43-Capítulo

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IVY CARTER

Estranho Ares não ter voltado para casa comigo e sim Ruby!

Não pergunto porque só fui. Estou no meu quarto me vestindo para ir ao trabalhar, quando voltei ontem não vi a cara de nenhuma daquelas mulheres para o meu bom humor de hoje.

— Meu anjinho! — Digo pegando Sam no meu colo, ele sorri para mim. — Está com fome, meu amorzinho! — Beijo sua testa e ele resmunga manhoso passando a mãozinha pelo meu peito coberto pela blusa social. Desabotoo-o a minha camisa e deixo meu peito exposto para o bebé. Sam recebe-o animadinho e começa a chupar, massageia o outro peito para que o leite não vaze.

— Oi...— Dou um pulinho de susto e olho para Ares, ele está na porta do quarto de Sam com as mãos no bolso da calça cinza e a camisa social azul clara com os primeiros três botões de cima abertos. — Bom dia...— Caminha elegantemente até nós, não deixo de olhar seu peito, pela pequena abertura na camisa dá para ver as tatuagens que ele tem. — Amor? — Me chama. Sorrio corada e dou um selinho nele.

— Bom dia! — Digo olhando para seus olhos azuis intensos. Ares passa a mão no meu rosto e dá um beijo na testa de Sam. — Está te machucando? — Pergunta ao ver o neném chupar com pressa.

— Não... está tudo bem! — Digo. Ficamos em um silêncio confortável apenas vendo o Sam mamando, Ares pede que eu desse o bebé para o fazer arrotar, foi tão fofo ele dando tapinhas delicados em suas costas.

— Meu amor... — Digo rindo depois de ouvir o arroto de Sam, o bebé sorri bobinho com o dedinho na boca, seus olhos estão brilhando.

— Ivy! — Olho para Ares. —Pode não trabalhar hoje? Por favor...— Eu queria entender por que ele está me pedindo isso, mas é possível ver a sombra de preocupação em seu rosto.

— Tudo bem... eu posso trabalhar aqui em casa! — Falo sorrindo.

— Certo! — Se levanta, deixando Sam em seu berço. — Vejo você depois. — Caminha até a porta do quarto e abre.

— Ares? — Chamo por ele que para me olhando fixamente, seus lindos olhos azuis me deixam hipnotizada. — Ah... Te amo! — Digo sentindo meu rosto ruborizar. Ele sorri lindamente.

— Eu também te amo, meu tesouro! — Diz e fecha a porta saindo.

Não acredito que disse aquilo!

Que vergonha!

***

São sete e meia da tarde e estou ainda em casa. Não saio por nada, nem para o jardim, fico o dia todo com Sam, fiz um pouco dos trabalhos que pedi para Mei enviar para mim por e-mail. Conheci alguns cantos da casa, explorei o escritório de Ares, mas vi algo de estranho. Tinha uma porta discreta ao lado do bar, está escondida. Prefiro não mexer em mais nada e saio do seu escritório.

Meu celular apita, pego nele vendo o nome de Steve brilhando na tela.

Alô... — Falo sorrindo. Senti tanto a falta dele. — Como você está? — Pergunto.

Ficaria bem se você viesse me ver, Ivy! — Diz com voz manhosa. — Estou bem e você está? — Pergunta.

Estou sim— Sorrio. Ficamos conversando até com Steve ficar em silêncio de repente. — Steve? Está aí? — O chamo.

Estou sim...— Diz nervoso.

O que foi? Está bem mesmo? — Insisto! Eu conheço muito bem Steve, e sei que ele não está bem.

Não quero que fique chateada! Mas você e o Ares já transaram? — Pergunta, sinto meu rosto pegando fogo.

N-Não... ainda não! — Gaguejo envergonhada. Eu nunca pensei em fazer isso com ele, claro que tem alguns momentos que não paro de olhar, para seus lábios, suas mãos grandes, seu pescoço, seus braços cheios de veias. Eu demoro desejo Ares da forma mais inocente e perversa possível. — Eu não sei... eu meio que... — Tento explicar, mas Steve me cala.

O que te impede, Ivy? — Pergunta maliciosamente.

Nada! — Quase grito tapando minha boca com a mão. Steve ri alto. — Eu não sei como começar, ok? — Falo envergonhada.

Só deixe acontecer, Ivy... — Diz dando uma risadinha. Continuamos nossa conversa, até dar a hora de alimentar Sam. Me despeço de Steve com um sorriso e desligo o celular.

Suspiro rindo de leve.

Ahhh Steve!

Esse garoto e me deixar em situações sem saída.

𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora