ARES
Estou com uma dor de cabeça terrível. Não consegui arranjar qualquer que seja solução para o problema que Katrina me trouxe agora.
—Ivy? Como ela está? — Ruby pergunta, brincando com a arma descarregada em suas mãos. Tinha um cigarro nos lábios e tragava, soltando a fumaça sensualmente. — Ela está bem com isso?
— Parece estar chateada com algumas merdas que Katrina e minha mãe disseram. — Digo, suspirando cansado. — Tenho que contar para ela sobre o que eu sou...
— Melhor fazer isso antes que alguém o faça! — Ruby joga o cigarro no cinzeiro. — É o correcto a fazer, Ares. Ela pode não confiar em você e também tem essa história do contrato... — murmura mal-humorada.
— Tudo bem, eu conto! — sussurro, olhando para a janela. O sol já estava se pondo. — Mande mais soldados para minha casa, preciso de máxima vigilância! — Digo, levantando-me da cadeira. Saio da sala, caminhando pelo corredor. Consigo ouvir alguns gritos histéricos e horrorizados por algumas portas que passo. Saio do galpão, vendo Daniel ao lado do meu carro.
— Senhor... — diz, abrindo a porta do carro. Entro, esperando ele falar alguma coisa. — A senhorita Ivy ainda está em casa, ela não saiu nem para almoçar. — Fala, dirigindo o carro em direcção à minha casa.
— Compre flores! — Falo, olhando para ele pelo espelho retrovisor.
— Sim, senhor!
***
Quando chego em casa, vou directamente para o meu quarto. Faço um banho longo para aliviar um pouco a temperatura do meu corpo e relaxar. Assim que saio, visto uma calça de moletom, ficando sem camisa mesmo. Ouço leves batidas na porta e vou abrir, vendo Simone com um grande buquê de rosas nas mãos.
— Obrigado! — Digo. Ela concorda e saio andando pelo corredor. Suspiro profundamente, olhando para o tecto branco do meu quarto. Não sou bom em demonstrar sentimentos, mas com Ivy eu tenho que mostrar. Mostrar que já a amo e que ela é uma das pessoas mais especiais para mim e Sam. Caminho até o quarto do meu filho, que está com a porta entreaberta. Abro lentamente, vendo Ivy amamentando Sam com um lindo sorriso no rosto.
Ela olha para minha direcção e revira os olhos verdes.
— Como você está? — Pergunto.
— Boa noite! — diz séria, terminando de alimentar Sam, que ri baixinho. Ivy se levanta da poltrona em que estava sentada e deixa Sam, quase sonolento, no berço. Cobre-o com o cobertor fofinho de golfinhos e dá-lhe um beijo na testa. Admiro a cena silenciosamente. Ivy vem até mim com os braços cruzados e um olhar penetrante, nem parecia a garota tímida que conheci dias atrás.
— Onde esteve? — pergunta com a voz séria.
— Trabalhando! — Falo. Seu olhar passa pelo meu corpo discretamente.
— Liguei para a empresa e Mei me disse que você não estava lá! — Fala. — Onde esteve, Ares? — Eleva um pouco o tom da voz. Olho para ela surpreso e sorrio de canto.
— Estava trabalhando, Ivy... Por quê? Está com ciúmes? — Pergunto, não deixando de sorrir ao notar suas bochechas ficarem rubras.
— Não sou sua esposa agora? — Diz, ficando à minha frente e lançando-me um olhar indiferente.
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𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶
RomanceIvy Carter mulher de vinte e dois anos. Ela trabalha em uma empresa famosa na cidade de New York. Ivy com seus quinze anos descobriu que sofre de galactorreia,uma doença que faz mulheres sem filhos produzirem leite. Ares um gângster! Possui trinta e...