Parte 34

129 15 6
                                    

Estacionei a moto e esperei Karol descer, apoiamos os capacetes ali, segurando sua mão ela empurrou a porta com a outra.
- Queridos que bom que chegaram, venham preparei um lanche para nós.
Olho para Karol que me incentiva a sentar no sofá, não antes de sua avó me abraçar apertado e alisar meu rosto com carinho e isso me pega em cheio, ela é uma senhora muito amorosa.
Nos sentamos e logo ouvimos passos nas escadas.
- Venha querido, está tudo pronto. Ela avisa então nos viramos e o Avô de Karol se senta ao seu lado com uma cara nada boa.
- Bem, nós precisamos agilizar umas coisas. É a senhora Helena quem fala.
- Eu já acertei o buffet e toda decoração, mas quero saber se querem casar na igreja ou em um local e... Aperto a mão de Karol nós não falamos e ela me olha.
- O que você quer fazer? Ela sussurra só para mim mas quando olho para avó e seus olhos esperançosos.
- Pode ser uma coisa mais privada não pode. Falo baixo.
- Claro que pode. Ela sorrir e beija meus lábios. Um pigarreio alto se faz ouvir.
- Bem eu ainda não engolir essa de casamento, não acredito que teve a coragem de fazer isso sem consultar seus avós, nós somos a sua família Karol.
- Bernardo já chega, ela fez sua escolha , é bem grandinha para tomar suas próprias decisões nós já falamos sobre isso, a questão aqui é outra.
- Eu só... Ele parece se dar por vencido.
- Ok, já que resolveram se casar sem nos informar, acredito que o seu marido não vai se opor a assinar um contrato prenupcial mesmo que o casamento já tenha acontecido? Ele pergunta me desafiando com o olhar.
- Não se preocupe com isso vovô sua fortuna está a salva, Ruggero já cuidou disso, fique tranquilo.
- Como? Tenho vontade de rir o queixo dele foi lá embaixo, Karol abre a bolsa e tira os papéis assinados por nós dois e passa para ele.
- Vovó, eu sei que sempre sonhou com meu casamento, mas pode reduzir esse seu sonho um pouquinho. Ela faz um gesto com os dois dedos.
- Um pouquinho quanto?
- Ruggero quero falar com o senhor a sós no meu escritório.
- Eu não acho... Seguro a mão de Karol e deixo um beijo.
- Eu já volto. Aviso e sigo o corredor por onde ele foi.
- Sente-se. Me acomodo.
- Olha meu rapaz eu não sei o que fez e nem o que pretende com isso, mas a minha neta tem uma vida aqui. Ele aponta para os papéis.
O interrompo.
- Senhor Sevilla não me leve a mal, mas quando decidimos nos casar, foi algo entre eu e a Karol, esses papéis eu pedir a Valentina para que fizesse, eu não quero absolutamente nada da sua família, o que eu tenho basta para mim e para Karol. Ele rir.
- Você acha que com o que ganha vai conseguir sustentar a minha neta? Olhe em volta, a casa, a segurança aqui ela está segura, você vai poder dar isso a ela.
- Eu a defenderia com a minha vida se fosse preciso, mas a sua neta sabe se defender muito bem o senhor deveria saber. Rebato questionando e ele fica sem fala.
- Muito bem, já que é assim, faço questão de comprar uma casa, vou ficar mais tranquilo assim. Fico em pé já querendo dar por encerrado essa conversa.
- Agradeço senhor mas vou ter que recusar, já temos a nossa casa, não precisamos de outra, tenha uma boa noite. Falo e saiu, encontrando a avó de Karol ela está ao telefone e aponta para cima e sussurra quarto, subo as escadas a porta está aberta e minha mulher está ali perdida... Minha mulher...
- Você precisa de ajuda minha centopéia. Falo ao perceber a mala que ela tenta colocar os sapatos. Fazendo uma careta ela puxa o zíper para cima.
Olho em volta, quando estive aqui a primeira vez não vi nada além dela.
- Acho que meu apartamento não tem tudo isso... Sento em uma poltrona dentro do closet e Karol se vira para olhar pra mim, se aproxima sentando no meu colo.
- Sabe o que acho? Ela pergunta afundando seus dedos no meu cabelo, roçando os lábios nos meus.
- O que? Pergunto.
- Que não importa o lugar, ou tamanho, se tivermos juntos tudo vai valer a pena.
- Eu só fiquei assustado, e tenho medo de você não se sentir confortável.
- Eu dormi na sua cama o primeiro dia em que estive em sua casa, bati em sua porta de pijama por várias noites, usei suas camisas, cozinhei e ainda expulsei o gato da vizinha safada é acho que não estou confortável lá de jeito nenhum.
- Não é isso Karol, você aqui tem... Ela me silencia.
- Eu sabia que ele iria fazer isso, o que mais ele tentou? Encolho os ombros.
- Rugge eu quero que seja sincero comigo, antes de tudo nós somos amigos e quero que se sinta a vontade para me contar qualquer coisa independente do que seja.
- Ele queria nos dar uma casa.
- Bem por essa eu não esperava.
- Desculpe eu falei que não, mas se você... Ela coloca um dedo sob meus lábios e sorrir.
- Eu não trocaria nossa casa por nada, amo o seu cantinho e me sinto muito bem lá, obrigado por não aceitar.
- E se eu não conseguir proteger você, essa segurança toda.
- Eles vão sempre me seguir, estarão do outro lado da rua, não se preocupe por eles.
Eu arrumei umas malas, me ajuda a fechar, vou pedir ao João que leve para mim. Olho ao redor então vejo uma foto que me chama atenção.
- Esse é o Agus? Karol se aproxima.
- Sim, acho que era nosso aniversário. Pego a foto e coloco dentro da mala dela.
- Acho que vai ficar legal do seu lado da cama. Ela sorrir e ajudo com as outras coisas.
É claro que eu estava preocupado, Karol e eu éramos de mundos muito diferentes, até alguns meses atrás eu não cogitava a ideia de se quer me aproximar de alguém como ela.
Só que ela entrou na minha vida e mostrou que eu estava errado ao seu respeito nem todos são como seu avô por exemplo.
Aquela noite, arrumamos o pequeno closet que montei para ela em nossa casa, comemos sushi, descobri que ela adora e dormimos agarrados completamente entregues um ao outro.

O DepoisOnde histórias criam vida. Descubra agora