BÔNUS 6

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PRISCILLA NARRANDO...

Saimos no sábado para um casamento, o Gui seria pajem e eu e a Nat madrinhas. A Noah e Helena iam em uma festa e a Clara ia ficar em casa, pelo menos foi o que ela nos disse, mas não foi o que ela fez. Quando chegamos em casa Clara tinha saído tomado um porre e usado algum tipo de droga e estava em péssimo estado. Ela acordou por volta de uma da tarde com a cara péssima. Eu subi com a Natalie e fechamos a porta do quarto dela. Eu estava tentando manter a calma e não explodir. Já tinha muita coisa acontecendo.

Eu: O que tem a dizer sobre ontem Clara? – ela suspirou.

Clara: Eu fui na festa sem permissão e eu bebi e eu usei ecstase e passei mal. Ninguém me forçou a nada eu que quis e é isso, não tenho nada para dizer que possa me defender porque essa é a verdade e eu estou pronta para qualquer punição que venha de vocês. – falava baixo e sem nos olhar. A Clara andava tão rebelde, tão cheia de manias ruins que já tentamos cortar e ela não muda que não entendemos o porquê que chega a ser irritante.

Nat: Não, é não Clara... Se você pediu e nós dissemos não, é porque não queríamos que você fosse e ponto final, não tinha discussão não tinha conversa. Não era não. E além de ir escondido de nós você bebeu e se drogou. Quem você pensa que é e quantos anos você acha que tem pra fazer isso Clara? – falava nervosa.

Clara: Me perdoem... isso não vai mais acontecer eu prometo.

Eu: Eu não vou gritar, eu não vou falar o quanto isso é errado porque você não é burra e sabe que é... Mas presta bem atenção no que eu vou te falar Clara, grave bem essas palavras... Se você sair escondido mais uma vez, se você beber mais uma vez, se você usar qualquer tipo de droga ou pensar em usar mais uma vez, você vai para um colégio interno na Alemanha com passagem só de ida ok? E eu não estou brincando. Você dorme na sua cama e amanhece no aeroporto da Alemanha indo para um colégio interno ouviu bem?

Clara: Sim mãe.

Eu: Estamos entendidas?

Clara: Estamos. – suspirou.

Nat: De casa para o colégio, um mês. Vai para o colégio, vai para o vôlei. Essa Monique não pisa nessa casa mais e se eu souber que você está perto dela, você vai apanhar. Essa garota não presta e você sabe disso. Eu não vou falar de novo.

Clara: Tudo bem... – a gente saiu do quarto dela. O Gui veio chorando subindo as escadas.

Eu: O que foi meu filho?

Gui: O Nono me bateu... – fez beiço e eu o peguei.

Eu: NOAAAAHHH... – berrei.

Nat: Ai mulher... que susto...

Noah: Oi? Por que tá gritando?

Eu: Por que bateu no Guilherme.

Noah: Por isso... – abriu a capa do ipad dele e estava todo rabiscado de giz de cera.

Nat: Meu Deus.

Eu: Filho, quantas vezes a mamãe disse que não pode mexer no ipad de ninguém, nem no computador, nem nos telefones e nem nos papéis das pessoas sem permissão? – ele me abraçou chorando.

Nat: Priscilla, por favor... Tem que ter punição.

Eu: Você vai ficar sem seu ipad, e sem desenho uma semana ok? Pede desculpa para o seu irmão.

Gui: Desculpa Nono...

Noah: Se mexer de novo eu arranco seus dedos – ameaçou e ele abriu a boca pra chorar.

Eu: Noah... – ele saiu rindo. Peguei o ipad do Gui e o controle da TV do quarto dele.

Nat: A gente tem muito filho. – suspirou.

Eu: Temos... Lembre-se que você queria 10.

Nat:Ainda bem que paramos no número 4... –me deu um selinho. Na primeira semana de maio os carros do Noah e da Helenaficaram prontos. A blindagem leva de 30 a 45 dias. O GPS por satéliteindetectável foi colocado, eles não sabiam disso, apenas Natalie e eu. Etínhamos no nosso celular um aplicativo que nos daria a localização dos carrosdeles, assim como temos dos nossos carros também. Eu estava na minha empresa efui almoçar em casa quando vi do outro lado da rua quando eu saia de carro apessoa que eu mais temia. Ian Tavares. Ele estava com a aparência bem mais velha,ele tinha 53 anos agora, mas parecia ter mais. Olhei a placa do carro, eleestava numa BMW preta. Anotei no meu celular o número da placa. Eu fui para aempresa da Natalie primeiro, eu estava com medo de estar sendo seguida. Ela játinha ido pra casa almoçar, e os seguranças não avistaram nenhuma BMW preta coma placa que eu passei. Eu fui pra casa fazendo um trajeto diferente e mais logoe quando entrei no meu condomínio não tinha nenhum carro desse modelo na rua.Avisei na portaria que se qualquer pessoa perguntasse sobre mim e a minhaesposa, era para não responder. Cheguei em casa bem nervosa. 

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora