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Pete

Olho para o contato da minha mãe que sempre foi a pessoa para quem eu corria quando as coisas ficavam complicadas e mesmo nos momentos onde eu me fechava ela sempre esteve lá por mim. Penso nisso enquanto ligo para ela, que me atende e me cumprimenta.

_Oi, filho, me ligando tão cedo para saber sobre o Noah?

_Como ele dormiu? Já acordou? Ele comeu? Chamou por mim? – Pergunto preocupado, era a primeira vez que Noah dormia longe de mim, desde que voltou para os meus braços e minha mãe afirma rindo.

_Calma, ele dormiu muito bem, a noite inteira. Está brincando com o seu pai e já tomou café. Ele come bem, e o Noah me lembra você quando era bebê, tão comilão e brincalhão, sempre animado e pronto para deixar os meus cabelos e o do seu pai brancos. – Mamãe suspira como se lembrasse da minha infância que foi muito boa e tive sorte de ter pais como eles.

_Sim, o Noah come muito bem. – Respondo feliz que tudo tinha corrido bem e peço.

_Pode traze-lo para mim? Vou voltar para casa daqui a pouco.

_Aconteceu alguma coisa? – pergunta, preocupada.

Ando ao redor do quarto, respiro fundo antes de começar a compartilhar a confusão que tomava conta de mim.

_Descobri que o Victor estava me espionando desde de quando nos conhecemos, que ele me ajudou em processos, mãe. Por isso, decidi voltar para casa e dar um tempo, quero pensar nas coisas com clareza.

Ela suspira do outro lado da linha e afirma.

_Pete, eu entendo seu posicionamento e estou do seu lado, no que você decidir e a sua felicidade é tudo o que eu quero.

_Eu sei, mãe e agradeço por isso. – Agradeço, minha mãe me apoiaria em tudo, ela comenta.

_Mas acredito que o Victor, só quis saber mais sobre a sua vida e ajudá-lo de alguma forma. Ele te ver como companheiro dele, é normal que ele queria saber sobre você e cuidar para que tudo fosse bom para você, filho.

Ela era a segunda pessoa, que me falava sobre isso e inegavelmente sabia que era a realidade, Victor era um alfa lúpus que me tinha como seu companheiro e esse cuidado dele, era algo normal. Mas mesmo assim, precisava de um tempo.

_Mas mãe, isso foi como uma invasão de privacidade, e sei que ele nunca usaria nenhuma informação contra mim, mas é estranho alguém sempre está à frente da sua vida. Mesmo amando o Victor, preciso pensar e respirar, tenho medo que os meus medos me sabote, mãe e que eu faça essa situação ser maior do que é.

Desabafo, porque sinto medo de culpar o Victor, por algo que ele não fez e temia que os meus medos e paranoias me sufocasse, ao ponto de respingar sobre ele e mesmo entendendo que ele era o meu companheiro, que não me abandonaria, tinha medo de estragar tudo por conta do meu passado. Minha mãe me aconselha e sinto como se ela estivesse ao meu lado.

_O perdão é uma virtude, filho e você precisa se perdoar e entendo seu medo, mas às vezes, as pessoas cometem erros movidas por boas intenções. Vale a pena refletir sobre isso e lembre-se que o Victor não é o Sam, ele é um bom homem, que ama a você e ao filho de vocês com todo o coração dele, e faria qualquer coisa por você. Não deixe seu medo, te derrubar.

Fiquei pensativo, pensando nas palavras da minha mãe e aviso.

_Prometo que vou pensar sobre isso.

_Pense sim e se precisar de algo estou aqui. A doutora Sydney Von Demberg, é uma ótima psicóloga e posso te passar o contato dela.

Mamãe já havia comentado sobre a doutora Sydney, mas sempre ignorei isso, porque não queria me expor mais do que me expus na época do meu divórcio, mas talvez fosse a hora de procurar ajuda e peço.

_Pode marcar um horário para mim, com ela?

_Vou marcar e te mando as informações. – Ela avisa e antes que eu diga algo, escuto a voz infantil, mas fofa me chamando.

_Papaii, voovó, papai...

Sorrio e quero pegar o meu garotinho no colo e beijar seu rosto, enquanto ele rir desesperado e minha mãe avisa.

_ Alguém quer dar oi. Vou colocar no viva voz.

_Oie filho, papai está com saudade.

_Papai, papaaii. – Me chama e me declaro, sentindo meus olhos encherem de lágrimas.

_Eu te amo tanto, meu neném e venha logo para casa.

Noah estava animado, balbuciando palavras incompreensíveis e minha mãe me avisa.

_Chegamos aí em uma hora.

_Certo e não tente sequestrar meu filho. – Brinco e minha mãe afirma.

_Vic e eu faremos isso em breve.

Rio e desligo a ligação, não duvidaria que elas fizessem isso. Tomo um banho e me arrumo, arrumo as malas e deixo as coisas de Noah prontas para quando ele chegasse, iria troca-lo e iriamos para casa.

Saio do quarto e ando em direção a sala, Victor está no celular aparentemente numa chamada de vídeo e o observo de longe conversando com alguém ao telefone, como se fosse um chamado silencioso, ele me olha e avisa.

_Tenho que ir agora.

Desliga a chamada e anda na minha direção, explica.

_Liguei para o Stefano e ele confirmou a história dele com o Luca.

Isso me surpreendia muito e questiono curioso.

_Uau isso me surpreende. E aí?

_Senta que eu te explico, amor. – Pede e me sento no sofá, Victor se senta ao meu lado e conta, enquanto segura a minha mão.

_Eles tiveram uma noite, mas não passou disso. Meu tio não quer se envolver, por conta da Laura, a esposa falecida dele, ela era uma grande mulher e agora ele quer apenas uma relação casual com o Luca, ele teme perde-lo como aconteceu antes e entendo o lado dele.

_Bom eu entendo que ele não queria se envolver, mas não é justo ele ficar no caminho do Luca, se vai ser apenas sexo e já que o Luca não quer só isso, ele merece ser amado e ter a família dele, não viver em uma meia relação. – Defendo Luca, porque não é justo com ele e queria que o meu amigo fosse feliz, ele merecia tanto isso.

_O Luca é o companheiro do Stefano, estava com ele no exato momento em que ele sentiu o cheiro e se ligou a ele, mas ele vai suprimir esses sentimentos por medo de sofrer de novo e sei que é injusto com o Luca, mas é complicado para os dois lados. – Me explica e não tenho tempo para pensar sobre isso, já que a porta se abre e vejo a minha mãe ali com a minha bolinha de amor. Me levanto e digo, estendendo os braços.

_Filho.

O pego no colo, beijo seu rosto e sinto o seu cheiro de bebê que é maravilhoso e o toco, tendo a certeza que ele está ali, ele me beija babado e diz.

_Papaaaaa...

Chama o Victor, que se aproxima e o pega no colo, aquele pequeno traidor, beija o rosto dele e Victor retribui os beijos, observo o quão adorável eles são. Victor me encara e avisa.

_Vou arruma-lo para a viagem, amor.

_Obrigado. – Agradeço e escuto os dois conversando, enquanto anda para o quarto e minha mãe me encara e diz.

_Entreguei meu netinho, mesmo sem querer e seu pai está me esperando lá fora.

_Certo e obrigado por cuidar dele.

_Sempre que precisar, filho. – Minha mãe se aproxima e beija o meu rosto, me encara me analisando e se afasta, me avisa.

_Tenho que ir e boa viagem de volta.

_Obrigado mãe, por tudo.

Ela sorri e fico olhando enquanto ela vai embora, fico ali parado por um tempo, pensando nas palavras dela de mais cedo e os meus pensamentos me levam a certeza de que preciso conversar com uma profissional.

Meu BetaOnde histórias criam vida. Descubra agora