40-Capítulo

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IVY CARTER

Não sei o que está acontecendo comigo, o que está dando em mim.

Por que?

Por que eu estou com ciúmes?!

Deveria saber que a qualquer momento a mãe do Sam voltaria, mas não esperava essa reacção vindo de mim.

O que mais me irritou foi ela ter me chamado de babá, me deixou com o sangue fervendo que raiva.

Ares ainda sorria para mim, me afasto dele cruzando os braços.

— Está com ciúmes, não é? — Passa a língua pelos lábios. Não deixo de acompanhar cada movimento de seu músculo molhado. Ele percebe e sorri. Não deixo de olhar para seu tronco e braços cobertos de tatuagens. São tão lindas, o deixam tão sexy. Ares, por si só, é sexy. Reviro os olhos, passando por ele e indo até a porta. — Ivy... — Me chama, mas ignoro. Vou até o meu quarto e fecho a porta com força.

É um contrato

Não importa o que vai acontecer com a gente...

É um contrato

Não se esqueça disso, Ivy!

É um contrato!

Com esses pensamentos vagando pela minha mente, vou até o banheiro. Quero relaxar um pouco. A água está morninha, tão boa. Hoje não fui trabalhar; provavelmente já devo ser motivo para mentiras e mais mentiras. Termino meu banho e saio do banheiro com a toalha enrolada no meu corpo. Vou até o closet e escolho um pijama confortável. Visto-me e amarro meu cabelo em um penteado desleixado.

Me sento na cama, encostando na cabeceira. Pego meu notebook. Assim que abro, vejo vários e-mails, todos da Silvie. São vários documentos para revisar e contratos para imprimir. Amanhã tenho que ir ao trabalho. Respondo todos os e-mails e guardo meu notebook. Me ajeito na cama para dormir. Hoje não quero descer para jantar; não quero olhar para a cara de Ares. A imagem dele sem camisa passa pela minha mente: seu tronco tatuado, seu abdómen definido e super trabalhado. Ares é tão quente. Sinto meu corpo esquentar com tais pensamentos. Não posso, isso não.

Me viro para poder dormir. Activo o alarme para acordar às seis da manhã. Sinto meus olhos pesados e tudo escurece.

***

Acordo com o som do alarme. São seis horas. Me levanto da cama e vou ao banheiro. Faço minha higiene matinal e saio do quarto vestida com uma roupa formal: saia preta não muito justa, camisa social de mangas longas branca e saltos pretos. Ajeito meu cabelo, deixando-o cacheado. Passo maquiagem leve e saio do quarto, indo até o de Sam, encontrando-o com Simone.

— Bom dia, Simone! — Digo, sorrindo, me sentando na cama e abrindo minha camisa para poder amamentar o bebé. — Ela acordou cedo hoje? — Pergunto.

— Sim! — Ela responde, sorrindo e me entregando o bebé. Sam sorri assim que me vê. Sinto meu coração aquecer. Esse bebé é tão fofo. Dou o leite para ele, que chupa tão depressa que fico com medo dele engasgar. Assim que termino, vou até meu quarto pegar minhas coisas. Desço as escadas tranquilamente e escuto algumas vozes. Reviro os olhos ao reconhecer de quem são.

— Olha? Não sabia que babás se vestem assim! — A senhora de idade, que provavelmente é a mãe de Ares, diz me olhando de cima a baixo. Suspiro para me acalmar. Não posso me estressar tão cedo; ainda é cedo demais. Nem tomei café ainda, e ela já quer me provocar.

Droga!

— Bom dia... — Digo, olhando para ela, que revira os olhos.

— Katrina? Acho que deve falar com Ares sobre essa babá! — Diz, olhando para a loira que se levanta do sofá, caminhando até mim com superioridade. Olha para mim com desdém e sorri arrogantemente.

𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora