Dizem que quando perdemos alguém, passamos por cinco estágios do luto.
1 — Negação:
• A negação é considerado o choque inicial, a reação de defesa. A morte representa a finitude do que é mais importante para todos nós, ou seja, a vida em si.
2 — Raiva:
• A raiva surge quando já não é mais possível negar o fato da perda, inicia-se um estado de mágoa intensa, revolta, inconformismo e ressentimento.
3 — Barganha:
• O estágio da barganha se caracteriza pela negociação, seja com a própria dor ou com uma força maior. Geralmente, a pessoa enlutada pensa em fazer promessas ao universo, a Deus ou a outros símbolos de crença.
4 — Depressão:
• Nesta fase, a pessoa já acumula sentimentos profundos de tristeza acompanhados de solidão e saudade. Estas emoções a debilitam em aspecto físico e emocional.
5 — Aceitação:
• O último estágio do luto não é quando não existe mais saudade ou dor, mas, sim, quando o sentimento se assossega e as respostas emocionais passam a ter mais paz e condições de seguir com a organização da vida.
No meu caso, todas essas etapas parecem estar emboladas em uma só, causando-me uma grande confusão de sentimentos e em minha mente só resta uma grande massa cinzenta. Uma simples palavra para resumir o que estou sentindo: vazio. Um grande vazio que vem acompanhado de uma dor insuportável. Eu queria que tudo isso não passasse de uma brincadeira de mau gosto… A cada segundo que se passa, a dor em meu peito aumenta, uma pressão incompreensível que parece me sufocar cada vez mais.
Eu estava sentado no chão de meu quarto com a cabeça baixa enquanto abraçava um travesseiro, tudo aqui me lembra ela, a sua essência doce ainda emana no local e tudo parece estar ficando cinza… É como se o meu mundo estivesse perdendo a cor, mas eu ainda não posso acreditar que ela morreu e tudo por minha culpa.
Não é justo…
A vida não é justa…
Olho para a estante que se encontrava a minha frente, meu olhar paira sobre a fita. Ainda não tive coragem de assisti-la, já se passaram doze horas desde que eu a encontrei e nem sequer a analisei. Suspiro em exasperação enquanto tentava liberar toda a minha frustração, estresse e medo… Como vou conseguir seguir daqui para frente?
Grande parte da minha vida havia um propósito, mesmo que eu tenha descobrido que a S/n não é minha filha, eu ainda queria protegê-la… Ela passou a ser o meu grande propósito e agora que ela se foi, o que eu vou fazer da minha vida?
Me levanto e caminho lentamente em direção a estante, com mãos trêmulas pego o objeto para olhá-lo. Após isso, saio de meu quarto seguindo para a minha grande sala que se encontrava ridiculamente vazia e sem ela aqui… Coloco a fita para assistir e me posiciono na frente da tv, após alguns poucos segundos a gravação se inicia, não pude deixar de chorar quando vi o seu rosto.
— Sabe que você é medíocre e cafona. Como espera que o Taehyung venha lhe salvar? — seus pés iam de encontro a barriga de S/n dando chutes violentos — Ele deve estar dando graças a Deus que você sumiu da vida dele.
— Não… V-você pode dizer isso… — S/n passa a vomitar sangue, a mesma aperta os seus olhos enquanto tentava conter a dor — Quantas vezes quiser, e-eu não ligo.
— Você sabe muito bem que ele poderia ter vindo atrás de você, desde o primeiro dia que você sumiu. — sua voz irritante soava com ironia e desprezo — Ele pode ter arrumado outra e muito melhor que você.
— Ele pode ter seus motivos para t-ter feito isso. — dita convicta e certa em sua resposta.
—Hum. Quem sabe? Você poderia muito bem se juntar a mim… — suspira pesadamente tentando conter um êxtase crescente em seu corpo — Vamos fazer um jogo, vou te soltar e se você conseguir sair por aquela porta estará livre para sempre.
As cenas a seguir mostrou S/n tentando lutar por sua vida, sinto o meu estômago se revirar no exato momento em que ela é atingida por trás com um pedaço de ferro em sua cabeça… Isso explica o tanto de sangue banhado no chão do local. Mas eu pude reconhecer a voz da pessoa, e mais uma vez estou aqui me culpando por tê-la metido em tudo isso. Como se fosse adiantar de alguma coisa na altura do campeonato.
Me levanto rapidamente e corro na direção do banheiro mais próximo, imediatamente coloco tudo para fora, minha cabeça estava totalmente avoada e doía… Quando este pesadelo vai acabar? Quando a S/n irá voltar para mim?
Jn: Taehyung, posso? — assinto logo voltando a abaixar a cabeça — Eu, acabei de chegar e vi… — Jin parecia estar tenso, em choque — Você poderia ter esperado eu e os meninos… Você não precisava passar por isso sozinho.
Tae: E-eu só… Quero que ela volte para mim. Eu estava fazendo de tudo para tê-la de volta, não vou suportar isso hyung. — meus olhos suplicavam por ajuda, minhas lágrimas escorriam com tamanha sinceridade — Essa dor, não passa e por quê? Por que ela não vai embora? Por que a S/n não volta para mim?
Quarenta e oito horas antes de entrarmos no local em que S/n era mantida refém, tentei fazer um acordo com Mi-suk, nós conversamos e chegamos a um acordo plausível. Era arriscado demais. Mesmo assim eu resolvi tentar, havia uma pequena chance da mulher me trair e foi o que aconteceu.
O meu grande medo, se tornou realidade… Tal realidade amarga que estou vivendo agora.
Ainda me resta duas opções…
Viver… Ou… Morrer.
Xx: Eu avisei que isso aconteceria, você é tão idiota. Sinceramente eu não sei como consegue ser o chefe de uma empresa, lidar com uma máfia e ainda cuidar daquela criança. — seus olhos cínicos se encontram aos meus — Ah, não, ela morreu, né? Um trabalho a menos para mim e para você.
Continua...
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Oi, oi pessoal!
Espero que estejam gostando da fic, eu estou me esforçando ao máximo para trazer capítulos bem elaborados para vocês.
Se estiverem gostando por favor comentem e deixem as suas estrelinhas, isso também me motiva a continuar trazendo novos capítulos para vocês.
Obrigada por ler até aqui!
Me perdoem se tiver algum erro ortográfico.
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Appa or Daddy? - {Parte 1}
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDO] Esses últimos meses eu tenho sentido algo diferente por ele, não toquei no assunto para tentar esquecer isso até porque... É errado, mas, os meus sentimentos não são mais os de uma filha. Talvez eu esteja falando besteira só que... Eu o...