Parte 13

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Deixamos a delegacia e a ficha ainda não tinha caído, eu realmente fui preso por algo que não fiz.
Por conta de gente rica e mesquinha que presume as coisas e fazem injustiças o que me fez lembrar da minha mãe.
Depois que ela morreu um senhor veio me procurar no cemitério para me entregar um cheque.
Segundo ele era por conta do acidente, alguém estava me dando dinheiro para compensar a morte da minha mãe, já que  o motorista, não se fez ver, era alguém jovem, e rico ou seja estavam tentando me comprar, nenhum dinheiro no mundo me daria minha mãe de volta então eu simplesmente amassei e devolvi.
Sei que meu mundo caiu depois dali.
Eu não sabia o que fazer e perdi o rumo até encontrar Agustín.
Se ele não tivesse aparecido, talvez eu não estivesse aqui hoje.

Quando Sebastian me deixou em casa, foi que a ficha caiu e o psicológico também, por sorte consegui controlar a mente para que a minha asma não fosse coisa da minha cabeça.
Não consegui dormir nada a noite e pedir mais um dia a Sebas eu precisava dormir e quando Carolina me ligou falando que a médica me passaria os calmantes fui direto para o hospital, acabei encontrando a médica que me atendeu em outra ocasião.

Cheguei no bar depois do almoço e ajudei com as contas.
- Ei as garotas estiveram aqui hoje. Sebas aparece na porta de seu escritório. E franzo o cenho.
- A Karol e a loira, perguntaram por você a morena ficou preocupada. Assinto e mostro a ele as planilhas.
- Nem sei como isso aqui funcionária sem você cara. Dou risada.
- Você daria conta sem mim.
- Tire o dia amanhã.
- Porque?
- Preciso de você descansado na sexta, vamos abrir a noite. Um sorriso cresce em meu lábios.
- Quero você aqui depois do almoço.
- Conta comigo. Deixo Sebas e ajudo o pessoal a fechar, a ideia de abrir o bar a noite era já algo antigo e ele estava se preparando, se a coisa for boa abriremos todos os fins de semana.

Estava jogado na frente da tv, quando lembro que Karol perguntou por mim, alcanço o telefone na mesinha e procuro seu contato.
- Soube que me procurou hoje "amiga" espero que esteja tudo bem.
Seu amigo bonitão. Apertei enviar e ela imediatamente respondeu.
- Ei bonitão, fiquei preocupada você está bem?
- Estou, ganhei um dia de folga, volto ao trabalho amanhã. Ela volta a escrever e pergunta.
- O que está fazendo?
- Vendo tv.
- Certo.
- ???. Ela não responde e eu deixo o telefone de lado e resolvo tomar banho.

Estou vestindo uma camiseta quando o telefone toca, vejo o nome dela na tela e um sorriso brinca em meus lábios.

-Você não dormiu não é?
- Não.
- Isso é bom.
- Porque?
- Gata Selvagem. Escuto.
- Gata Selvagem? Questiono.
- Estou na sua porta bonitão. Olho para a porta fechada e me aproximo abrindo e ela está ali, falando algo com a vizinha.
- Olá, espero que seu gato não esteja fazendo visitas.
- Até mais gatinha.
- Até mais vizinha.
- A que devo a honra patricinha ou devo chamar de gata selvagem?
- Bem esses apelidos vieram de você, de qualquer maneira estava entediada e queria companhia.
- Bem se você me garantir que amanhã não vai ter o FBI na minha porta. Brinco mas espero realmente que não tenha polícia aqui amanhã, então ela levanta a sacola e vejo o sorvete.
- Sorvete.
- Porra não acredito que me ganhou pela barriga. Ela rir me contagiando e pego sua mão fazendo ela entrar.
Depois de comer nos sentamos no sofá com o sorvete e um filme passava na tv.
- Fiquei preocupada você não apareceu e nem deu sinal de vida. Ela faz bico levando a colher a boca.
- Isso é sério? Questiono.
- Sou sua melhor amiga como não pode ser sério. Dou risada.
- Ainda estou me perguntando como isso aconteceu? Aponto para ela na minha casa.
- Nem vem me deixou entrar agora não saiu mais.
- Você está carente ou é impressão minha. Ela sorrir.
- Eu disse que sou a melhor amiga que você poderia ter.
- Certo melhor amiga... Eu não fechei o olho a noite inteira, fiquei quebrado para ir trabalhar cedo. Ela suspira.
- A culpa é minha eu deveria ter vindo ficar com você era o mínimo que poderia fazer.
- Não você deveria ir pra casa, afinal o presidente dos Estados Unidos estava lhe caçando. Ela revira os olhos.
- Estou tão furiosa com ele.
- Ei, não pode ficar assim, eu não fiquei dentro por muito tempo e já passou da uma aliviada com seu avô. Ela sorrir mas não tem alegria e nem brilho, sua marca registrada.
- Você não tem ideia do que ele aprontou comigo, eu deveria odia-lo.
- Foi tão ruim assim?
- Está pronto para minha novela?
- Espere vamos precisar de álcool para isso.
- Prontinho. Entrego uma bebida a ela.
- Você sabe quem é o meu avô, e também sabe que minha família tem a rede de hospitais. Faço que sim.
- Eu herdei as ações do meu pai, e como sou a única neta presente seria natural que assumisse a presidência agora.
- Mas parece que isso não aconteceu?
- Não, eu me preparei para isso, eu sempre quis isso na verdade, estudei muito e me dediquei ao máximo, mas além das regras descabidas e dinosaaurescas que aquele lugar tem, eu tenho um avô machista e ditador. Entao ela fala toda a sua história de como se dedicou a cada detalhe do seu projeto e como foi roubado de suas mãos por alguém que...
- Espere o cara que você iria esmagar as bolas é o disgracado que fez isso com você? Ela bufa.
- Aí que ódio daquele homem, quando eu pensei que poderia me casar com alguém como ele?
- Não sei me diz você.
- Eu devia está com o olho no cu. Engasgo com a bebida porque é difícil que ela fale palavrão.
- Calma aí bonitão. Ela bate nas minhas costas.
- Cada vez me surpreendo mais com você, patricinha falando palavrão. Ela revira os olhos e abrimos mais uma cerveja.
- Então o que pretende fazer?
- Pegar minha cadeira de volta.
- E como vai fazer isso?
- Não tenho uma fórmula mágica e meu cérebro está bêbado para pensar nesse momento, mas preciso de duas coisas.
- O que? Ela se encosta no sofá e fecha os olhos bocejando.
- Meu primo e um marido. Pego a bebida da sua mão.
- Acho que você já bebeu demais.
Apoio as garrafas na mesinha e estendo os braços para ela.
- Vamos pra cama?
- Isso é um convite para sexo bonitão. Acabo sorrindo.
- Quem sabe quando estiver sóbria.
- Olha que eu vou anotar heim?
- Ótimo, agora. Puxo o cobertor e ela se deita.
- Adoro sua cama, seu cheiro é maravilhoso.
- Então bons sonhos.
- Ei. Ela chama quando estou na porta.
- Deita aqui eu não vou te atacar. Dou risada saiu do quarto e apago a luz e volto para o meu quarto tiro a camisa, e levanto a coberta do outro lado e não é só meu cheiro que sinto, o perfume que vem dos seus cabelos é maravilhoso.
- Ruggero. Ela se vira de frente para mim.
- Oi.
- Eu só tive um único amigo em toda minha vida e ele se foi, estou feliz de ter encontrado você.
Seus olhos estão fechados, mas ela enrosca um dedo ao meu e quando penso em dizer algo, sua respiração se torna leve.
Minha única amiga também se foi Karol e eu nunca imaginei encontrar alguém em que eu pudesse me abrir assim.

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