37-Capítulo

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ARES

Estou tão irritado agora, que sou capaz de matar essas duas a minha frente.

— Essa babá não tem respeito! — minha mãe diz, estalando a língua e olhando para Katrina

— Cale-se, mãe! — digo, irritado. Ela olha para o lado, assustada com meu tom de voz, mas não ligo. — Eu fui bem claro quando disse que não as queria na minha casa! — olho para Katrina que baixa a cabeça. Sei muito bem desse truque e não vai funcionar comigo; sua chantagem emocional.

— Nós não temos para onde ir, Ares... — diz a loira com voz suave, se aproximando de mim. — Eu também queria ver meu filho! — Me olha nos olhos e sinto minha raiva aumentar ainda mais.

— VÃO!! DESAPAREÇAM DAQUI!! — grito, sem paciência. Simone e Daniel entram na sala assustados. — Sumam daqui!!

Minha mãe se levanta e puxa Katrina pelo braço. As duas saem da minha casa, me deixando sozinho na sala de estar.

Sento-me no sofá e passo as mãos pelos cabelos, frustrado

O que vou dizer para Ivy?

Ela definitivamente não vai querer me escutar agora. O que eu devo fazer?

Meu celular toca e tiro-o do bolso, vendo o nome de Ruby brilhar na tela.

— Venha aqui agora! — diz e desliga.

Deve ser algo muito importante para que ela fale assim tão rápido. Subo para o meu quarto e mudo de roupa. Visto um terno preto, pego minha arma e guardo no paletó. Passo pelo quarto de Sam e escuto a voz de Ivy conversando com ele. Pela brecha da porta, consigo vê-la com Sam em seus braços. Seus olhos verdes estão tristonhos e sem brilho algum. Me sinto mal em saber que sou o causador disso.

***

Chego no galpão e vejo Ruby me esperando na entrada. Ela está com a testa franzida e um semblante preocupado.

— O que aconteceu? — pergunto. Ruby faz um sinal e andamos pelo galpão até chegar no meu escritório. — Ruby? — chamo sua atenção. Ela olha para mim preocupada.

— Katrina... — diz e levanto uma sobrancelha. — Ela não veio sozinha!

— Claro que não veio sozinha! — falo o óbvio.

— Não, Ares! — Ruby bate as mãos na mesa. — Katrina não veio aqui por vontade própria, ela foi mandada! — diz, olhando em meus olhos.

— Quem? — Não estou realmente entendendo nada, absolutamente nada sinceramente.

— Luigi! — diz e arregalo os olhos. — Luigi mandou Katrina pra Nova York, para se encontrar especialmente contigo. — diz e fico sem entender. Em que momento Ruby descobriu essas coisas? Não duvido das capacidades dela, mas tão rápido assim. Ela não gosta da Katrina e achou estranho, assim como eu, ela ter aparecido do nada aqui em Nova York.

— O que ele quer? Por que ele mandou ela para cá? — pergunto.

— Recolher informações sobre você, e... — Ela para de falar e olha para o canto.

— Fale, Ruby! — exijo.

— Sam... ele quer o Sam! — diz séria, olhando para o canto da sala.

Como assim esse filho da puta quer meu filho?

O que meu filho tem a ver com os problemas entre nós?

— Por quê? — pergunto confuso, mas já sei qual é a resposta.

— Sam é seu filho e futuramente pode assumir a gangue. — Passa as mãos em seus fios loiros longos. — Nós só temos que ficar atentos, Ares, muito atentos! — diz séria.

Mas o que será que Luigi quer com o meu filho?!

Sam é meu filho, meu herdeiro. Mas, se eu quiser, ele não estará envolvido nisso. Nem ele, nem Ivy!

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