2-Capítulo

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ARES

Escuto meu celular tocando na pequena mesa, lado da cama de casal. Estou no

quarto do meu filho o fazendo dormir, ele se aconchega em meus braços mas infelizmente tenho que lhe deixar no berço.

Vou até onde o aparelho está e atendo.

– O que é? – Pergunto secamente. Não gosto muito de ser interrompido nos momentos com meu filho. – Espero que seja algo importante Ruby. – Digo.

– É importante sim. – Sua voz está abafada. – Preciso que venha até o casino, Senhor Lance está fazendo uma confusão. – Fala.

– Você não pode resolver sozinha? – Pergunto chateado, ela bufa. – Estou indo aí. – Desligo o celular antes que ela falasse qualquer coisa. Saio do quarto de Sam e vou até o meu, troco a roupa vestindo um terno preto, pego minha arma se for necessário usar e chave do carro. Abro a porta para sair e vejo Simone me encarando preocupada.

– Vai sair Senhor? – Ela pergunta me olhando. Apenas concordo com a cabeça. – Vou dar a mamadeira ao bebé. – Diz e sai me deixando sozinho.

– Ele está dormindo agora! – Falo. – Só quando acordar, fique de olho nele! – Digo e desço as escadas, vou até a porta dos fundos abrindo, caminho até a garagem encontrando Daniel jogando cartas com um novato. Eles notaram a minha presença e se levantaram, Daniel se curvou, mas o novato não.

Sorrio de canto.

– Senhor! Vai sair? – Pergunta, mas minha atenção estava no novato. Me aproximo dele o olhando nos olhos.

– Quem é você? – Pergunto o encarando sério. – Sabe quem eu sou? – Ele engole em seco.

– S-sou Martin. – Ele diz tremulo. – Não sei quem és. – Diz.

– Muito bem... – Toco seus ombros. – Eu sou o dono desse lugar! Seu chefe! – Digo

sério. – Vou lhe ensinar regras bem básicas. – Falo e tiro minha arma do paletó. Ele me olha assustado já estava tremendo muito. Daniel tentou impedir, mas com meu olhar, ficou onde estava. – Quando me ver chegando Martin, se curve entendeu?! – Digo sério e ele assenti com a cabeça desesperado.

– S-Sim Senhor! – Ele diz e abaixo minha arma, vou até a Mercedes Benz preta e entro ficando no banco traseiro. Daniel e Martin entram nos bancos da frente. Daniel liga o carro e dirige saindo da minha casa. O céu estava escuro e as ruas de New York movimentadas, essa cidade não dorme, não era em vão que falavam isso.

***

Olho para o homem na minha frente que está com a cara amarrada, a expressão dura em seu rosto como habitual. Lane nunca muda.

– Essa vadia não está me deixando a vontade no casino! – Reclama Senhor Lane olhando para Ruby com desdém, que riu de canto. – Nem das novas garotas posso me aproveitar! – Fala irritado.

– Elas não são prostitutas, sabe muito bem que nem todos os nossos lugares não são sujos e ilegais. – Ruby diz com o nariz empinado. – Se quiser putas é fora daqui!! – Exclama.

– Como ousa? – A olha indignado. – Você vai deixar uma mulher decidir Ares?! – Olha para mim. Quem é seu braço direito? Não é o Daniel? – O Senhor de idade diz sério.

Reviro meus olhos entediado.

– Eu quero o meu direito nesse casino, temos um acordo Ares!! – Bateu na mesa e tiro minha arma atirando em sua testa, o homem cai morto no chão. Seus homens me olham assustados, alguns estavam tremendo de medo.

– Eu espero que isso sirva de lição! – Falo e eles assentiram com a cabeça. – SAIAM!! – Grito e todos eles se vão embora, me deixando com Ruby e Daniel. Me jogo na cadeira de couro suspirando cansado, quero meu filho agora. Sentir seu cheiro, seus resmungos manhosos, estou com saudades dele.

– Silvie pediu sua presença na empresa. – Ruby diz me passando um tablet. – Parece que tem uma reunião importante, nesta semana.

– É algo tão importante assim? – Falo olhando para o tablet, não era importante só a Blade que gosta de chamar atenção com coisinhas sem interesse. Mas eu preciso ir. Faz tempo que não piso naquele lugar. – Eu vou! – Digo.

– Tudo bem! – Sorri. – Boa noite. – Ruby diz e sai da sala. Sirvo um copo de whisky bebendo um pouco. Daniel se aproximou me passando uma pasta, olho para ele com a sobrancelha erguida.

– É uma possível lista de algumas mulheres que podem ter galactorreia. – Diz. – Ainda

está interessado? – Daniel pergunta me olhando com expectativa. – Uma delas trabalha na empresa, pelo que identifiquei em alguns currículos. – O encaro.

– Sabe o nome? – Pergunto e ele nega com a cabeça. – Deixe estar, depois procure

Depois. – Suspiro. – Vá até o hospital e leve mais leite. – Digo sério e ele sai da sala, me deixando só.


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