Parte 56

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Eu teria que dar tempo ao tempo, a minha mulher estava insegura eu percebi ao perguntar o que ela queria fazer, e não vou pressiona-la em nada.
Apenas chegamos ao aeroporto em Nova York, João já nos esperava, e pelo olhar emocionado e o sorriso largo posso ver o quanto ele sentiu falta da mulher ao meu lado. Que ao vê-lo desenrosca o braço do meu que empurro o carrinho com nossas malas. E corre para abraça-lo, ele afaga com carinho seu rosto e me aproximo.
- Ruggero. Ele sorrir para mim e me dar um abraço apertado.
- Como vai João.
- Feliz em ver vocês, principalmente com essa mocinha totalmente recuperada, que saudade garota, eu estou muito velho para sentir isso assim ouviu não pode ir pra longe de novo por tanto tempo.
- Aí João, na próxima você vem junto, não posso ficar naquela cidade sem você.
Ele sorrir e entramos no carro.
- Para onde querem ir primeiro. Karol olha para mim.
- Onde você quiser nós iremos. Ela assente.
- Quero ver dona Helena. E assim é feito ela encosta a cabeça em meu ombro e entrelaço nossos dedos.
- Quero que a Kaká e o Mike cheguem logo, acho que acostumei em tê-los na casa ao lado. Sorrio porque eu também.
- Que tal se procurarmos uma casa, quer dizer duas.
- Casa? Mas e a nossa casa?
- Podemos vender e comprar uma casa, imagina como pode ser a nossa casa, com mais quartos ao menos vamos estar preparados para os nossos bebês.
- Bebês? Sorrio e aliso sua bochecha.
- Eu sinto muito por tudo que aconteceu, e sei que de onde ele está nesse momento vai olhar por nós, eu sou o homem mais feliz nesse mundo inteiro por ter você, e quero muitos deles pela casa. Ela sorrir mordendo a pontinha do lábio.
- Você quer bebês mesmo?
- Rum rum. E foi você que disse que iria caprichar, então nós vamos fazer isso direitinho. Ela gargalha alto e se inclina para beijar meus lábios.

Abro a porta da sala dando espaço para Karol passar, e fazemos o caminho do corredor, Agustín vem descendo as escadas e fica paralisado, lágrimas correm por seu rosto e Karol corre pulando em seus braços.
- Meu Deus Karolita, você... Ele põe minha mulher no chão beija seu rosto, afaga seu cabelo, aperta seus ombros, parece não acreditar que ela está aqui.
- Karol... Carolina vem chegando e escutamos um grito e posso ver Luna que corre para mim.
- Dindin, dindin... Pego-a em meus braços beijando seu rostinho e sentindo aquele cheirinho de neném.
- Quem é a garotinha do dindo?
- Luna. Ela levanta os dois dedinhos em forma de L.
- Meu Deus ela ainda lembra? Carolina diz e me abraça, e alisa meu rosto.
- Senti sua falta meu filhote. Sorrio e beijo sua testa.
- Eu também, e essa gatinha cresceu demais hein? Luna sorrir e beija meu rosto.
Karol se aproxima, abraça Carolina e logo depois chama Luna, que se joga para ela.
Agus me abraça.
- Como você está? Ele pergunta para mim.
- Estamos bem. Falo para que ele fique tranquilo, porque estamos mesmo.
- Como ela está Agus?
- O pior já passou, ela está no quarto descansando, vai lá , o vovô está com ela.
Karol vai para a escada mas para no primeiro degrau e olha para mim.
Me aproximo e ela me abraça.
- Eu vou está bem aqui.

- Ainda não acredito que vocês estão de volta e que ela... Meu Deus. Agus comenta.
- Ruggero. Carolina me chama porque ainda estou com o olhar nas escadas.
Me volto para ela, que me abraça bem forte, e só me dou conta que estou chorando porque sinto ela me confortar e os braços de Agus envolver nós dois.
- Você sempre foi o mais forte de nós três. Carolina comenta.
- Eu não fui tão forte assim, fraquejei me desesperei.
- Você é humano Ruggero, e imagino o quão difícil foi, Karol saiu daqui naquela cadeira e não falava uma palavra e vê -la assim é maravilhoso.
Escutamos passos na escada e já levanto vendo Karol correr para mim e me abraçar forte.
Beijo sua testa e acaricio seus cabelos.
- Eu...
- Quer que eu vá com você? Ela faz que sim, e olho por cima do ombro, sorrio para Agus.
Antes mesmo de bater na porta ela se abre o avô de Karol fica paralisado ao vê-la.
Seus olhos piscam e ele leva um tempo para dizer uma palavra, mas suas pernas fraquejam e preciso soltar Karol e apoia-lo.
- Vovô.... Vovô por favor está bem?
Sento ele na poltrona e Karol se abaixa para ficar na altura dele, pego um copo com água na cômoda e o entrego, ele me olha agradecendo.
Afaga o rosto da neta e chora, engulo em seco pois Karol está com o olhar desesperado sem saber o que fazer e toco o ombro de seu avô.
- Amor vai ver a sua avó. Ela parece indecisa mais deixa um beijo na mão do avô e levanta.
- Senhor Alfredo. Me abaixo ficando diante dele que então olha para mim.
- Sei o quanto esse momento é difícil, não estou sendo insensível, mas ela ainda está muito insegura, pode está de pé, curada mais aqui ainda não. Aponto meu coração.
- Ela precisa de vocês para ficar bem. Ele assente.
- Eu... Só...
- Eu entendo, o senhor está bem? Ele faz que sim.
- Eu vou ver como ela está lá dentro. Me afasto mas ele me chama.
- Ruggero. Me volto para ele.
- Obrigado. Fico sem entender.
- Meus netos é tudo que tenho, e ver Karol hoje... Nem toda a minha fortuna seria suficiente para pagar a gratidão que sinto nesse momento.
- Nenhuma fortuna no mundo pode pagar o que sentimos, isso é mais valioso do que tudo, o senhor não precisa agradecer.
- Preciso sim, você estava certo em levá-la.
- Karol é minha mulher, assim como o senhor não sai desse quarto porque ama a mulher naquela cama, eu jamais me separaria da minha. Ele sorri e seca as lágrimas, ficando em pé, estende uma mão para mim.
- Eu te devo a vida garoto, e você nem tem noção disso. Sorrio e seguro sua mão, mas puxo ele para um abraço.
- Vamos todos ficar bem. Falo e ele assente.
Quando nos aproximamos da cama, Karol está deitada aconchegada a sua avó, que alisa seus cabelos e canta baixinho, o nó se forma em minha garganta e tento segurar as lágrimas a cena é linda pra cassete.
E todo o medo que eu sentia ao voltar e ela ter que enfrentar tudo o que viveu meses atrás vai embora.
Sua base se refez.

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