Parte 5

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- Aquilo é um motorista? Sebas questiona e estico o pescoço olhando lá fora.
- Parece que sim. Respondo e começamos a fechar.
- Eu pensei que eles tinham desistido. Comento.
- Eu também, mas vou te falar a loira é doidona a mulher chegou falando.
Que prazer imenso olhar para essa tua cara de cu Robson, o que veio fazer aqui. Quando o cara falou que estava tratando de negocios ela já jogou.
Com meu cliente, então seu negócio acaba aqui, ele não vai fazer negócio algum com você.
Juro que fiquei excitado com toda aquela ousadia, imagina aquele furacão na cama.
Dou risada negando.
- Não imaginava que a loira maluca era advogada.
- Isso porque você não sabe quem é a morena. Paro com o banco na mão e a porta de vidro se abre.
- Garota você não pode correr assim.
- Desculpa gente depois que descobriu que tem perna não para quieta.
- Quem é a fofinha do titio.
- Eu...eu...
- Eu quem? Ela levanta o dedinho a forma de L deixando todo mundo surpreso até a mim, ensinei tanto.
Levanto Luna em meus braços e Carolina abraça Sebastián e depois a mim.
- Passei para te dar um beijo, essa semana foi bem corrida entre hospital e creche.
- Estou de folga domingo quer deixá-la comigo.
- É seu dia de descanso.
- Besteira vamos bagunçar muito não é minha fofura. Ela sorrir e encosta a cabeça em meu peito.
A pequena garotinha de cabelos lisos e franjinha, com olhos redondos e boca fina e rosada é a cópia fiel do pai tirando só os olhos e o cabelo.
Terminamos de fechar e vou com Carolina até o carro.
- Como você está? Pergunto.
- Acho que bem.
- Falta pouco.
- Estou com medo e se eles vierem atrás da gente?
- Eles não vão, não se preocupe com isso.
- Queria ter essa confiança toda.
- Confie em mim. Ela me abraça e beijo sua testa.
- Se precisar de qualquer coisa você me liga.
- Aí Rugge o que eu faria sem você.
- Garota eu é que estaria perdido se ele não tivesse me encontrado naquela calçada, então não fale besteira a minha força veio de vocês.
Coloco a pequena dorminhoca na cadeira e Caro beija meu rosto.
- Nos vemos no domingo, levo o pão prepara o café.
- Maravilha.

Entro em casa e depois do banho me pego pensando nas garotas de mais cedo ela deve ter gostado realmente do ambiente ali ou não teria voltado.
Deixo esses pensamentos de lado e consigo adormecer.

No sábado a correria é diferente mais funcionários do hospital do que estudantes, recebo uma mensagem de Jorge um antigo amigo de Agus, me chamando para uma festa, eu não sou muito de festas mas gosto da música ao vivo que eles fazem não é porque tudo aconteceu que a música ainda não vibra em mim.
Encerro o expediente e fecho o bar com Júnior e aproveito para passar em casa, encontro o gato da vizinha na minha porta odeio quando isso acontece eu não tenho nada contra animais é o meu organismo que tem, a porta dela está entreaberta,  cobrindo o rosto empurro o bichano ali e fecho a porta correndo para casa não dando tempo daquela maluca me ver.

Viro o boné para colocar o capacete e toco para casa onde será realizado o pequeno show, recebo uma mensagem do Bruno que passará para deixar minhas bombinhas, ainda bem as minhas não fazem mais o mesmo efeito.
- Quem é vivo sempre aparece. Ele brinca apertando minha mão e me puxa para um abraço.
- Então vamos fazer um som. Faço que não.
- Vim só assistir.
- A corta essa, e da uma força aqui para a galera.
- E eu vou, quem vai poder vaiar vocês se não eu. Ele rir e cumprimento o pessoal, o lugar começa a ficar cada vez mais movimentado, posso ver os grupinhos se formarem.
Pego no bar improvisado uma água com gás despejo em um copo e ponho a rodela de limão.
- Chega mais Rugge. Escuto a voz de Jorge as pessoas já tomaram conta do espaço e dançam por ali esperando o show começar, passo entre elas e franzo o cenho ao ver a loira.
- Loira esse cara é o único sóbrio por enquanto então vão ficar seguras.
- Amigo essas são...
- Ah Jorgito nós já somos amigos íntimos, temos uma história a três. Mordo o lábio sorrindo uma mão pega o meu copo, ela bebe a água sorrindo.
- Não acredito que está dando corda para ela. A morena resmunga antes de beber.
- Alguém nunca te explicou que não se aceita ou bebe no copo de estranhos? Questiono e ela levanta uma sobrancelha.
- Mas se temos uma história a três. Pisca um olho o que gera risada em todos nós.
- Aí eu também quero experimentar.
- Não você quer álcool e aqui não tem. A morena responde.
- Vocês estão em boas mãos o show vai começar. Jorge se afasta.
- Bem devo dizer que estou impressionado o que as garotas de Manhattan fazem na periferia.
- Isso aqui é o paraíso bonitão.
- Você a ouviu, ela me tirou de casa.
- Não eu livrei você de um jantar ridículo e um sexo horrível, de nada.
- Eiii. O som começa chamando a atenção de todos.
- Ela não esta em si não leve em consideração o que ela disser essa noite.
- Então o seu sexo não seria horrível.
- Você tinha que gravar justo essa parte.
- Foi mais forte do que eu.
Ela me empurra de lado.
- Preciso levar ela no banheiro. Ela aponta se referindo a Valentina e aponto a direção.
Recebo uma mensagem do Bruno avisando que está lá fora.

- Desculpe Rugge só conseguir vir agora.
- Tá tranquilo.
Tiro o dinheiro da carteira e entrego a ele que me passa uma sacola de papel.
- Está tudo aí, qualquer coisa bate o fio.
- Valeu. Levanto o assento da moto colocando o pacote ali e escuto uma porta de carro bater.

- Então voce curti essas coisas.
A patricinha da saia curta cruza os braços e empina o queixo como se estivesse me repreendendo.
- Essas coisas? Questiono cruzando meus braços e me apoiando na moto.
- É você sabe coisas ilícitas. Um sorriso forçado se abre em meus lábios não é a primeira e nem a última a me julgar por um pacote. Levanto o assento e abro o pacote pardo retirando a caixa.
- Não que eu te deva satisfação mas se está se referindo a isso. Abro a caixa e tiro uma bombinha.
- Não acho que seja ilícito já que faço uso desde que me entendo por gente. Seus braços caem ao lado corpo ela abre e fecha a boca com pura surpresa em seus olhos. Guardo de volta no lugar, meu boné a loira roubou no meio do show, coloco o capacete, ligo a moto e ela ainda está no mesmo lugar.
- Não fique muito tempo sozinha aqui fora esse lugar não é para você patricinha, vá para casa garota.

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