Parte 54

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Minhas esperanças pareciam ter sido renovadas, mas ainda estava em choque, um dia ela estava sentada naquela cadeira, é claro que eu via aos poucos seu progresso mas não com essa rapidez e não estou me referindo somente a andar.
Tem dois meses que Karol fez aquela caminhada até a porta e me chamou para um banho de mar e tem dois meses que ela não senta naquela cadeira, ela pediu a Karena que doasse para hospital da cidade, ainda ficamos receosos mas ela foi firme, as moletas vieram para ajudá-la mas foi inútil ela não queria mais ajuda, Karol aceitou o seu tempo e mesmo com pequenos passos e cansada ela não desistia e com seu corpo enroscado ao meu e seus cabelos na minha cara estou completo novamente.

Sinto seu aperto e um suspiro, aperto meus braços ao seu redor, mas ela tem outros planos e passa a perna para o outro lado sentado em mim.
- Ummm. Sai dos meus lábios, estou só de cueca sustentando uma ereção matinal.
Ela sorri sapeca e se esfrega em mim, é exatamente a isso que me refería.
Uma coisa que descobri, ela voltou a andar e veio cheia de energia, não que ela não tivesse antes, mas a Karol de agora com certeza veio com um pouquinho de fome a mais.
A minha camisa já está no chão e ela está completamente nua, deslizando as mãos por meu peito e abdômen e escorregando para dentro da cueca.
Arfo.
Karol passa a língua nos lábios ao me segurar firme.
Ela desliza um pouco e sua boca já está ali.
- Puta que pariu....
- Hum, acho que não, você está delicioso amor. Me engole por completo, já nem existo mais.

Saiu do banheiro e Karol, não está no quarto.
- Karol... Chamo.
- Estamos aqui amor. Ela responde e chego a varanda, ela está com Karena as duas só de biquíni fazendo alongamentos.
- O que eu perdi? Pergunto observando duas pranchas enfiadas na areia e Mike me oferece um café.
- Nossas garotas resolveram pegar onda. Olho para Karol e ela rir.
- Amor. Chamo já alarmado, se for demais para ela, e se machucar eu...
- Ruggero. Ela se senta no meu colo.
- Está tudo bem ok. Passo a mão por seus braços.
- Não quero que se machuque, e desde quando sabe surfar?
- Bem, a patricinha aqui aprendeu algumas coisas, além de combinar roupas. Faço uma careta e ela segura meu rosto.
- Não se preocupe, eu sei o que estou fazendo, não vou me machucar.
Ela compreendeu o que estava nos meus olhos e a abraço forte.
Quando estão prontas elas passam pela ok porta de madeira, e nós dois também.

Mike senta na areia mas eu fico de pé com o coração saltando no peito.
Assisti Karol correr para agua, remar como se fizesse isso a vida inteira, esperar a onda e deslizar por ela, Karena vem logo atrás.
Elas voltam a remar uma onda gigante se aproxima e fico em alerta, elas ainda não estão prontas. Mike rir quando Karol mergulha e Karena toma um caldo.
- Do que está rindo, Karena caiu.
- Ruggero... Ruggero. Sinto meu braço ser puxado e caiu sentado na areia.
- Você tem que relaxar, parece um pai com o filho que acabou de aprender a andar, confie mais na sua mulher.
- Mas a Karena... Ele me interrompe.
- Está ótima, olha lá. Karena desliza por uma onda muito maior e quando chega na ponta antes de pular ela levanta o dedo do meio para ninguém em específico acho que foi para a água e acabo sorrindo.
Mike fica de pé para recebê-la e eu também fico mas porque a onda que se aproxima me faz estremecer e vejo Karol remar em direção a ela.
- Vai Karollll. Karena grita.
- Ela vai ... Perco as palavras, minha garota está de pé, deslizando perfeitamente e antes mesmo de chegar na parte mais raza ela tira o elástico que a liga a prancha da uma cambalhota e cai na água.
Mike e Karena saltam ao meu lado batendo palmas e eu só caiu de joelhos minhas pernas enfraqueceram.
Eu realmente não sei como não desmaiei.
Karol sai da água arrastando a prancha e sorrindo, quando ela me ver já estou de pé, ela corre.... Volta aí ela não anda, não se arrasta, ela corre e salta no meu colo.
Meu sorriso gigante denuncia que todo o medo que sentir foi embora.
Mike me abraça juntamente a Karena e estamos pulando, eu com Karol em meus braços que faz uma dança maluca com as mãos pra cima.
Ela está de volta.

Uma semana depois.

- Mike sabe da Karol? Pergunto porque fui correr e quando voltei ela não estava.
- Foi para loja com a Kerena. Ela precisa retomar a vida Rugge.
- Eu sei é que...
- Você tem medo, mas precisa confiar que ela vai ficar bem. Assinto e aproveito que  estamos somente eu e Mike, sento com ele para ver a questão dos últimos bares que estão terminando a reforma.
- E essa pasta? Ele pergunta, então lembro dos contratos que Valentina me deixou, respiro fundo.
- Valentina trouxe. Ele fica confuso.
- São da Sevilla.
- A Karol voltou a trabalhar. Nego.
- São para mim. Suspiro e abro a pasta.
- Mesmo assinando um contrato com Karol onde eu não queria nenhum centavo da sua herança, ela fez um testamento e adicionou isso. Mike da uma olhada.
- Ela deixou você como responsável se algo acontecesse a ela. Ele diz sorrindo e não acho graça.
- Eu não pedi isso Mike.
- Mas esse é um desejo dela não seu, vai passar para ela isso? Ele aponta.
- Não, quer dizer, não conversamos ainda sobre o que ela deseja fazer agora.
- Então acho melhor você avaliar isso, o prazo dele está acabando. Ele aponta e percebo que tenho até amanhã para avaliar.

Quando Karol chega estou na cozinha com Mike preparando o jantar. Ela me abraça por trás e fica na ponta dos pés para beijar minha boca.
- Senti saudades. Sorrio e a beijo novamente.
- Como foi seu dia? Pergunto.
- Uma correria.
- Estou com fome, que cheirinho bom. Karena fala e abraça Mike apertando sua bunda e estamos rindo da sua cara.
- Mulher você não quer ser meu jantar quer? Mike resmunga enquanto beija seu pescoço e ela rir.
- Adoro a cumplicidade deles. Karol sussurra e aproveito para abraça-la.
- Vamos comer. Mike fala colocando a travessa na mesa.

No outro dia saímos juntos para a loja, eu precisava abrir meus emails e ligar para Valentina e Sebastian.
Apenas pisamos no lugar meu celular pega rede e a quantidade de notificações me faz suspirar.
Karol entra com Karena para o estoque e me sento na recepção, com Mike que já ligou o computador.
Abro a mensagem de Valentina.
Me ligue é urgente.
Toquei na tela e olhei para o corredor.
- Oi, é a vó Helena.
- O que aconteceu?
- Está no hospital, ela teve um infarto e precisou fazer uma cirurgia, está em observação.
- Droga, isso não poderia ter acontecido.
- Eu só liguei porque foi a vovó. Ela fica em silêncio.
- Eu sei, vou falar com ela.
- Tudo bem, preciso te lembrar da reunião do conselho.
- Droga Valentina eu não sei se ela está pronta para voltar.
- Eu entendo Ruggero, vamos encontrar uma solução. Como ela está? Meu sorriso se alarga ao olhar pelo vídro e ver Karol combinando peças de roupa para o manequim.
- Ela com certeza está de volta.
- Essa é a minha priminha, tudo bem eu estou saindo do fórum e vou para o hospital dê um beijo nela por mim.
- Pode deixar que eu dou.
- Eu imagino como. Ela fala me fazendo rir e nos despedimos.

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