Duas semanas desde que virei um homem casado sem a mulher.
Meu peito parece que vai explodir de tanta saudade.
Mas preciso me concentrar em ajudar Carolina com a festinha da Luna.
- Oi Ruggero. Luana beija meu rosto e me entrega uma cerveja.
- Obrigado. Ela sorrir.
- Como você está?
- Bem e você?
- Tudo bem, ai ficou tudo muito lindo, Carolina disse que ela não queria dormir.
- Foi um massacre, ela nos torturou hoje.
- Imagino, quando ela quer uma coisa meu Deus é só pequena mais já tem um gênio.
- E eu não sei, a quem você acha que ela obriga dançar imitando aquele monte de animal.
- Aí meu Deus não acredito, eu preciso ver essa cena.
- Esqueça é uma tragédia. Acabamos rindo juntos e não percebo que Luana tem uma mão em meu peito até perceber o olhar vindo do outro lado.
O olhar que eu sinto tanta falta, um olhar que eu poderia dar o mundo por ele.
- Porraaa. Resmungo.
- O que foi, você está bem?
- Está tudo bem, preciso ver uma coisa. Me afasto e vou em direção a Karol que trata de sentar com Luna para abrir uma caixa gigante.
- Agora não. Carolina sussurra e reviro os olhos, ela então enfia os presentes nas minhas mãos e aponta para que sente ao lado de Karol e faça Luna abrir.
Karol sorrir para Luna toda vez que a pequena vibra.
Quando Caro começa a entregar as lembranças, vejo Karol falando com ela, que a abraça as duas conversam.
- Porque ainda está aqui? Luana pergunta e fico sem entender já que meus olhos estão em Karol.
- Do que está falando?
- Vai atrás dela. Olho para ela.
- Agora vai, não sei o que fez mais está na cara que se gostam, corre antes que seja tarde.
- Nós não... Me calo quando procuro Karol com o olhar e não a encontro. Vou em direção a Carolina que me lança um olhar.
- Ela já foi.
- Merda.
- Corra atrás do seu prejuízo. Ela aponta o dedo em riste para mim.
- Sabe eu não terminei a frase, mas te falei que iria perder não só sua melhor amiga mas o amor da sua vida então ou você se convence que ama aquela garota ou a deixa ir.
Então o que pretende fazer?
As palavras de Caro são um golpe certeiro no meu coração e o pânico se instala.
É por isso que sinto essa saudade gigante, é por isso que meu peito se aperta, é por isso que vejo e revejo nossas fotos em busca do seu sorriso para mim.
Porra eu me apaixonei por aquela garota.
Beijo o rosto de Caro e corro para o portão mas ela não está.
Então pego a moto e atravesso a ponte para Manhattan.
Paro na segurança, que já me conhece e indicam o local de estacionar.
Uma das empregadas abre a porta para mim e a avó de Karol sorrir assim que entro na sala.
- Ruggero, confesso que senti sua falta por aqui, não veio ver sua avó. Ela me abraça com carinho.
- Desculpe realmente eu deveria ter vindo mais... Ela nem deixa eu terminar.
- Pode subir querido, segunda porta do corredor, eu espero que você faça um milagre e ela saia desse quarto onde ela se enfurnou a duas semanas.
Meu coração se aperta, e subo as escadas mas dou de cara com avô de Karol.
- Você por aqui? Pensei que tinham terminado. Aquilo me pega em cheio e tenho que pensar em algo muito rápido.
- Senhor Sevilla como vai, desculpe desapontá-lo mas isso não aconteceu.
Me aproximo da porta e ele me observa.
- Karol, sou eu Ruggero.
- Não estou. Ela grita de la e dou risada.
- Querida por favor vamos conversar?
- Vai embora.
- Meu amor eu sei que ficou com ciúmes, mas entre Luana e eu não existe nada. Ela abre a porta.
- Quem disse que fiquei com ciúmes daquela mulherzinha sem sal? Então seus olhos caem no avô e ela respira fundo segura na manga da minha camisa e puxa para dentro, fechando a porta.
- Ciúmes? Ela questiona.
- Eu precisava fazer você abrir a porta. Ela revira os olhos.
- Precisamos conversar, por favor. Peço.
Ela então senta na cadeira de rodinhas perto da mesa onde seu computador está, me sento em sua cama mas fiquei muito tempo longe dela, então me inclino e seguro a cadeira trazendo-a para mim.
- O que você...
- Assim está bem melhor.
Me escute, está bem? Peço e ela assente.
- Eu errei com você e não tinha me dado conta disso, pensava que não era uma história minha e não devia contar a ninguém, mas era minha sim, eu passei aquele inferno com Carolina e me virei de ponta a cabeça para que elas estivessem seguras, eu deixei de cuidar da minha saúde por elas.
Karol suspira, atenta as minhas palavras.
- E então você chegou, e tomou conta de algo que eu nem fazia ideia que existia, fez algo tão grandioso por mim e nem tem noção disso.
- O que eu fiz por você?
- Você me aceitou do jeito que eu sou e não me pediu nada em troca, você só estava lá para mim mesmo sem saber que estava, segurou minha mão quando eu precisei chorar, me abraçou e cuidou de mim sem me questionar e eu não sei em que momento mais... Respiro fundo.
- Mais, acho que eu me apaixonei perdidamente pela minha melhor amiga, e fui um completo idiota com ela, será que tem alguma chance dela me perdoar.
- Acho que sua melhor amiga seria muito burra se não perdoasse você bonitão. Ela diz e já não contenho minhas mãos, seguro seu rosto e beijo seus lábios e nos perdemos um no outro.
Duas batidas na porta faz com que a gente se afaste.
Uma mão ainda em seus cabelos, e ela agarrada a minha camisa.
- Karol trouxe um lanche pra vocês.
- Entra vó. Ela sorrir nos meus lábios e logo a porta se abre.
- Hum que bom ver esse sorriso. Ela coloca a bandeja na mesa e penso que ela vai sair, então ela fecha a porta.
- Já que estão aqui e vejo que bem.
- Ela sabe. Karol avisa.
- Sabe? Estou para perguntar o que, quando ela diz.
- Espero que quando anunciarem tudo, um casamento oficial seja realizado.
- Vó... Karol tenta e ela levanta uma mão.
- Tenho certeza que Ruggero não vai se opor não é querido? Você é minha única neta e eu sempre sonhei em fazer o seu casamento, então vocês não tem essa opção vão me deixar fazer isso estou certa? Karol olha para mim e eu de volta para ela.
- Cla-claro a senhora pode tudo vó. Digo e não tenho certeza do que se trata, não entendi porra nenhuma.
Ela sorrir afetuosa e se despede saindo.
- Eu espero que você tenha conciencia do que acabou de concordar. Ela levanta e vai até a bandeja.
- Na verdade. Me aproximo e a abraço por trás.
- Não tenho noção de nada. Beijo seu pescoço.
- Ela quer um casamento com direito a festão é isso o que ela quer. Arregalo os olhos.
- Não invente de infartar agora. Dou risada e agarro sentindo seu cheiro único.
- Se eu tiver você nada mais importa.
- Tem certeza eu sou uma patricinha.
- Agora você me fez pensar. Ela me dar uma cotovelada e a aperto contra mim, arrancando um seu sorriso que é música para os meus ouvidos.
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O Depois
FanfictionEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...