IVY CARTER
Sinto algo macio por baixo de mim, é uma cama.
Onde eu estou?
O que houve?
Me lembro de estar com Ivan e depois mais nada. Me levanto da cama, olho para os lados onde eu estou?
Aqui não é meu quarto. A porta é aberta e uma senhora passa por ela com uma carrinha com café da manhã.
— Buongiorno! — Sorrio para ela, confusa. Ela retribui o sorriso.
— Come va? — Pergunta.
— Eu.... estou bem! — Respondo, ainda confusa.
Ela olha para mim e sorri.
— Você fala minha língua? — Pergunta.
— Falo sim! — Respondo, agradecida, enquanto ela coloca a bandeja na cabeceira ao lado da cama.
— Você está com fome? — Ela pergunta, observando-me atentamente.
— Ah... — Meu estômago ronca, coro e ela ri.
— Muito obrigada! — Agradeço, pegando a bandeja com sua ajuda, e começo a comer vorazmente. A senhora retira a bandeja quando termino e serve água em um copo, que me entrega.
— Onde nós estamos? — Pergunto, ainda um pouco atordoada.
Ela sorri enquanto coloca a bandeja na carrinha.
— Estamos na Itália, querida! Em Roma. — Ela diz, e meus olhos se arregalam. Como assim Itália? Como eu vim parar aqui?
— Vou sair, tem roupas limpas no banheiro! — Ela aponta para a porta no canto e sai do quarto, deixando-me sozinha.
Itália? Eu estava em Roma?
Será que Ares viajou comigo enquanto eu dormia?
Me levanto da cama e vou até o banheiro. Há um grande espelho na parede. Ainda estou com as mesmas roupas de ontem; tiro-as e as deixo em um balde no canto do banheiro. Entro no box e sinto a água fria relaxar meu corpo. Passo a mão na minha barriga. Não acredito que estou grávida.
Termino meu banho, enrolando a toalha em meu corpo. Há uma muda de roupa no vaso sanitário. Visto-a e me olho no espelho. É um vestido não muito justo, azul claro. Calço os sapatos e amarro meu cabelo em um coque frouxo. Abro a porta do banheiro e volto para a cama, que agora está arrumada.
— Vejo que já acordou! — Ouço uma voz próxima de mim e me assusto. Me viro para a janela, onde um homem alto, de cabelos loiros e olhos castanhos claros, sorri para mim.
— Dormiu bem? — Ele pergunta. Fico calada, observando-o se aproximar de mim. Meu coração acelera. Algo me diz que ele não é bom. Não é nada bom.
— Não fala, Ivy? — Ele diz, e minha surpresa aumenta. Como ele sabe meu nome?
— Rosa que estava contigo disse que você falava, e queria saber onde está! — Ele sorri, estendendo a mão para mim.
— Sou Luigi! — Ele diz. Meio hesitante, aperto a mão dele.
— Ivy Carter! — Respondo, e ele sorri ainda mais.
— Sei quem és! — Ele diz, passando a língua nos lábios. — E que és muito preciosa para alguém, que deve estar te procurando até nem um louco! — Ele ri. Sinto meu corpo tremer.
— Quem é você? O que quer de mim? — Falo, agora realmente assustada. Quem é esse homem?
— Me diz! — Quase grito. Ele ri alto, ou melhor, gargalha.
— Não precisa saber quem sou! — Ele se aproxima de mim, tocando meu queixo e olhando profundamente nos meus olhos. — Se ainda não fiz nenhum mal para você!
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𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶
RomantizmIvy Carter mulher de vinte e dois anos. Ela trabalha em uma empresa famosa na cidade de New York. Ivy com seus quinze anos descobriu que sofre de galactorreia,uma doença que faz mulheres sem filhos produzirem leite. Ares um gângster! Possui trinta e...