🧩 - Capítulo 37 - 🧸

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Antes de contar para a omma o que de fato estava acontecendo entre mim e o appa, decidi esfriar um pouco a mente. Confesso que estava meio alterada e muito sensível, provavelmente por conta dos hormônios da gravidez.

Por incrível que pareça, a omma tem um quarto todo decorado e arrumado especialmente para mim […] o que me leva a questionar o porquê. Qual o real motivo? Será que ela se arrepende do passado? Bom, isso é o que vamos descobrir.

Eu estava aqui lembrando de algo intrigante… Um dia eu ouvi a seguinte expressão: “Quem gosta come bosta.”

Na época em que ouvi isso não entendia ao certo do que se tratava, mas agora sim, tudo faz sentido. Eu basicamente estou “cega de amor” por conta disso acabo aceitando menos do que deveria por achar que Kim Taehyung é o único que pode me amar e por ter ele como o meu tipo ideal.

Óbvio que isso não é verdade, eu apenas ignoro as pessoas a minha volta, um exemplo disso é o Jungkook que está disposto a tudo para ter o meu “amor.”

Exatamente tudo o que o appa faz, só dele respirar o meu coração acelera, as borboletas no estômago se fazem presentes e todas essas vezes que ele mentiu para mim me machucou profundamente. Só que é como eu havia dito antes, estou “cega” o suficiente e acabo aceitando menos do que deveria, acho que eu me encaixo perfeitamente no perfil de uma “mulher de malandro.”

Sinceramente, eu sou é burra, mas de nada adianta eu saber de tudo isso, mesmo assim vou continuar gostando dele. Talvez seja algo que nunca será correspondido e na mesma intensidade?

Sim…

Pelo que eu vejo só é recíproco da minha parte.

Pois é… quem gosta come bosta.

A atitude que o appa teve hoje, só reforçou o meu pensamento de que ele estava querendo me usar, talvez o meu corpo? Para ter sexo a hora que quisesse? Acho que sim, ele sabia que eu não resistiria a qualquer provocação.

Mas se era isso que ele queria, deixei o caminho limpo, agora ele pode levar qualquer puta para casa sem se preocupar comigo, enfim […].

Thaís: Filha, posso entrar? — pergunta dando leves batidas na porta.

S/n: Pode sim. — suspiro pesadamente — Eu estava aqui me perguntando, por que você deixou este quarto preparado para mim há tanto tempo? — encaro os seus lindos e brilhantes olhos castanhos — Naquele dia você disse que não me suportava e várias outras coisas…

Thaís: Eu sei e se vale de alguma coisa, eu me arrependo amargamente. — se senta ao meu lado — Eu não quero que você se sinta na obrigação de me perdoar, eu sei que a situação foi extremamente estressante e traumática.

S/n: Por que fez aquilo? — novamente eu já estava chorando de forma silenciosa — Por que disse aquelas coisas para mim? Omma eu te amava tanto…

Thaís: Eu sei, minha princesa… — ela coloca suas mãos em minhas bochechas passando o seu polegar para secar as minhas lágrimas — Eu sinto muito, eu não espero que você me perdoe, sei o quanto é difícil e você pode sentir ódio de mim. Não vou lhe privar deste sentimento.

S/n: Eu não te odeio, apenas sinto que estou quebrada por dentro […] sinceramente não sei mais o que sinto a respeito das situações e das pessoas.

Thaís: A verdade de tudo foi que eu tive medo, me senti insuficiente… — a mesma derramava algumas lágrimas — Eu tinha uma vida perfeita, um marido que me amava e que daria tudo para me ver feliz. Uma filha linda, perfeita e que também me amava muito… Eu passei a refletir sobre o meu passado e percebi que não merecia tudo aquilo, então ao invés de enfrentar os meus erros, eu fui covarde e fugi. — ela me envolve em um abraço — E depois comecei uma nova vida, construí outra família, tal família que está separada e é longe de ser perfeita… Eu fui covarde… Tola e não mereço nem ser chamada de mãe por você.

S/n: Não diga isso. — afago os seus cabelos.

Thaís: Era para você estar aqui desabafando comigo e foi ao contrário… — solta um pequeno riso tentando quebrar o clima melancólico — Vamos, agora me diga o que aflige o seu coraçãozinho e a sua mente.

S/n: Bom… Por onde começar? — por alguns instantes fico pensando enquanto dava um longo suspiro — Desde que você saiu das nossas vidas muitas coisas aconteceram, mas nada se compara com o caos que a minha vida está agora. Só não se assuste com o que eu vou falar, pode até me julgar, me repreender ou sei lá. Mas não diga à ninguém, por favor. — levanto o meu dedo mindinho — Tem que me prometer que isso ficará só entre a gente. — ela assente, cruzamos o dedo mindinho e juntamos o polegar em sinal de promessa — Okay… Um estrondo é emitido no andar de baixo da casa, ela arregala os olhos me encarando. A mesma se levanta apressadamente secando suas lágrimas e ajeitando as roupas logo levando o seu dedo indicador aos lábios indicando que era para manter o silêncio.

Thaís: Por favor, fique bem quietinha aqui, independente do que ouvir não desça… Eu só quero o seu bem. — antes de sair e fechar a porta ela me lança um sorriso na tentativa de me acalmar.

O que será que está acontecendo para ela agir assim?

Me aproximo da porta na tentativa de tentar ouvir algo, porém um silêncio estranho predominava no local. O que será?

Por que eu tenho que ser tão Maria fifi?

Alguns minutos se passam, algumas vozes ecoam pela escada, sinto um frio na barriga meu corpo estava completamente hesitante.

Thaís: Eu só quero te ajudar, por favor pare com isso. — ela dizia insistente — Você bebeu de novo, não é?

Xx: Caralho de mulher chata, eu bebi e muito e também aproveitei para satisfazer todos os meus desejos sexuais que você não é competente o suficiente para satisfazer. — a voz dele estava embargada por conta da bebida alcoólica e era totalmente irritante, um estalo foi emitido — Sua puta, quem te deu essa liberdade para me bater? — outro som foi emitido e era nítido que ele estava batendo nela.

Começo a chorar ao ouvir os sons aterrorizantes enquanto ele xingava ela. Agora eu vejo, a vida dela não é perfeita, ela sofre nas mãos dessa pessoa. A minha omma passou e passa por tanta coisa […] eu tenho que impedir, não posso permitir que ele continue fazendo isso senão vai acabar matando ela. Sem pensar duas vezes abro a porta do quarto, eles estavam no corredor, vejo ela caída no chão e esse homem que nunca vi na vida chutando ela… Corro na direção deles.

S/n: Para, você vai acabar matando ela. — eu estava em choque, a adrenalina em meu corpo estava a mil por hora — Por favor, para! — entro na frente sendo acertada por um chute que pegou bem na minha canela e porra… Doeu!

Thaís: S/n, eu falei para v-você… — a mesma tossia repetidas vezes — F-ficar no quarto.

S/n: Como ficar lá se eu estou presenciando a senhora ser molestada por esse ser? — olho para ele com fúria nos olhos, não posso fazer muita coisa, porém não posso deixar ele encostar mais um dedo nela.

O homem olha para mim, soltando um riso debochado, logo ele dá as costas se trancando em seu quarto, mas isso não vai ficar assim, terá vingança! Pego o meu celular ligando para o Namjoon que era o único que poderia me ajudar nesta situação. Passado alguns longos minutos ele chega e logo levamos a minha omma ao médico.

Ela fez alguns exames, o médico disse que ela já estava com alguns hematomas, provavelmente causados por outras brigas… Se me lembro bem aquele foi o homem que buscou ela em casa naquele dia.

Como ela aguentou isso por tantos anos?

Eu estou com pena dela…!?






























































Continua...

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Oi, oi pessoal!

Espero que estejam gostando da fic, eu estou me esforçando ao máximo para trazer capítulos bem elaborados para vocês.

Se estiverem gostando por favor comentem e deixem as suas estrelinhas, isso também me motiva a continuar trazendo novos capítulos para vocês.

Obrigada por ler até aqui!

Me perdoem se tiver algum erro ortográfico.

Appa or Daddy? - {Parte 1}Onde histórias criam vida. Descubra agora