Capítulo 35

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PRISCILLA NARRANDO...

Tudo fico escuro. A dor forte na minha cabeça o som que doía meus ouvidos e tudo ficou escuro. Eu apaguei. Quando acordei, não conseguia falar, me movimentava bem pouco, me sentia tonta, com a visão turva. A primeira vez que fiquei de pé foi horrível eu sentia muita dor, e dar aqueles passos foi como ser torturada. Eu estava cansada, irritada, com raiva de toda essa situação. Eu não conseguia falar, eu não tinha muitos movimentos precisos, eu não podia andar, a minha cabeça doía muito. Tudo por causa daquele desgraçado. Os dias no hospital não foram fáceis. Eu sentia falta da minha casa, das minhas coisas, queria saber como estava meu trabalho e o Lukkas ia me ver todos os dias e me deixar por dentro de tudo. Minha tia e a Natalie pareciam tentar entender se eu tinha consciência de tudo a minha volta, se eu era a mesma pessoa e eu era, eu só não conseguia verbalizar como antes. Eu fazia fisioterapia com a Rafaela e com uma outra fisioterapeuta todos os dias no hospital e era bem intenso, mas eu já tinha progressos. A fonoaudióloga também ia todos os dias e essa parte já estava melhor que nos primeiros dias. Fui pra casa e fui recebida por uma pulguinha saltitante chamada Alice, como essa menina é amorosa eu era totalmente apaixonada por ela. Ela balançava ansiosa um cartaz fluorescente com a letrinha dela me dando boas vindas. A cartinha dela eu pedi pra Natalie mandar fazer um quadro eu queria guardar a primeira cartinha tão cheia de amor que eu recebi daquela criança incrível. Eu já tinha um quarto adaptado na minha casa, eu tinha tudo que eu precisava. Até a academia que eu usei pouquíssimas vezes já estava toda equipada para minhas sessões de fisioterapia que eu chamava de sessões de tortura. Natalie tem sido perfeita, eu não podia amar mais uma pessoa do que a amo. Como ela era incrível. Como ela era surreal em tudo que fazia por mim. Ela se dividia entre o trabalho e os cuidados a mim. Eu tinha uma fisioterapeuta chamada Raquel e sua estagiaria Cintia, uma fonoaudióloga chamada Luciana, duas enfermeiras que se revezavam, Cássia e Samira. Minha nova cozinheira que eu nem sabia que tinha se chama Helô, a comida dela é realmente maravilhosa. Eu acordei com a Natalie me chamando.

Nat: Bom dia amor...

Eu: Oi...

Nat: Vamos tomar um banho pra fazer fisioterapia, tomar café da manhã, começar o dia? – eu suspirei.

Eu: Te...nho escolha?

Nat: Não.

Eu: Pois é.

Nat: Está com a fala melhor sabia?

Eu: Ainda não é o su...fi...ciente.

Nat: Não se cobre tanto amor.

Eu: Não é vo...cê que está i...nutil. – falei com raiva. Ok, eu fui grossa.

Nat: A Cassia vai ajudar você, vou arrumar a mesa do café. – saiu do quarto.

Cássia: Foi cruel.

Eu: Eu sei... – suspirei. – Ela tem fei...to tu...do por mim.

Cássia: Sim, tem. Ela te ama muito.

Eu: Ela não me...rece isso.

Cássia: É temporário e mais uma vez, ela te ama. Olha só, a senhora...

Eu: Vo...cê... - a corrigi.

Cássia: Você passou 23 dias no hospital, está a 8 dias em casa. Nesses 8 dias seu equilíbrio melhorou muito, sua fala está cada vez melhor e progredindo bem mais rápido que o esperado para casos como o seu, sua coordenação motora pode demorar mais um pouco, mas logo você vai conseguir andar. Você já não usa mais fralda geriátrica o que também em casos com o seu, são mais difíceis de sair.

Eu: Graças a De...us...

Cássia:Sim. E a sua namorada está fazendo tudo isso por você. Sua empresa está indobem, seu amigo está cuidando de tudo. Foca na sua recuperação e no amor quetodos estão te dando. –eu não disse nada. Ela me ajudou com o banho e fomos para a mesa, eu tomei meucafé escovei os dentes e fui para a fisioterapia. Uma hora tentando andar, meiahora fazendo exercícios com os braços para fortalecer, eu estava exausta. Quandoacabamos eu fui para a piscina, meu corpo ficava mais leve e relaxado na água.Natalie entrou comigo. Eu fiquei boiando e ela atrás de mim fazendo carinho nosmeus braços. Era bom estar ali, era bom aquele carinho. Fiquei meia hora ali eela me tirou da água com ajuda da Cássia. Eu tomei banho de novo me sentei paraalmoçar. Eu conseguia comer sozinha, mas a Natalie ou a Cássia cortava a minhacarne. Minha coordenação tinha melhorado um pouco, mas minha mão esquerda aindanão abria totalmente e eu tremia um pouco. 

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora