IVY CARTER
Senhor Ares me levou até uma lanchonete que estava aberta naquele horário, pagou um café para mim e agora me encarava sem ao menos pestanejar.
– O que aconteceu com seu amigo mesmo? – Ele pergunta e suspiro. – Talvez eu possa ajudar. – Diz.
– Ele foi preso! Eu não sei como aconteceu, mas foi em uma boate bem famosa da cidade. – Falo brincando com a chávena agora vazia de café. Estava mesmo precisando. – Não sei o que posso fazer para tirá-lo da delegacia. – Digo com um pesar na voz.
Ares me encara por alguns segundos e suspira. Seus dedos longos passam pelo cabelo negro e macios meio bagunçados. Ele morde o lábio e me encara com seus olhos azuis, senti uma batida falhar em meu coração, esse homem. Que homem!
– Eu vou ajudar você! – Fala sério me olhando nos olhos. – Mas quero algo em troca. – Diz e concordo com a cabeça, não me importo com o que ele vá pedir em troca, só quero Steve fora daquele lugar.
– Tudo bem, eu aceito qualquer coisa. – Ele sorri de canto. – Ele pode sair hoje mesmo? – Pergunto e ele me olha.
– Claro! – Diz e se levanta da cadeira, faço o mesmo. Saímos da lanchonete que era próxima à delegacia, caminhamos até o lugar onde ainda está cheio, paramos na porta onde está escrito 'delegado'. Ares olha para a secretária que pareceu tremer.
– Quero falar com Miguel! – Ares diz sério e a mulher concorda quase desesperada pegando no telefone fixo, fala com o delegado que libera nossa entrada. – Solte Steve, ele vai para casa hoje mesmo! – Ares olha para o delegado que suspira.
Como ele podia fazer isso! Não cumprimentou o delegado e mandou ele soltar Steve?! Quem ele é afinal? O que esse homem é?! Todos tremem com seu olhar e ficam desesperados!
– Tudo bem. – O delegado diz e assinou em um papel, entregou para Ares que guardou em seu paletó. – Espero que isso não volte a acontecer. – Sorri forçado.
Ares pega na minha mão e saímos da sala do delegado
– Como Steve vai sair daqui? – Olho para o mais alto tentando ignorar seu toque em minha mão.
– Só vamos esperar! – Ele diz. – Quer carona até seu apartamento? Posso levar vocês. – Me olha e nego. – Certeza? Está tarde para andar por aí sozinha. – Insiste.
– Eu já o incomodei bastante, obrigada. – Digo sorrindo.
Olho para a entrada da delegacia e vejo Steve saindo. Ele me olha de volta e corre até mim.
– Está tudo bem? – Passo minhas mãos em seus cabelos.
– Está sim, como conseguiu me soltar? – Ele olhou para mim. – Eu só sairia amanhã. – Diz.
– Senhor Ares me ajudou. – Digo olhando para o mais velho. – Vamos para casa? – Passo minhas mãos no rosto de Steve que concorda. – Obrigada mais uma vez, Senhor Ares. Até amanhã! – Me despeço dele que sorri levemente.
Caminho com Steve até o ponto de ónibus e esperamos, até pensei em ligar para Ivan, mas está muito tarde, ele provavelmente deve estar dormindo agora. Não demorou para o ónibus chegar e subimos. O trajecto até o nosso prédio foi silencioso, Steve não falou nada até quando perguntei se ele estava com fome.
– Vou dormir, estou cansada! – Falo indo até o sofá onde ele estava sentado. – Vai ficar bem? – Olho para ele que concorda e olha para mim.
– Obrigado! – Diz, sorri e me levanto saindo da sala de estar e vou para meu quarto.
Me deito na cama. O que será que o Senhor Ares quer em troca?
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𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶
RomanceIvy Carter mulher de vinte e dois anos. Ela trabalha em uma empresa famosa na cidade de New York. Ivy com seus quinze anos descobriu que sofre de galactorreia,uma doença que faz mulheres sem filhos produzirem leite. Ares um gângster! Possui trinta e...