5.5
Eu não sei o porquê quis ajudá-la essa noite.
E para falar a verdade gostei do tempo com ela, Karol não é uma patricinha, bem ela é mas não como as outras que eu conheço.Abro os olhos e me viro no sofá a luz do sol está entrando na sala, olho a hora são onze e meia, empurro a coberta e me ergo a porta do quarto está aberta.
Levanto e não vejo as botas de Karol, entro no quarto e a cama está arrumada, com os lençóis limpos posso ver porque os de ontem estão no canto dentro de uma sacola com a escrita direto para máquina e coloque máscara antes de tocar. Sorrio.
Saiu do quarto e vou para cozinha, na porta da geladeira tem um papel preso por um ímã que eu nem sabia de sua existência, é uma moto.- Obrigado pela fuga bonitão, já sei onde me refugiar quando resolver escapar pelas próximas vezes.
Sua melhor amiga Karol.
- Melhor amiga, acho que estou ficando maluco.Saiu de casa para ir trabalhar, tiro as chaves da moto do casaco, colocando o capacete.
- Ruggero Pasquarelli. Me viro e dois policiais se aproximam percebo que tem mais quatro deles em uma certa distância tiro o capacete.
- Você está preso.
- O que? Eles me viram de costa e colocam algemas prendendo meus braços.
- O que está acontecendo?
- Você tem direito de permanecer em silêncio até chegar a delegacia, e terá direito a um advogado.
- Como assim? Porque estou sendo preso, eu não fiz nada.
- Você vai ter muito que explicar. Eles me colocam na viatura e rápido estamos entrando na delegacia, me fazem sentar em uma cadeira.
- Bom dia senhor Pasquarelli.
- Bom dia senhor, porque estou sendo preso, eu não fiz nada, estava indo trabalhar.
- Onde o senhor trabalha?
- No café do Brooklin.
- Certo, senhor você está aqui por conta de uma denuncia, ontem por volta da meia noite onde estava?
- Eu estava saindo de um trabalho, sou barmem trabalhei em um evento em Manhattan sul.
- Esse evento era na casa do senhor Bernardo Sevilla.
- Sim, o que está acontecendo?
- A neta do senhor Sevilla sumiu, e foi vista saindo na sua moto, eles estão o acusando de sequestro, o que tem a dizer?
- Ela estava na minha moto, mas por livre espontânea vontade, eu não a forcei em momento algum.
- Qual a sua ligação com a neta dos Sevilla.
- Eu a conheço é uma amiga.
- O senhor Sevilla alega que ela não tem amigos principalmente do Brooklin e querem saber onde ela está?
- Eu não sei, ela dormiu na minha casa e hoje de manhã foi embora, não sei onde pode ter ido.
- O senhor não pensou em ligar para ela?
- Eu não tenho seu número.
- Como pode ser amigo da senhorita se nem o número dela você tem, nós vamos mantê-lo aqui, quem sabe algumas horas não te façam falar.
- Eu não sequestrei a Karol eu jamais faria isso.
- Então onde ela está?
- Eu não sei. Ele aponta para um guarda que me puxa para cima com força e o outro ajuda a me arrastar da sala.
Ele abre a algema e me empurra para uma cela.
Eu fico ali em silêncio tentando entender o que está acontecendo.
Eu levei Karol comigo para minha casa, mas o seu avô acha que eu a sequestrei, e agora Karol sumiu que diabos como vou provar que não tenho nada com isso.Não sei quanto tempo passou, só lembro que tenho direito a um telefonema e levanto do banco chamando o guarda.
- Eu tenho direito a um telefonema não tenho?
- Sim, vou falar com o delegado. Vinte minutos depois ele volta e abre a cela para mim, me algema novamente e caminhamos até uma outra sala onde tem vários telefones.
- Cinco minutos. Assinto e pego o telefone.
Só ligo para Sebas e informo o que está acontecendo, ele avisa que está vindo me ajudar e eu agradeço porque não sei a quem recorrer, não posso preocupar Carolina.
Volto para cela e me sento no banquinho.
Um tempo depois o delegado aparece.
- Então senhor Pasquarelli tem algo para me contar.
- Eu já falei tudo o que eu sabia, eu não sequestrei ninguém.
- Você foi o último a vê-la, tudo se volta para você, a família dela tem muito dinheiro, vai passar muito tempo na cadeia pense bem.
Eu odeio esses riquinhos que acham que podem governar o mundo só porque tem dinheiro.
Me viro esfregando as mãos no rosto.
Não tenho ideia de que horas são, eu não tenho uma bombinha comigo nem anti alérgicos e espero não precisar deles.
- Ruggero. Sebastian me chama do outro lado das grades e me aproximo.
- Eu falei com o delegado e eles tão negando fiança, você não tem ideia de onde ela está agora?
- Não, ela me deixou um bilhete na porta da geladeira é tudo que tenho, porra Sebas como vou provar que não fui eu.
- Calma amigo eu vou ligar para a loira, ela deve ajudar.
- Valentina, como não pensei antes é a única que pode achar a Karol.
- Me dê alguns minutos, vou tentar falar com ela ok, você precisa de alguma coisa?
- Minha bombinha, eu não tenho ela comigo, eles ficaram com as minhas coisas.
- Eu vou explicar para o delegado. Ele sai e as horas vão passando e já vou ficando tenso, as mãos começam a suar.
Encosto a cabeça e controlo a minha respiração, é quando escuto a voz dela.
- Vamos pode solta-lo, que palhaçada isso aqui não é circo meu filho.
- Senhorita Sevilla devo lembrá-la que foi o seu avô quem fez a denuncia.
- E eu estou a qui para retirá-la, onde já se viu sequestro, dele eu até entendo que já está velho mas o senhor, onde conseguiu seu diploma delegado.
- Olha como fala comigo mocinha.
- Karol não dificulta as coisas.
- Eu tio, eles prendem o Ruggero por algo que não aconteceu e eu sou errada inacreditável.
- Ruggeroooo. Fico em pé e abrem as grades.
- Venha meu rapaz você está livre, a mocinha apareceu.
- Eu não estava sumida. Ela olha para mim e se aproxima, põe as duas mãos no meu rosto.
- Você está bem? Seu olhar é de puro desespero e preocupação. Uma lágrima chega a cair dos seus olhos, só balanço a cabeça que sim.
- Eu sinto muito, me desculpa por tudo isso. Só puxo ela para os meus braços.
- Está tudo bem. Aliso seu cabelo enquanto ela chora, e me pergunto que porra foi que aconteceu que eu me tornei amigo de uma patricinha e ainda vim parar na cadeia.
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O Depois
FanfictionEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...