ARES
Estou tão irritado agora, que sou capaz de matar essas duas a minha frente.
— Essa babá não tem respeito! — minha mãe diz, estalando a língua e olhando para Katrina
— Cale-se, mãe! — digo, irritado. Ela olha para o lado, assustada com meu tom de voz, mas não ligo. — Eu fui bem claro quando disse que não as queria na minha casa! — olho para Katrina que baixa a cabeça. Sei muito bem desse truque e não vai funcionar comigo; sua chantagem emocional.
— Nós não temos para onde ir, Ares... — diz a loira com voz suave, se aproximando de mim. — Eu também queria ver meu filho! — Me olha nos olhos e sinto minha raiva aumentar ainda mais.
— VÃO!! DESAPAREÇAM DAQUI!! — grito, sem paciência. Simone e Daniel entram na sala assustados. — Sumam daqui!!
Minha mãe se levanta e puxa Katrina pelo braço. As duas saem da minha casa, me deixando sozinho na sala de estar.
Sento-me no sofá e passo as mãos pelos cabelos, frustrado
O que vou dizer para Ivy?
Ela definitivamente não vai querer me escutar agora. O que eu devo fazer?
Meu celular toca e tiro-o do bolso, vendo o nome de Ruby brilhar na tela.
— Venha aqui agora! — diz e desliga.
Deve ser algo muito importante para que ela fale assim tão rápido. Subo para o meu quarto e mudo de roupa. Visto um terno preto, pego minha arma e guardo no paletó. Passo pelo quarto de Sam e escuto a voz de Ivy conversando com ele. Pela brecha da porta, consigo vê-la com Sam em seus braços. Seus olhos verdes estão tristonhos e sem brilho algum. Me sinto mal em saber que sou o causador disso.
***
Chego no galpão e vejo Ruby me esperando na entrada. Ela está com a testa franzida e um semblante preocupado.
— O que aconteceu? — pergunto. Ruby faz um sinal e andamos pelo galpão até chegar no meu escritório. — Ruby? — chamo sua atenção. Ela olha para mim preocupada.
— Katrina... — diz e levanto uma sobrancelha. — Ela não veio sozinha!
— Claro que não veio sozinha! — falo o óbvio.
— Não, Ares! — Ruby bate as mãos na mesa. — Katrina não veio aqui por vontade própria, ela foi mandada! — diz, olhando em meus olhos.
— Quem? — Não estou realmente entendendo nada, absolutamente nada sinceramente.
— Luigi! — diz e arregalo os olhos. — Luigi mandou Katrina pra Nova York, para se encontrar especialmente contigo. — diz e fico sem entender. Em que momento Ruby descobriu essas coisas? Não duvido das capacidades dela, mas tão rápido assim. Ela não gosta da Katrina e achou estranho, assim como eu, ela ter aparecido do nada aqui em Nova York.
— O que ele quer? Por que ele mandou ela para cá? — pergunto.
— Recolher informações sobre você, e... — Ela para de falar e olha para o canto.
— Fale, Ruby! — exijo.
— Sam... ele quer o Sam! — diz séria, olhando para o canto da sala.
Como assim esse filho da puta quer meu filho?
O que meu filho tem a ver com os problemas entre nós?
— Por quê? — pergunto confuso, mas já sei qual é a resposta.
— Sam é seu filho e futuramente pode assumir a gangue. — Passa as mãos em seus fios loiros longos. — Nós só temos que ficar atentos, Ares, muito atentos! — diz séria.
Mas o que será que Luigi quer com o meu filho?!
Sam é meu filho, meu herdeiro. Mas, se eu quiser, ele não estará envolvido nisso. Nem ele, nem Ivy!
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𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶
RomanceIvy Carter mulher de vinte e dois anos. Ela trabalha em uma empresa famosa na cidade de New York. Ivy com seus quinze anos descobriu que sofre de galactorreia,uma doença que faz mulheres sem filhos produzirem leite. Ares um gângster! Possui trinta e...