41-Capítulo

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IVY CARTER

— Você está bem? — pergunta Mei, olhando para mim. Ela parecia preocupada. Estávamos no restaurante almoçando.

— Mei... Eu acho... — Não conseguia achar palavras para dizer realmente como estou me sentindo. — Ares... — Murmuro.

— O que ele fez? — Seu semblante é super preocupado. — Fala, Ivy! — diz séria.

— A mãe do Sam voltou. — Falo, e ela arregala os olhos. — Estou muito incomodada com a presença dessa mulher, Mei! — Murmuro. — Não deveria me sentir assim, eu e Ares não temos nada sério, é só um contrato! — Falo. Mei me olha com atenção, sua mão segura a minha por cima da mesa.

— Ivy... Eu sei que você está confusa no momento, mas já parou para pensar que você estaria apaixonada? — diz, me fazendo arregalar os olhos. Eu, apaixonada por Ares? — Não tem outras palavras, Ivy. Você está incomodada com a volta da mãe do Sam, como se ela fosse ocupar o lugar que perdeu, entende? Mas isso não será possível porque o bebé se acostumou contigo e Ares parece te querer por perto como ninguém! — Fala, sorrindo.

— Eu... — Não tinha o que falar, minha boca abria e fechava, mas nenhuma palavra ou som saía.

— Tens o tempo para reflectir sobre... — A japonesa sorri, e voltamos a comer.

***

Depois do almoço, voltamos para a empresa, continuando com o trabalho.

— Ivy... — A voz de Silvie me chama. Olho para ela, que faz um sinal para que eu a siga até sua sala. São quatro da tarde, e durante a manhã inteira eu não a vi. Me levanto da minha mesa e vou até sua sala. — Boa tarde! — Diz.

— Boa tarde, senhorita Blade! — Digo formalmente. Silvie me observa por breves segundos, mas depois abana a cabeça. — Precisará dos documentos agora? Não terminei de revisá-los! — Falo.

— Preciso sim. Mas pode... entregue-me quando terminar de revisá-los. — Fala, ligando o computador. — É tudo, pode ir. — Diz. Me retiro da sua sala, caminho até minha mesa, me sento abrindo a pasta onde tinham os documentos para revisar no computador. Sinto uma mão tocar meu ombro. Ergo meu olhar, vendo Ares me olhando. Seus olhos estão escuros e intensos, quase me intimidando

— Minha sala, por favor. — Diz com a voz rouca. Minha vontade de negar é maior, mas não posso. Aqui ele é meu chefe.

— Sim, senhor! — Aceno com a cabeça. Mei me olha confusa, retribuo seu olhar, indo até a porta da sala do CEO. Bato e recebo sua permissão para entrar. Ares está em pé, encostado na grande mesa de vidro, com um copo de água nas mãos.

— Precisa de alguma coisa, senhor? — Pergunto. Ares sorri de canto e deixa o copo de água na mesa de vidro. Se aproxima de mim em passos firmes, ficando na minha frente.

— Você sabe o que eu preciso... — Antes mesmo que eu falasse alguma coisa, leva suas grandes mãos até minha cintura e sua boca devora a minha. A língua de Ares está lutando com a minha por espaço, e eu cedo a ele. Sempre iria ceder a ele. Suas mãos me apertavam contra seu corpo, gemo após sentir uma mordida no meu lábio inferior. Nos afastamos por falta de ar. Ares ri levemente. — Não saia de casa daquela forma, fiquei preocupado. — Acaricia meu rosto. Sua testa está franzida, é notável a sua preocupação.

— Tudo bem..., mas... — Quero dizer mesmo que a presença daquelas duas me incomoda e muito, mas sei que ele vai rir de mim e dizer que é ciúmes.

Droga!

— Eu não quero ver aquelas duas em nossa casa, Ares! Estou falando sério! — Digo séria. Ele sorri de canto e beija minha mão onde tinha o anel.

— Claro, querida! — Beija minha testa, e sorrio. Assim espero, não quero voltar e encontrá-las ali. É minha casa! Não quero parecer possessiva, mas... droga! Ares é casado comigo, mesmo que por contrato, e aquelas mulheres têm que aceitar!

𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora