60-Capítulo

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ARES

Estamos no hotel. Ruby mexe no computador sem parar enquanto eu tento localizar a casa de Luigi de acordo com as descrições que me foram dadas mais cedo.

De repente recebo uma chamada de vídeo.

Era de um número desconhecido.

— Ruby? — A chamo, ela me olha com a sobrancelha erguida. — Estou recebendo uma ligação de vídeo! — Falo. Ela se levanta apressada, pega seus equipamentos, monta-os rapidamente e os conecta no meu computador.

— Atenda! — Ela diz e eu atendo. Meus olhos ficam raivosos assim que vejo o rosto vermelho de Ivy na tela, ela está sentada no chão, seus olhos verdes sem brilho algum, seus lábios secos e cabelos bagunçados. Leio seus lábios que chamam por mim.

— Como é lindo! — A voz de Luigi diz. — Uma pena que não podem se abraçar! — Fala. Isso me deixa com raiva, trinco o maxilar quando ele vira o computador para si. — Como estás, meu caro? — Pergunta com um sorriso sarcástico.

— Seu filho da puta! — Digo com raiva. — Eu vou te achar e te matar! — Digo sério.

— Enquanto isso não acontece, eu vou me divertir! — Diz e vejo ele mover a mão. Ouço o som de algo sendo atingido e um grito de Ivy. Ele sorri olhando para mim, meu coração se aperta. — Como está seu coração? — Pergunta e depois eu. — Deve estar doendo, nê? E que doa mais, porque é isso que vai acontecer com ela! — Fala e desliga. Jogo o computador na parede.

— Ache ele, Ruby! — Digo sério. — Vou matar aquele filho da mãe! — Atiro um vaso contra a parede. Ruby mexe no computador de forma apressada, pega o celular e liga para Daniel.

— Prepare os soldados. Já achei a casa de Luigi. — Fala e desliga. Ela olha para mim e acena. — Tudo está pronto! — Diz, levantando-se e saindo do quarto.

***

Jogo mais água fria contra meu rosto. Estava tudo pronto! Saio do banheiro vestindo uma camisa preta, coloco a jaqueta de couro também preta e pego minhas armas, facas escondidas bem nas minhas roupas. Abro a porta do meu quarto e vejo Ruby me esperando, ela também vestia roupas pretas, seu cabelo está amarrado em um rabo de cavalo alto. Caminhamos em silêncio até o elevador que se abre. Um casal de idosos nos olha estranho, mas ignoramos. O elevador chega à recepção e saímos sem falar com ninguém. Uma van para ao nosso lado, Ruby abre a porta e entramos

— Tudo pronto, Senhor! — Daniel diz, entregando-me o tablet onde a casa de Luigi estava localizada. Não era muito longe, mas a segurança era bem maior. — "Vamos seguir o plano?" — Pergunta.

— Seguiremos o plano sim! — Falo sério. Ruby abre uma maleta e tira de lá aparelhos de comunicação. Ela me entrega um fone de ouvido e eu o coloco. Estamos conectados uns aos outros. Carregamos as armas, certificando-nos de que estão carregadas e prontas.

— Estejam atentos e prontos! — Ruby fala pelo rádio, com mais seis carros e três vans atrás de nós. Estamos prontos para o que está por vir. — "Qualquer coisa, atirem!" — Diz séria e desliga o rádio, prendendo-o em seu cinto onde há uma bolsa para segurá-lo.

— Vamos acabar com ele, Ares! — Fala com um brilho estranho nos olhos. Ruby poderia ser simpática, mas em missões como essa, uma personalidade psicopata toma conta dela. E isso não é diferente para mim.

𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora