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PeteUm mês depois
Ter voltado para o meu apartamento depois dos acontecimentos ali, não tinha sido uma ideia agradável ou fácil e mesmo que eu tivesse o apoio das pessoas mais importantes da minha vida, a minha mente insistia em me pregar peças e me fazer reviver cenas que eu queria esquecer.
Suspiro e me ajoelho no chão do meu apartamento, rodeado por caixas e sacos de lixo, os vestígios do que foi minha vida antes do incidente com Sam, estava ali e se fosse sincero ainda conseguia ouvir o barulho dos tiros e a voz dele gritando e no último mês a minha equipe de advogados tinha cuidado do caso de Sam e pelo que tinha entendido ele podia pegar até 15 anos de pena e isso era muito tempo, mas era o caminho que ele tinha procurado para si mesmo e só sentia pena dos pais dele, mas não iria facilitar a vida dele e ele que pagasse pelos seus crimes.
Fico perdido em pensamentos e sinto uma leve brisa passar pela janela entreaberta, trazendo a certeza de que estou fazendo certo em abrir mão daquele lugar e com o dinheiro da venda do apartamento iria procurar algo maior e mesmo que eu soubesse que Victor iria se opor a ideia de que morássemos longe um do outro, a ideia de nos afastar seria ruim, e por isso olharia casas sem pretensão por ora.
Me levanto e pego um porta-retrato com uma foto de Noah e eu, foi a nossa primeira foto juntos quando ele finalmente veio para os meus braços e tinha acontecido tanta coisa nesse meio tempo, sorrio e me sentia feliz de ter o meu bebê comigo e o Victor que era um pai babão e amoroso, era mais do que eu tinha pedido e era perfeito.
Sorrio e balanço a cabeça e embalo a foto com plástico bolha para evitar que quebrasse, iria levar as minhas coisas e as de Noah para a mansão, olho ao redor e iria me desfazer de toda a mobília e pensei em vender, mas não queria ter que me preocupar com toda a burocracia que haveria e decidi que doaria tudo para uma instituição de caridade, sabia que seria muito bem aproveitado, guardo a foto na caixa destinada a porta retratos e tinha muitos espalhados pela casa, e o que eu podia fazer? Noah era fotogênico demais.
E ainda havia as milhares de fotos na mansão, com os seus corredores amplos e jardins exuberantes, área infantil onde Noah passava a maioria do dia, brincando e rindo. E admita que ali era o lugar perfeito para criar a nossa família, mas havia alguma coisa que me fazia ter um pé atrás com essa mudança definitiva e me detestava por ser desconfiado e não ceder a essa mudança, sei que Victor iria se chatear com a minha ideia de procurar outra casa, mas era impossível que eu encontrasse um lar como tinha na mansão, assisti-lo cuidando e brincando com o nosso filho, fazia o meu coração se aquecer e se encher de mais amor se possível. Noah ria e balbuciava as palavras que ele aprendia do seu jeito, e me sentia realizado em ouvir e ver o seu crescimento. Os meus pensamentos são interrompidos quando escuto a porta se abrir e escuto o chamado de Victor.
_ Amor?
_ Estou aqui na sala, vida. – Aviso e ele vem até mim com Noah em seus braços, que olha ao redor curioso e sorrio ao vê-lo e brinco.
_ Os meus ajudantes vieram ajudar o papai? E estão atrasados.
_ Diga ao papai que tivemos uma emergência com uma super fralda – Victor revela, enquanto se senta ao meu lado no chão e coloca Noah, sentado no chão que logo começa a engatinhar pelo ambiente e ele já estava dando os primeiros passos pelos lugares, daqui uns dias eu não conseguiria mais mantê-lo quieto, sorrio e Victor questiona, enquanto segura a minha mão.
_ Como você está, amor?
_ Estou lidando com isso, nunca pensei que iria me desfazer do lugar que eu tanto almejei ter e mesmo sabendo que é a decisão certa, ainda é difícil. Porem já tem alguns potencias clientes para comprar e vou deixar tudo com a corretora, so espero que as pessoas que vierem morar aqui, sejam felizes. – Sorrio ao dizer essas palavras que eram sinceras, Victor assente, o seu olhar compreensivo fixo em mim e afirma.
_ Eu entendo, amor e só quero que você saiba que não há pressão, que você não precisa fazer nada agora, se não quiser e que você e Noah são as minhas prioridades, e quero se sintam confortáveis onde quer que estejam e que seja de preferencia na nossa casa. – Sorri e sorrio junto, ele não desistiria fácil da ideia de que nos mudássemos permanentemente para a mansão e me justifico.
_ Vida eu sei que você quer que eu aceite e me mude de vez para a mansão, mas eu ainda sinto que não é o momento e por isso, vou procurar casas e apartamentos para comprar.
_ Sabe que te entendo e sei como abrir mão desse lugar é difícil para você, amor, mas eu não vou desistir da ideia de te fazer mudar de ideia e aceitar morar de vez comigo, mas acredite em mim eu tenho algumas cartas na manga. – Sorri enigmático e cruzo os braços curioso, e questiono.
_ Essas cartas mangas na mão, por acaso são um mini garotinho loiro e de olhos azuis, que ama os dois papais juntos?
_ Não irei revelar isso, nem soube tortura, amor. – Nega com um sorriso e insisto sorrindo.
_ Não vai?
_ Jamais. – Nega e me levanto de onde estou, me sento no seu colo e beijo seu rosto e ele reclama, enquanto fecha os olhos.
_ Sabe que é injusto, amor.
_ Não é não. E cada um joga com as cartas que tem!
Beijo seus lábios e Victor segura na minha nuca, mordo seus lábios e ele rir, chupa a minha língua, antes de deixar que eu sinta sua língua tocando a minha e me tomar o oxigênio, sorrio e pergunto ao me afastar.
_ Qual é a sua carta?
_ O Noah, a nossa família e isso aqui...
Olho para baixo sem entender e vejo que ele pega uma caixinha de alianças do bolso, caio para trás surpreso e Victor afirma.
_ Não consigo esperar para finalmente ter você como meu marido.
_ Victor... – As palavras falham na minha mente e não consigo dizer mais nada, não esperava que isso acontecesse agora, antes que ele possa dizer algo Noah começa a chorar, Victor se levanta rapidamente para ir até ele, faço o mesmo e encontramos o nosso garotinho sentado em frente a porta do banheiro e ele balbucia.
_ Papa abeee.
_ Filho é o banheiro.
_ Abeee... – Insiste e abro a porta, ele para de chorar rapidamente, engatinhando para dentro olhando tudo de forma curiosa, Victor me abraça por trás e sorrio para ele que sussurra.
_ Casa comigo?
_ Sim, eu caso.
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Meu Beta
RandomMe chamo Pete Prethik, sou um beta e tenho trinta e dois anos e sou dono de uma empresa de limpeza e organização que é famosa, A Prethik Limpezas. Era casado com o homem da minha vida Sam Hughes, Sam é um alfa com quem dividia a vida a oito anos, no...