Ternos iguais

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Amo ocês demais.
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Pete

Fico observando com um sorriso no rosto a interação do Noah com o Victor, eles tinham uma conexão e uma grande semelhança na aparência, talvez o doador de sêmen tenha as características parecidas com ele, era uma base para o futuro e pensava na possibilidade de ir a clinica tentar descobrir quem era o doador, mas a doutora Clary era uma mulher muito ardilosa e que tinha mentiras prontas para dar e vender, respiro fundo focando na festa ou perderia toda alegria de esta ali.

Olho para o meu lado, observando Victor brincando e conversando com o Noah que rir para ele em resposta, o chamando de papa e aquela era a primeira palavra dele, que deveria ser para mim, mas foi o Victor que a recebeu, inegavelmente estava com ciúmes do meu bebê e me sentia traído, mas havia uma outra parte que estava feliz com aquilo, parecia como os meus sonhos onde eu estava com um marido que me amava e que era um pai babão para o nosso bebê, estava se realizando mesmo que Victor não fosse pai ou meu marido, no meu íntimo eu gostava do que via ali, a minha atenção é atraída quando vejo minha mãe e Victoria, nossas famílias estão sentadas na mesma mesa, elas estão sorrindo cúmplices para mim e para os meus acompanhantes e já esperava por comentários sobre o Victor está com o Noah nos braços, olho para ele percebendo com mais cuidado percebendo que os nossos ternos são iguais e pergunto, apenas para ter certeza de que elas aprontaram.

_Victor, onde comprou seu terno?

_ Minha mãe mandou para mim, porque? – Ele responde me olhando sem entender a pergunta, faço um gesto sutil para que ele olhe o meu terno e o de Noah, ele comenta rindo, quando finalmente percebe depois de ficar me olhando por um tempo.

_ Então elas querem nos fazer parecer ser uma família?

_ Sim, elas querem e não me assustaria se essa festa na verdade fosse uma festa de casamento, se for espero que a sua resposta seja um grande sim e que tenha votos fofos para me dizer. – Brinco com ele, que coloca a mão livre nas minhas costas, me puxando para mais perto e responde intenso demais para ser apenas uma brincadeira.

_ Não tenha dúvidas que você já tem o meu sim e até mesmo os votos decorados, é só decidir me aceitar na sua vida e faremos o casamento do século, amor.

Arrepio era a primeira vez que Victor me chamava de amor, ele estava me balançando demais e ele estava lindo pra cacete naquela festa e ter o Noah nos seus braços o tornava o tipo ideal de 10 entre 10 homens ou mulheres solteiros.

_ Não dar para brincar com você, Victor – Digo em rendição e ele comenta.

_ Qualquer oportunidade, eu tenho que deixar claro o quanto quero você Pete e o meu amigão aqui concorda comigo, não é? – Ele diz olhando para Noah que sorri com as bochechas coradas, os olhinhos brilhando de uma felicidade infantil e ele balbucia, como se estivesse realmente concordando com o Victor.

_ Papa, papa.

_ Você é o traidor do papai, Noah – O fuzilo com os olhos recebendo uma risadinha fofa, como resistir? E pergunto quando estamos a um passo de encontrar as nossas casamenteiras.

_ Preparado?

_ Eu nasci pronto para isso – Sinto um aperto nas minhas costas, me viro para ele, estávamos próximos demais e balanço a cabeça sem dizer nada, olhando para ele e Victor me olha como se eu fosse uma preciosidade e minha mãe diz, nos trazendo a realidade.

_ Boa noite queridos, como estão? O meu neto está tão lindo, vem com a vovó para que eu possa te mostrar para o mundo – Ela diz enquanto tenta pegar o Noah, que se agarra no Victor e grita alto para que todos da mesa escutem.

_ PAPA, PAPA.

Os olhares se viram para nós me fazem ver que aquela festa teria uma rede de fofocas sobre nós, respiro devagar, tentando não pegar Noah e ir embora dali, o mais rápido possível, a um ano atrás eu fui motivo de fofocas e piadas, mesmo sem escuta-las eu sabia o que aquelas pessoas falavam sobre mim e meu casamento fracassado, agora eles vão comentar que estou com o Victor e que ele é o novo pai do meu filho, como eu odiava essas pessoas fofoqueiras e patéticas. Explico olhando para minha mãe que me olha confusa, tento amenizar o clima.

_ Ele se apegou rápido ao Victor.

_ Já esta até o chamando de papai? O meu netinho sabe das coisas.

_ Mãe, não aqui – A repreendo não que adiantasse em nada e ela responde, sorrateira.

_ Ok, mas vocês estão muito bonitos com o terno igual, que coincidência e vamos fazer algumas fotos.

Não preciso olhar para o lado para saber que Victor esta concordando com tudo que mamãe diz e comento, a alfinetando.

_ Essa coincidência tem o seu nome e o da Victoria, mas irei ignorar por ora.

_ Filho aproveite a festa, você merece se divertir, o fotografo tirara algumas fotos de vocês pelo salão. – Mamãe diz isso sorrindo, volta a se sentar ao lado da Victoria, cumprimentamos as pessoas da mesa e digo disfarçadamente para o Victor quando nos sentamos.

_ Vou pega-lo do seu colo daqui a pouco, me desculpe por isso.

_ Não se preocupe, eu realmente não me importo de ser o carregador oficial do meu amigão e fique tranquilo Pete quanto a isso.

_ Obrigado – Agradeço fazendo um carinho no Noah que está sentado no colo do Victor, todo comportado com o seu sorriso banguela que consegue dobrar o mundo aos seus pés, Victor segura a minha mão e diz sacana.

_ Pode me agradecer dançando comigo mais tarde.

_ Dançar? Eu sou péssimo nisso.

_ Não se preocupe, eu sou um ótimo professor – Ele pisca os olhos, totalmente convencido e sorrio divertido, parecia que estávamos presos na nossa própria bolha e peço olhando para ele.

_ Seria muito abuso pedir para você ficar com o Noah por alguns minutos enquanto vou na cozinha ver como está tudo? Sei que estou aqui como convidado, mas preciso dar uma conferida rápida.

_ Vai lá, nos vamos sobreviver e Noah é o meu segurança que impede que as pessoas se aproximem de mim, então não se preocupe conosco.

_ Eu já volto, meninos – Sorrio para eles e parecia que eu estava nas nuvens vivendo esse companheirismo com o Victor, só precisava manter os pés no chão e tudo daria certo.

Meu BetaOnde histórias criam vida. Descubra agora