Prólogo

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Amo ocês demais.
Prontos para sofrerem?
♥️Boa leitura ♥️
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Pete
Um ano antes

_ Amor cheguei, conseguir sair mais cedo para gente ir jantar naquele restaurante novo.

Digo essas palavras enquanto entro no meu quarto, mas os meus olhos não conseguem acreditar no que vejo a minha frente, meu marido que eu tanto amava estava deitado com o Paul que era a nossa barriga de aluguel, na nossa cama e os dois estavam nus, quando eles me olham eu já estou saindo de lá, paro na sala e sinto como se o meu corpo estivesse sendo partido ao meio enquanto tento não desmaiar ali e não consigo me mover, as vozes de ambos tentando explicar o que estava acontecendo e o que eles me diriam? Que a química entre eles simplesmente aconteceu? E que não houve como resistir? Eles eram um ômega e um alfa que não podia relutar a atração física entre ambos, sentimento que eu nunca entenderia por ser um simples beta?

Podia rir disso, mas olhando a barriga redondinha de Paul que carregava o meu filho, me fazia sentir as minhas pernas falharem e o que aconteceria algo? O bebê que ele carregava também era meu, ele era meu, todo o meu dinheiro estava ali e todos os meus sonhos de ser pai e de ter a minha família, já que não conseguia gerar um bebê.

Olho para o meu "marido" que era um verdadeiro escroto e poderia vomitar ali, sentindo nojo de tudo aquilo e digo.

_ Paul é a porra da nossa barriga de aluguel? Como pode fazer isso? Que merda você tinha na cabeça e o que vai acontecer quando o meu bebê nascer?

_ O bebê que o Paul espera não é seu, mas meu e dele – Ele confessa baixo como se tivesse medo da minha reação e esbravejo.

_ Foder com ele tudo bem, mas achar que vai levar o meu bebê embora, você não vai Sam, eu paguei por ele, eu comprei as coisinhas dele e sonhei com ele.

Ele não iria levar o meu filho de mim, não sem lutar e Paul diz palavras que me fazem segurar na parede para não cair.

_ Já estava grávido do Sam antes da inseminação e a doutora me inseminou com soro, porque eu pedi, me perdoe Pete. – Ele diz isso olhando para mim, como se eu fosse digno de pena, demoro alguns segundos para entender onde ele quer chegar? Todo mundo sabia que eu estava sendo feito de corno? Enquanto eu dobrava turnos para conseguir fazer o enxoval do meu bebê e montar o quarto do jeito que eu sonhava desde de que me casei, mas o bebê nem era meu? Me viro de costas colocando as mãos no rosto, sinto a dor me atravessar de um jeito que eu não imaginava.

Me sento na poltrona, sentindo que iria cair e coloco as minhas mãos no rosto sentindo as lágrima caindo e Sam diz depois de um tempo.

_ Queria te ter contado antes, mas você estava tão feliz que eu não tive coragem de contar, não queria que as coisas tivessem acontecidos, mas o Paul é o meu ômega.

_ Como tudo aconteceu? – Questiono sentindo a dor me possuir ao pronuncias essas palavras, mas precisava saber e ele responde.

_ Foi duas semanas antes da gente conhecer o Paul na clínica, ele estava na festa do Ed e senti uma atração e desejo por ele que não conseguir negar, quando percebi estávamos em um motel e foi uma coincidência do destino quando nos encontramos na clínica, tentei fugir do que sentia por ele, mas não conseguir negar que estava apaixonado e que ele era o meu ômega, assim como sou o alfa dele – Observo os olhares apaixonados entre ambos, como não percebi aquilo? Estava trabalhando demais e sendo feito de idiota pelo homem que amava e imagino que eles devem te rindo muito de mim, trinco os meus dentes, pego o meu celular, ligando o gravador e questiono olhando para o Paul.

_ Não entendo como a clinica autorizou você a ser a nossa barriga de aluguel, já que você estava grávido?

_ A Doutora Clary é minha tia e implorei para que ela adulterasse os exames e me inseminasse, queria continuar perto do Sam e sabia que era a única forma, ela me fez prometer que entregaria o bebê e que não sujaria o nome da clínica.

Rio sentindo que vou enlouquecer, Sam me olha preocupado, parecia que tinham me esfaqueado pelas costas e realmente foi isso mesmo, pergunto curioso.

_ Você iria entregar o bebê no final Paul?

_ Sam disse que iria dar um jeito e que assim que o bebê nascesse, iriamos ser uma família, só nós três.

Engulo em seco sentido o meu coração se quebrar de vez, como o velho ditado diz, a traição nunca vem do inimigo, mas sim de quem amamos e olho para o chão, desligo a gravação era o suficiente e digo baixinho me recusando a abrir mão da única coisa que me importava, que era o meu bebê.

_ Uma pena que você só vai ter uma família com o Sam e você pode ter outros filhos com ele.

_ Não ele é o meu bebê, não pode tira-lo de nós – Ele diz enquanto me olha e desligo a gravação e digo friamente.

_ Ele é meu Paul, você está sendo pago para gerar uma vida com gene de outras pessoas, meu e do Sam, entendo que seja difícil entender as palavras pequenas quando você estava preocupado demais com o escroto do meu marido enfiando pau no seu cu, mas daqui a três mês, eu irei assistir ao seu parto e levar o meu bebê pra casa, pode ficar com o ex marido como bônus.

_ Não, não por favor não – Ele implora enquanto Sam o segura, olho aquela cena sorrindo pela dor que eles sentiram e Sam tenta o acalmar, ele me olha com ódio e digo.

_ Não me olhe assim Sam, você me fez de idiota por sete meses, me fez acreditar que estava chegando o momento de ter o meu filho correndo pela casa e sabe quantos turnos eu tive que fazer para bancar esse sonho? Não sabe, porque você só queria foder o seu ômega e não vou deixar você levar o meu bebê com vocês, eu não posso e quero vocês dois fora daqui.

Ele não me responde e assisto enquanto ele e o Paul anda até os quartos pegando suas coisas, eles saem de lá com duas malas e observo que Paul segura um ursinho que eu comprei, ando até ele, pegando da mão dele e não digo nada, vejo quando eles saem da minha casa e me permito cair no chão abraçando o ursinho de pelúcia, não era justo comigo perder tudo assim.

Meu BetaOnde histórias criam vida. Descubra agora