Acordo sentindo um cheirinho gostoso de comida, minha barriga chega a roncar.
Olho ao redor me dando conta que Karol saiu bem cedo e ela não é prática na cozinha então... Jogo os lençóis de lado abro a porta e atravesso a sala.
- Agustín. Chamo e minha expressão o faz rir.
- Está com fome bela adormecida? Ele pergunta.
- Porra acordei com o cheiro da comida.
- Então senta aí que já está pronta.
Vou até o armário pegando os pratos e talheres.
- Então nervoso? Faço que não.
- Nós já somos casados. Ele rir.
- Certo, me responda quando estiver esperando por ela. Reviro os olhos.
- Vocês tem certeza que querem fazer isso? Franzo o cenho.
- Vocês se conheceram a pouco Rugge, eu posso passar minhas ações para Karol... O interrompo.
- Eu amo a Karol, não é algo que eu confessaria assim sem mais nem menos você me conhece... Ele faz que sim.
- Eu nunca imaginei sentir algo assim, eu sei que pode parecer loucura mas é a decisão mais certa que eu já fiz em toda minha vida, e não tem nada relacionado ao nosso acordo. Ele dar dois tapinhas no meu ombro.
- É eu não tenho dúvidas.
- Mas o que você está fazendo aqui? Pergunto porque não combinamos nada.
- Cuidando para que você não fuja.
- Palhaço.
- Karol me ligou, pediu que ficasse com você hoje e levou minhas meninas com ela.
- Carolina e Luna na mansão sem você?
- Pois é, estou preocupado mas sei que Karol está com elas e tem minha vó.
Ajudo Agustin na cozinha e logo Sebastian aparece.
- Então podemos começar a beber? Ele pergunta levantando uma caixa com cerveja.
- Cara é o meu casamento preciso está sóbrio.
- Para a lua de mel isso com certeza. Agustín fala e vai pegando a cerveja, nos sentamos os três.Já pronto para sair de casa, chamo por Agus no meu quarto.
- Você está pronto? Ele não responde parece em outro mundo. Ponho a mão em seu ombro.
- Oi desculpe, deixe eu olhar para você. Ele ajeita minha gravata.
- Vou casar você garoto nem acredito. Reviro os olhos.
- Quer me contar o que você tem, e nem adianta dizer que não é nada porque...
- A ultima vez que pus os pés naquela casa era ainda um garoto... Ele engole com dificuldade e volta a falar.
- São tantas...
- O que aconteceu que te fez jogar tudo para o alto? Ele abaixa a cabeça e suspira.
- Hoje é o seu casamento e eu não quero estragar esse momento...
- Sabe que vai precisar enfrentar isso, e conhece a prima que tem, ela consegue arrancar até a sua alma.
- Ela andou arrancando a sua não é?
- Pode apostar que sim.
- Eu vou contar tudo prometo, mas não hoje.
Eu deixo passar e abro a gaveta tirando um envelope que consegui esconder de Karol, e saímos, no carro de Sebastián.Entro e o vai e vem de garçons me deixa um pouco tonto.
- Querido deixa a vovó olhar para você. Sorrio ao ouvir dona Helena, ela beija meu rosto com carinho e ajeita minha gravata.
- Você esta esplêndido um verdadeiro príncipe.
- Acho que agora eu comecei a ficar nervoso, esse cargo de príncipe me deu frio na barriga. Ela sorrir.
- Rugge você deixou... Agus para de falar e dona Helena fica sem reação, as lágrimas rolam por seu rosto.
- Vó. Ele deixa escapar e ela abre os braços.
- Meu menininho. E Agus já está entre eles.
- Aí meu filho que saudade que eu estava de você meu pequeno. Ele tenta falar algo...
- Eu sei querido, só não afaste mais a sua vó. Ele faz que sim e ela volta a abraça-lo.
- O que eu perdi? Sebastian sussurra e a loira vem descendo as escadas, volto a olhar para ele e dou um tapinha em seu ombro.-Quem sabe voce nao é o proximo. Ele arregala os olhos, e a loira se aproxima, para olha para Agus conversando com a avo e sorrir, engancha seu braço ao meu e o outro em Sebas e me arrasta para o jardim.
- Onde esta minha mulher?Para onde esta me levando.
- Esta pronta e voce? Sorri.
- Nós já fizemos isso uma vez?
- Não dessa forma, não de verdade.
Aquilo me pegou em cheio, não sei se me dei conta que minha vida estava sendo ligada de verdade a Karol e meu coração acelerou.
- Ruggero você não está... O Avô de Karol apareceu nesse momento.
- Ruggero já que não fugiu venha quero lhe apresentar a algumas pessoas. Franzo o cenho.
- Ora essa meu rapaz foi só uma piada. Valentina revira os olhos.
- O senhor Bernardo tem um jeitinho sutil para fazer piadas Rugge vá se acostumando.
- Sabe em que momento eu deixei de ser o vovô?
- É dramático também. Ela beija seu rosto com carinho e pela primeira vez o vejo sorrir.
- E você meu jovem? Ele se vira para Sebas.
- Sebastian é um prazer conhecê-lo.
- Meu namorado vovô. Ela diz e Sebas arregala os olhos e sorri de canto acho que eles não tinham chegado a dar nomes aínda.
- Então devo avisá-lo tenha cuidado, ela tem uma lei para tudo.
- Inclusive para sua língua senhor Bernardo. Valentina retruca mas o senhor Bernardo tem um sorrisinho de canto brincalhão, e a verdade é que eu nunca o vi tão leve.
- Eu não disse. Seu sorriso congela e seus olhos brilham, acho que... As lágrimas se acumulam ali.
- O senhor está bem.
- Agustín. Ele fala e nos viramos, meu amigo está ali.
- Vejo que encontrou o caminho de casa.
- Eu nunca o perdi.
- Certo. Ele volta a olhar para mim.
- Vamos?
- Ah claro. Aceito para tentar quebrar o clima tenso que se formou.
- Volte logo com ele vovô, precisamos casa-lo ou a noiva.
- Não se preocupe ainda quero crescer meus bisnetos. Ele fala ainda olhando para Agus, nos afastamos e caminhamos em silêncio.
- O senhor está bem?
- Estou... Eu só... Ele para olha para mim.
- Estou bem, vamos lá, você parece alguém que não gosta de holofotes isso minha neta já deixou bem claro, mas ela é presidente de uma rede de hospitais e isso a faz está nos refletores e socializar com pessoas não muito agradáveis, e como seu marido vai precisar acompanhá-la em alguns eventos e a baboseira toda.
Ele falava e eu sinceramente não acreditava no homem que estava a minha frente, sem aquela máscara de poder falando de um jeito simples, como se eu fosse...
Fosse da família.
- Eu sei não é agradável mas é necessário e estão perguntando por você.
- Sem problemas.
Ele não mentiu, alguns eram desagradáveis invasivos e o sorriso falso denunciava.
Ele realmente me apresentou como da família e em nem um momento ficou envergonhado ou constrangido com a minha profissão, muito pelo contrário ainda indicou o bar para os "amigos".
- Você tem visão de emprendimento.
- Porque diz isso?
- Porque não ficou de fora de nenhuma conversa, e respondeu a perguntas onde parecia que estava por dentro do negócio, já pensou em fazer algo a respeito. Viro o champanhe.
- Não, eu ainda não parei para pensar a respeito.
- Você gosta do que faz, digo ser barman? Minha neta comentou como você ajuda na administração do bar..
- Eu gosto do que faço. O interrompo.
- Mas não sei onde quer chegar com isso senhor Bernardo?
- Bem, eu fiz um projeto de comprar os bares por perto dos hospitais e conseguir a maioria, claro o do seu amigo eu não consegui você conhece Valentina... Ele me lança um olhar e um sorriso divertido.
- O que quero dizer é que eles podem ser... O interrompo de novo.
- Não quero, eu não estou interessado no que a sua família pode me proporcionar senhor, não preciso disso.
- Calma aí meu rapaz, você não me deixou terminar, iria lhe oferecer os bares por um preço justo se quiser é claro, Ruggero sei que não nos conhecemos, mas o pouco que eu sei, é que você não aceita nada de mão beijada isso eu já notei, batalhar pelo que quer é honrado e digno e mesmo que tenha errado no início sei reconhecer isso.
Então se quiser podemos entrar em um acordo.
- E porque o senhor faria isso?
- Os bares são independentes do hospital e bem eu... Ele vira o copo da bebida.
- Estou me aposentando e velho como diz minha neta para me preocupar agora com bares, iria colocar a venda. Ele dar de ombros.
- Ruggero venha querido está na hora. Avó de Karol me chama.
- Chegou o momento de entregar o meu maior tesouro a você. Ele afaga meu ombro e vai.Paramos e vejo o jardim todo enfeitado com varias cadeiras e um pequeno palco, nunca imaginei com esse tipo de coisa mas confesso que é tudo muito bonito.
Perto tem um grupo musical onde uma musica instrumental soa pelas caixas de som bem posicionadas, paramos em longo tapete vermelho.
- Agora é com voce.
- O que eu tenho que fazer? Ela rir e acho que minha expressao desesperada me denunciou.
- Seja você mesmo querido, sempre.

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O Depois
Fiksi PenggemarEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...