13-Capítulo

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IVY CARTER

Senhor Ares me levou até uma lanchonete que estava aberta naquele horário, pagou um café para mim e agora me encarava sem ao menos pestanejar.

– O que aconteceu com seu amigo mesmo? – Ele pergunta e suspiro. – Talvez eu possa ajudar. – Diz.

– Ele foi preso! Eu não sei como aconteceu, mas foi em uma boate bem famosa da cidade. – Falo brincando com a chávena agora vazia de café. Estava mesmo precisando. – Não sei o que posso fazer para tirá-lo da delegacia. – Digo com um pesar na voz.

Ares me encara por alguns segundos e suspira. Seus dedos longos passam pelo cabelo negro e macios meio bagunçados. Ele morde o lábio e me encara com seus olhos azuis, senti uma batida falhar em meu coração, esse homem. Que homem!

– Eu vou ajudar você! – Fala sério me olhando nos olhos. – Mas quero algo em troca. – Diz e concordo com a cabeça, não me importo com o que ele vá pedir em troca, só quero Steve fora daquele lugar.

– Tudo bem, eu aceito qualquer coisa. – Ele sorri de canto. – Ele pode sair hoje mesmo? – Pergunto e ele me olha.

– Claro! – Diz e se levanta da cadeira, faço o mesmo. Saímos da lanchonete que era próxima à delegacia, caminhamos até o lugar onde ainda está cheio, paramos na porta onde está escrito 'delegado'. Ares olha para a secretária que pareceu tremer.

– Quero falar com Miguel! – Ares diz sério e a mulher concorda quase desesperada pegando no telefone fixo, fala com o delegado que libera nossa entrada. – Solte Steve, ele vai para casa hoje mesmo! – Ares olha para o delegado que suspira.

Como ele podia fazer isso! Não cumprimentou o delegado e mandou ele soltar Steve?! Quem ele é afinal? O que esse homem é?! Todos tremem com seu olhar e ficam desesperados!

– Tudo bem. – O delegado diz e assinou em um papel, entregou para Ares que guardou em seu paletó. – Espero que isso não volte a acontecer. – Sorri forçado.

Ares pega na minha mão e saímos da sala do delegado

– Como Steve vai sair daqui? – Olho para o mais alto tentando ignorar seu toque em minha mão.

– Só vamos esperar! – Ele diz. – Quer carona até seu apartamento? Posso levar vocês. – Me olha e nego. – Certeza? Está tarde para andar por aí sozinha. – Insiste.

– Eu já o incomodei bastante, obrigada. – Digo sorrindo.

Olho para a entrada da delegacia e vejo Steve saindo. Ele me olha de volta e corre até mim.

– Está tudo bem? – Passo minhas mãos em seus cabelos.

– Está sim, como conseguiu me soltar? – Ele olhou para mim. – Eu só sairia amanhã. – Diz.

– Senhor Ares me ajudou. – Digo olhando para o mais velho. – Vamos para casa? – Passo minhas mãos no rosto de Steve que concorda. – Obrigada mais uma vez, Senhor Ares. Até amanhã! – Me despeço dele que sorri levemente.

Caminho com Steve até o ponto de ónibus e esperamos, até pensei em ligar para Ivan, mas está muito tarde, ele provavelmente deve estar dormindo agora. Não demorou para o ónibus chegar e subimos. O trajecto até o nosso prédio foi silencioso, Steve não falou nada até quando perguntei se ele estava com fome.

– Vou dormir, estou cansada! – Falo indo até o sofá onde ele estava sentado. – Vai ficar bem? – Olho para ele que concorda e olha para mim.

– Obrigado! – Diz, sorri e me levanto saindo da sala de estar e vou para meu quarto.

Me deito na cama. O que será que o Senhor Ares quer em troca?

𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora