto tá. – dei um beijo na testa dela e sai com os tios dela e entramos numa sala, nos sentamos o médico abriu os exames dela e nos mostrou. Logo a Rafa entrou na sala dele.

Doutor: Essa é a doutora Rafaela Mendes, ela é fisioterapeuta, doutora em casos extremos em pacientes de UTI e a participação dela agora será muito importante. Acho que já a conhecem né?

Eu: Sim. – sorri de leve pra Rafa e os tios da Pri se apresentaram a ela.

Doutor: Bem, esses são os exames dela de agora, como podem ver, a lesão dela diminuiu bastante, ela ainda tem coágulos, vamos medicá-la especificamente para diminuição deles. Ela será tratada com medicações para AVC, porque o corpo dela entende o trauma dela como se fosse um AVC também pelas lesões. Temos que evitar que ela tenha convulsões porque isso pode causar muitos danos e retrocessos a ela.

Eu: E como ela está hoje?

Doutor: Ela vai sair da traqueo talvez hoje ou até amanhã, temos que tirar aos poucos no caso dela. Ela tem sensibilidade em todo o corpo, isso é muito bom, a doutora Rafaela foi até lá e ela fez todos os testes. Ela tem sensibilidade, ela mexe os braços, as pernas, mas ela não tem mobilidade para ficar de pé sozinha, para andar, para pegar objetos.

Rafa: Ela passará por muita fisioterapia para recuperar os movimentos seguros e completos para voltar a andar, mas ela vai voltar a andar isso é fato. A lesão no cerebelo dela está melhorando a cada dia e isso é muito importante.

Doutor:Sim. E ela vai fazer fisioterapia respiratória também a partir de amanhã, elavai precisar reaprender a falar. A lesão na área de broca foi significativa,pode ser que demore pode ser que seja rápido. O prognóstico dela é bom, ela nãoestá correndo risco de morte mais. Ela deve ficar na semi intensiva a partir deamanhã, então poderão ficar com ela. –os dois explicaram muita coisa. Logo voltamos para a Uti, as enfermeiras tinhamdado banho nela, dado a dieta dela pela sonda, Pri já tinha emagrecido umpouco. Ela tinha raspado uma parte da cabeça para a cirurgia tinha uma cicatrizimensa. Ficamos com ela alguns minutos até darem a medicação para ela dormir.Ela estava atenta, lúcida, derramava algumas lágrimas. Logo ela dormiu e fomosembora. Eu fui pra casa dela, eu estava ficando lá a dois dias. Ela tinhamuitas plantinhas e eu estava cuidando de todas. 

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora