49-Capítulo

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ARES

— Bem-vindo! — Diz abrindo a porta de seu apartamento, Ruby franze a testa e entra comigo. — Sentem-se! — Indico o sofá.

— Tem notícias? — Ruby pergunta cruzando as pernas, seus braços estendidos no sofá. Essa garota é folgada.

— Mais que isso. — Fala acendendo o cigarro e tragando, soltando a fumaça lentamente. — Sua ex-esposa e o Luigi têm um caso... — Olha para mim. Travo meu maxilar, claro que eles têm algo, Luigi vai usar aquela vagabunda para tirar meu filho de mim. — ... E acho bom você manter sua esposa e filho em segurança, porque a qualquer momento eles podem agir quando menos esperas, Ares! Luigi pode ser bem esperto quando quer! — Fala, jogando o cigarro no cinzeiro.

— O que você sugere? — Pergunto.

— Que fiquemos de olho nele. — Diz sério. — Ele ainda não pensa em pisar aqui em Nova York, nem em sonhos faria isso. Estaria invadindo seu território, e você é um gângster sem paciência! — Ri baixinho e Ruby revira os olhos.

— Temos que estar preparados para tudo! — Fala séria. — A qualquer momento aquela vadia pode fazer qualquer coisa, pode até fazer mal a Ivy sem que nos percebamos! — Fecho os olhos com força. Só de imaginar os dedos imundos daquela mulher na minha esposa, me dá uma raiva desumana.

— Estarei em alerta. — Diz Fernández e me levanto com Ruby, caminhamos até a porta do apartamento e ele a abre. — Darei mais notícias! — Sorri ladino.

— Obrigado! — Digo e começo a caminhar para fora do prédio, onde estávamos. Vamos até o estacionamento onde meu carro estava, entro com Ruby e dirijo para o galpão.

— Temos mesmo que confiar nele? — Pergunta Ruby desconfiada.

— Ele é o único que está disposto a isso e também, tem alguns problemas para resolver com o próprio irmão! — Digo sorrindo. Ela mexe os ombros, olhando para o vidro do carro.

***

Chegamos no galpão sendo recebidos por Daniel.

— Senhor... — Ele se curva. Por que diabos ele está aqui e não verificando a segurança do meu filho e esposa?

— O que faz aqui? — Pergunto ríspido.

— Senhor, Joseph está cuidando da segurança deles, não se preocupe! — Fala nervoso olhando para Ruby como se pedisse ajuda.

— Hum... — Resmungo entrando no galpão com ele atrás de mim, mexendo em seu tablet. Posso ouvir gritos e mais gritos ao fundo, algumas portas estavam fechadas. Vou até meu escritório e me sento na cadeira de couro, sirvo o whisky no copo e dou um gole.

— O que aconteceu? — Pergunto.

— A polícia quase apanhou um dos nossos caminhões de cargas! — Fala mexendo no tablet. — Mas já está tudo resolvido, Senhor, alguns deles se meteram em confusão e acabaram parando aqui no galpão, o delegado já tem conhecimento disso e não se pronunciou. — Olha para mim.

— Ele sabe com quem está se metendo! — Sorri maldoso.

— Mais alguma coisa? — Pergunto e ele nega. — Pode sair! — Digo. Daniel sai da minha sala me deixando sozinho, bebo meu whisky tranquilamente.

Olho para o meu celular vendo as horas, são quase onze e meia da noite, tenho que voltar para casa. Quero estar perto do meu Sam e minha Ivy. Me levanto da cadeira, saio do escritório, me despeço de Ruby com um aceno simples e vou até o carro, dirigindo até casa.

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