Capítulo 79

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A Pri me deu um gelo até o dia de voltar de viagem. Fui busca-los no aeroporto como o combinado. E ela estava séria, parecia cansada, era umas 18:30 quando ela apareceu pelo portão.

Eu: Oi amor... – fui dar um beijo nela e ela desviou.

Pri: Vamos embora logo estou morrendo de dor de cabeça.

Eu: Vamos... Oi Lukkas, fizeram boa viagem?

Lukkas: Não muita. Várias turbulências durante o voo achei que logo teriam que nos pescar do mar. – a Pri não gosta de voar. Deixei o Lukkas em casa e fomos pra casa. A Pri subiu foi tomar banho e quando ela saiu do banho eu perguntei.

Eu: O que quer comer? Vou pedir comida.

Pri: Qualquer coisa que não seja japonês e pizza.

Eu: Churrasco pode ser?

Pri: Pode... – eu fiz o pedido e chegaria em uma hora.

Eu: E ai? Conseguiram?

Pri: Sim, conseguimos.

Eu: E por que você não está feliz?

Pri: Por que minha esposa beijou a ex vadia dela na minha sala.

Eu: Amor eu já te expliquei. E eu não quero brigar por causa dela.

Pri: E eu não estou brigando e nem vou Natalie. Mas você deveria ter me contado na hora.

Eu: Quer que eu vá embora? Porque sinceramente, não quero ficar aqui com você sem falar comigo, sem olhar na minha cara, sendo fria comigo. Você me ignorou todos esses dias. Então tudo bem... Eu saio da sua casa. Desculpa se eu errei em não ter te contado no aeroporto pra estragar sua viagem... – entrei no closet peguei uma mala pequena e coloquei umas roupas. Alguns calçados. Ela abria a mala dela na cama eu peguei meu celular na cama. – Amanhã eu pego o resto das minhas coisas na sua casa. – tirei a aliança e coloquei em cima da cama.

Pri: Natalie... Que é isso... – falou assustada e eu não respondi. Só desci as escadas, peguei meu notebook e o ipad no escritório o carregador do meu celular e fui colocar as coisas no carro. Ela desceu as escadas. – Natalie espera...

Eu: Agora eu que não quero conversar com você... – entrei no carro e sai. Desliguei meu celular parei numa lanchonete comprei um sanduiche, comi no meu carro e fui para um dos meus hotéis, não queria ir pra casa de ninguém. Coloquei as roupas no armário coloquei um pijama e liguei a TV. Eu estava explodindo por dentro. Eu não tive culpa. Minha única culpa se é que pode chamar de culpa, foi não contar a ela na hora o que aconteceu. E eu não ficaria em casa com ela me maltratando. Quando liguei meu celular já tinha mensagens da Rafa e do Rodrigo e da Priscilla querendo saber onde eu estava. Eu não respondi ninguém. No dia seguinte eu não fui trabalhar, fiquei o dia todo no quarto de hotel. Eu estava irritada. Eu não fiz nada, eu apenas quis preservar o fato de que ela estava muito feliz com a viagem dela e não queria estragar esse momento com a Júlia sendo uma inconveniente. Quem quis emprega-la foi ela e eu não me meti, e eu não tive culpa, dela ter aparecido lá quando eu fui lá. Ficar me hostilizando não muda o que aconteceu. Eu me sentia nua sem minha aliança, mas acho que era a única forma da Priscilla ver que aquilo não significou nada até porque eu interrompi imediatamente. No dia seguinte eu fui trabalhar eu tinha uma reunião importante e estava morrendo de dor de cabeça. A reunião durou cerca de 3 horas mas foi produtiva. Eu vendi um dos meus hotéis. Eu já queria vende-lo a algum tempo, ele não era produtivo pra mim, e tinha gente interessada então eu fechei o negócio. Depois minha irmã ficou falando sobre o chá revelação que ela fará no fim do mês. Ela está com 21 semanas, meu sobrinho ou sobrinha chega até o dia 22 de agosto. Minha irmã está tão feliz e eu todos os dias peço a Deus pra minha mãe não aparecer e estragar tudo isso.

Emilly: Vai ficar sem falar com ela até quando?

Eu: Ela quem ficou sem falar comigo, ela que me hostilizou primeiro, e eu não sou palhaça, eu não fiz nada Emilly. Se eu tivesse aceitado o beijo e não tivesse contado pra ela, tudo bem, ela tinha todo direito de ficar com raiva de mim, mas não foi isso que aconteceu. Eu expliquei porque eu não contei na hora, e eu contei exatamente como aconteceu. Agora vai da cabeça dela acreditar em mim ou não. Mas enquanto ela decide isso, eu não vou ficar sendo maltratada ou ignorada. Eu amo minha mulher, mas não vou me humilhar por coisas que eu já expliquei como foi. Eu não vou assumir culpa de algo que eu não tenho culpa e porque ela quer.

Emilly: É... Eu te entendo. Mas vocês estão casadas a dois meses e já estão assim.

Eu: Eu sei. Isso é péssimo, mas quando ela resolver o que ela quer eu volto pra casa e a gente retoma nosso casamento. – ela foi pra sala dela e eu fui fazer minhas coisas. Trabalhei o dia todo e quando saia da empresa ela me esperava encostada no carro dela no estacionamento da empresa. Eu a olhei e fui para o meu carro.

Pri: Natalie... Espera... – me segurou.

Eu: Veio me ignorar aqui também? – fui áspera.

Pri: Eu vim pedir desculpa. Eu fui idiota com você. Você não merecia e eu fui hostil. Eu fiquei com raiva de toda essa situação e não sabia como agir e acabei sendo fria com você.

Eu: A gente está casada a dois meses Priscilla, e já estamos com falta de confiança. Ou melhor, você está com falta de confiança comigo. Eu contei tudo como aconteceu e mesmo assim você ficou com raiva de mim. Eu não podia prever que ela apareceria lá e que ela faria isso. Ela nunca mais me procurou, nunca mais me ligou nem nada do tipo eu nunca mais a vi desde aquela vez aqui na empresa que você presenciou. Eu sempre fui muito honesta com você, mas parece que nem minha honestidade anda sendo apreciada por você. – falei sentida.

Pri: Eu a demiti. Eu tirei o portfolio dela do ar. Eu precisava tirá-la das minhas vistas por isso eu ainda estava com raiva. Eu acredito em você, eu não duvidei de você. Eu só fiquei com raiva. Eu sempre dei chances as pessoas e eu deveria ter aprendido quando quitei as dividas do meu ex marido e como gratidão ele me deu um tiro na cabeça. Eu dei uma oportunidade a ela de trabalho de se reerguer porque soube que ela estava com dificuldades e avisei que se ela se aproximasse de você, eu tiraria isso dela. Ela escolheu perder. Eu entendo que você não queria estragar a minha felicidade. Não vamos ficar assim...

Eu: Eu estou cansada, quero tomar um banho, comer algo e dormir. Preciso ir...

Pri: Vai pra casa. – pegou minha mão e colocou a aliança no meu dedo – Isso é seu. Vai pra casa. – eu entrei no carro e fui para o hotel. Tomei um banho, me troquei, fiquei encarando minha aliança um tempo pensando se eu ficaria ali mais um pouco ou se eu ia pra casa. 

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Será que a Natalie vai pra casa ou ainda vai dar um gelo na Pri?

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora