ARES
Escuto meu celular tocando na pequena mesa, lado da cama de casal. Estou no
quarto do meu filho o fazendo dormir, ele se aconchega em meus braços mas infelizmente tenho que lhe deixar no berço.
Vou até onde o aparelho está e atendo.
– O que é? – Pergunto secamente. Não gosto muito de ser interrompido nos momentos com meu filho. – Espero que seja algo importante Ruby. – Digo.
– É importante sim. – Sua voz está abafada. – Preciso que venha até o casino, Senhor Lance está fazendo uma confusão. – Fala.
– Você não pode resolver sozinha? – Pergunto chateado, ela bufa. – Estou indo aí. – Desligo o celular antes que ela falasse qualquer coisa. Saio do quarto de Sam e vou até o meu, troco a roupa vestindo um terno preto, pego minha arma se for necessário usar e chave do carro. Abro a porta para sair e vejo Simone me encarando preocupada.
– Vai sair Senhor? – Ela pergunta me olhando. Apenas concordo com a cabeça. – Vou dar a mamadeira ao bebé. – Diz e sai me deixando sozinho.
– Ele está dormindo agora! – Falo. – Só quando acordar, fique de olho nele! – Digo e desço as escadas, vou até a porta dos fundos abrindo, caminho até a garagem encontrando Daniel jogando cartas com um novato. Eles notaram a minha presença e se levantaram, Daniel se curvou, mas o novato não.
Sorrio de canto.
– Senhor! Vai sair? – Pergunta, mas minha atenção estava no novato. Me aproximo dele o olhando nos olhos.
– Quem é você? – Pergunto o encarando sério. – Sabe quem eu sou? – Ele engole em seco.
– S-sou Martin. – Ele diz tremulo. – Não sei quem és. – Diz.
– Muito bem... – Toco seus ombros. – Eu sou o dono desse lugar! Seu chefe! – Digo
sério. – Vou lhe ensinar regras bem básicas. – Falo e tiro minha arma do paletó. Ele me olha assustado já estava tremendo muito. Daniel tentou impedir, mas com meu olhar, ficou onde estava. – Quando me ver chegando Martin, se curve entendeu?! – Digo sério e ele assenti com a cabeça desesperado.
– S-Sim Senhor! – Ele diz e abaixo minha arma, vou até a Mercedes Benz preta e entro ficando no banco traseiro. Daniel e Martin entram nos bancos da frente. Daniel liga o carro e dirige saindo da minha casa. O céu estava escuro e as ruas de New York movimentadas, essa cidade não dorme, não era em vão que falavam isso.
***
Olho para o homem na minha frente que está com a cara amarrada, a expressão dura em seu rosto como habitual. Lane nunca muda.
– Essa vadia não está me deixando a vontade no casino! – Reclama Senhor Lane olhando para Ruby com desdém, que riu de canto. – Nem das novas garotas posso me aproveitar! – Fala irritado.
– Elas não são prostitutas, sabe muito bem que nem todos os nossos lugares não são sujos e ilegais. – Ruby diz com o nariz empinado. – Se quiser putas é fora daqui!! – Exclama.
– Como ousa? – A olha indignado. – Você vai deixar uma mulher decidir Ares?! – Olha para mim. Quem é seu braço direito? Não é o Daniel? – O Senhor de idade diz sério.
Reviro meus olhos entediado.
– Eu quero o meu direito nesse casino, temos um acordo Ares!! – Bateu na mesa e tiro minha arma atirando em sua testa, o homem cai morto no chão. Seus homens me olham assustados, alguns estavam tremendo de medo.
– Eu espero que isso sirva de lição! – Falo e eles assentiram com a cabeça. – SAIAM!! – Grito e todos eles se vão embora, me deixando com Ruby e Daniel. Me jogo na cadeira de couro suspirando cansado, quero meu filho agora. Sentir seu cheiro, seus resmungos manhosos, estou com saudades dele.
– Silvie pediu sua presença na empresa. – Ruby diz me passando um tablet. – Parece que tem uma reunião importante, nesta semana.
– É algo tão importante assim? – Falo olhando para o tablet, não era importante só a Blade que gosta de chamar atenção com coisinhas sem interesse. Mas eu preciso ir. Faz tempo que não piso naquele lugar. – Eu vou! – Digo.
– Tudo bem! – Sorri. – Boa noite. – Ruby diz e sai da sala. Sirvo um copo de whisky bebendo um pouco. Daniel se aproximou me passando uma pasta, olho para ele com a sobrancelha erguida.
– É uma possível lista de algumas mulheres que podem ter galactorreia. – Diz. – Ainda
está interessado? – Daniel pergunta me olhando com expectativa. – Uma delas trabalha na empresa, pelo que identifiquei em alguns currículos. – O encaro.
– Sabe o nome? – Pergunto e ele nega com a cabeça. – Deixe estar, depois procure
Depois. – Suspiro. – Vá até o hospital e leve mais leite. – Digo sério e ele sai da sala, me deixando só.
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𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶
RomanceIvy Carter mulher de vinte e dois anos. Ela trabalha em uma empresa famosa na cidade de New York. Ivy com seus quinze anos descobriu que sofre de galactorreia,uma doença que faz mulheres sem filhos produzirem leite. Ares um gângster! Possui trinta e...