57-Capítulo

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IVY CARTER

Sinto algo macio por baixo de mim, é uma cama.

Onde eu estou?

O que houve?

Me lembro de estar com Ivan e depois mais nada. Me levanto da cama, olho para os lados onde eu estou?

Aqui não é meu quarto. A porta é aberta e uma senhora passa por ela com uma carrinha com café da manhã.

— Buongiorno! — Sorrio para ela, confusa. Ela retribui o sorriso.

— Come va? — Pergunta.

— Eu.... estou bem! — Respondo, ainda confusa.

Ela olha para mim e sorri.

— Você fala minha língua? — Pergunta.

— Falo sim! — Respondo, agradecida, enquanto ela coloca a bandeja na cabeceira ao lado da cama.

— Você está com fome? — Ela pergunta, observando-me atentamente.

— Ah... — Meu estômago ronca, coro e ela ri.

— Muito obrigada! — Agradeço, pegando a bandeja com sua ajuda, e começo a comer vorazmente. A senhora retira a bandeja quando termino e serve água em um copo, que me entrega.

— Onde nós estamos? — Pergunto, ainda um pouco atordoada.

Ela sorri enquanto coloca a bandeja na carrinha.

— Estamos na Itália, querida! Em Roma. — Ela diz, e meus olhos se arregalam. Como assim Itália? Como eu vim parar aqui?

— Vou sair, tem roupas limpas no banheiro! — Ela aponta para a porta no canto e sai do quarto, deixando-me sozinha.

Itália? Eu estava em Roma?

Será que Ares viajou comigo enquanto eu dormia?

Me levanto da cama e vou até o banheiro. Há um grande espelho na parede. Ainda estou com as mesmas roupas de ontem; tiro-as e as deixo em um balde no canto do banheiro. Entro no box e sinto a água fria relaxar meu corpo. Passo a mão na minha barriga. Não acredito que estou grávida.

Termino meu banho, enrolando a toalha em meu corpo. Há uma muda de roupa no vaso sanitário. Visto-a e me olho no espelho. É um vestido não muito justo, azul claro. Calço os sapatos e amarro meu cabelo em um coque frouxo. Abro a porta do banheiro e volto para a cama, que agora está arrumada.

— Vejo que já acordou! — Ouço uma voz próxima de mim e me assusto. Me viro para a janela, onde um homem alto, de cabelos loiros e olhos castanhos claros, sorri para mim.

— Dormiu bem? — Ele pergunta. Fico calada, observando-o se aproximar de mim. Meu coração acelera. Algo me diz que ele não é bom. Não é nada bom.

— Não fala, Ivy? — Ele diz, e minha surpresa aumenta. Como ele sabe meu nome?

— Rosa que estava contigo disse que você falava, e queria saber onde está! — Ele sorri, estendendo a mão para mim.

— Sou Luigi! — Ele diz. Meio hesitante, aperto a mão dele.

— Ivy Carter! — Respondo, e ele sorri ainda mais.

— Sei quem és! — Ele diz, passando a língua nos lábios. — E que és muito preciosa para alguém, que deve estar te procurando até nem um louco! — Ele ri. Sinto meu corpo tremer.

— Quem é você? O que quer de mim? — Falo, agora realmente assustada. Quem é esse homem?

— Me diz! — Quase grito. Ele ri alto, ou melhor, gargalha.

— Não precisa saber quem sou! — Ele se aproxima de mim, tocando meu queixo e olhando profundamente nos meus olhos. — Se ainda não fiz nenhum mal para você!

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